A festa dos títulos de mineiros, paulistas e potiguares em 2022. Fotos: clubes/divulgação.
As divisões de acesso do Campeonato Brasileiro de 2022 foram conquistadas por Cruzeiro (Série B), Mirassol (Série C) e América de Natal (Série D). Na ordem cronológica, o alvirrubro potiguar foi o primeiro campeão, em 25/09, ao superar o Pouso Alegre-MG na final. Depois, no dia 30, a raposa mineira justificou a ótima campanha nos pontos corridos e confirmou o título ainda na 32ª rodada, quebrando o recorde da Segundona. Por fim, a conquista do Mirassol, que superou o ABC, com empate em Natal e vitória por 2 x 0 no interior paulista, em 08/10.
Portanto, atualizando o levantamento do blog, agora são 87 taças nacionais abaixo da primeira divisão do Brasileiro, sendo 41 na segunda (1971-2022, regular desde 2001), 32 na terceira (1981-2022, regular desde 2001) e 14 na quarta (2009-2022). O estado com mais títulos neste recorte é São Paulo, que chegou a 22 – e é também a federação com mais conquistas na elite do Brasileirão, 32 vezes. Reforço que o número refere-se especificamente ao campeão, e não ao total de acessos, que à vera é o objetivo básico da disputa.
Entre os clubes mais vencedores neste contexto, o recorde é de três títulos brasileiros. Até hoje, cinco clubes conseguiram isso: América Mineiro (2B e 1C), Bragantino (2B e 1C), Atlético Goianiense (1B e 2C), Sampaio Corrêa (1B, 1C e 1D), que é o único com títulos em três divisões distintas, e Vila Nova (3C), que é o único tricampeão numa divisão. Outros onze clubes ganharam dois títulos de divisões de acesso, somando bicampeões numa série ou detentores de taças em competições distintas, caso agora do Mirassol, que já havia vencido a Série D há apenas dois anos. Ao todo, 64 clubes diferentes, de 15 estados diferentes, já ergueram algum troféu do tipo ao longo de 51 anos de disputa, nem sempre contínua.
A seguir, a lista completa de vencedores nas três divisões de acesso e o ranking por estado.
Os 34 campeões da Série B de 1971 a 2022
2 títulos: Paysandu-PA (91 e 01), Coritiba-PR (07 e 10), Goiás-GO (99 e 12), Palmeiras-SP (03 e 13), América-MG (97 e 17), Bragantino-SP (89 e 19) e Botafogo-RJ (15 e 21); 1 título: Villa Nova-MG (71), Sampaio Corrêa-MA (72), Londrina-PR (80), Guarani-SP (81), Campo Grande-RJ (82), Juventus-SP (83), Uberlândia-MG (84), Tuna Luso-PA (85), Inter de Limeira-SP (88), Sport-PE (90), Paraná-PR (92), Juventude-RS (94), Athletico-PR (95), União São João-SP (96), Gama-DF (98), Criciúma-SC (02), Brasiliense-DF (04), Grêmio-RS (05), Atlético-MG (06), Corinthians-SP (08), Vasco-RJ (09), Portuguesa-SP (11), Joinville-SC (14), Atlético-GO (16), Fortaleza-CE (18), Chapecoense-SC (20) e Cruzeiro-MG (22). Ao todo, 41 edições.
Os 28 campeões da Série C de 1981 a 2022
3 títulos: Vila Nova-GO (96, 15 e 20); 2 títulos: Atlético-GO (90 e 08) e Ituano-SP (03 e 21); 1 título: Olaria-RJ (81), União São João-SP (88), Tuna Luso-PA (92), Novorizontino-SP (94), XV de Piracicaba-SP (95), Sampaio Corrêa-MA (97), Avaí-SC (98), Fluminense-RJ (99), Paulista-SP (01), Brasiliense-DF (02), União Barbarense-SP (04), Remo-PA (05), Criciúma-SC (06), Bragantino-SP (07), América-MG (09), ABC-RN (10), Joinville-SC (11), Oeste-SP (12), Santa Cruz-PE (13), Macaé-RJ (14), Boa Esporte-MG (16), CSA-AL (17), Operário-PR (18), Náutico-PE (19) e Mirassol-SP (22). Ao todo, 32 edições.
Os 14 campeões da Série D de 2009 a 2022
1 título: São Raimundo-PA (09), Guarany-CE (10), Tupi-MG (11), Sampaio Corrêa-MA (12), Botafogo-PB (13), Tombense-MG (14), Botafogo-SP (15), Volta Redonda-RJ (16), Operário-PR (17), Ferroviário-CE (18), Brusque-SC (19), Mirassol-SP (20), Aparecidense-GO (21) e América-RN (22). Ao todo, 14 edições.
As observações da lista, com dados oficiais
* 1) Nem todas as edições da Série B levaram o campeão à elite; 2) Em 1986 não houve final na segundona e a CBF ainda não se posicionou sobre os vencedores dos quatro grupos (Central, Treze, Inter de Limeira e Criciúma); 3) Em 1987 o Brasileirão teve quatro módulos, mas apenas os campeões e vices do Amarelo (Sport e Guarani) e do Verde (Flamengo e Inter) disputaram o título principal, com os vencedores do Azul (Americano-RJ) e do Branco (Operário-MS) ficando à parte e, também, sem o reconhecimento de título da Série B; 4) Em 2000 a Copa João Havelange teve três divisões interligadas, com o Amarelo sendo a intermediária (Paraná) e com o Verde-Branco sendo a última (Malutrom), mas esses vencedores também não são considerados campeões oficiais.
Nº de títulos nacionais de acesso considerando a importância (B-C-D)
1º) 10-10-2 – São Paulo
2º) 6-2-2 – Minas Gerais
3º) 5-1-1 – Paraná
4º) 4-3-1 – Rio de Janeiro
5º) 3-5-1 – Goiás
6º) 3-3-1 – Santa Catarina
7º) 3-2-1 – Pará
8º) 2-1-0 – Brasília
9º) 2-0-0 – Rio Grande do Sul
10º) 1-2-0 – Pernambuco
11º) 1-1-1 – Maranhão
12º) 1-0-2 – Ceará
13º) 0-1-1 – Rio Grande do Norte
14º) 0-1-0 – Alagoas
15º) 0-0-1 – Paraíba
Nº de títulos nacionais de acesso por estado
1º) 22 vezes – São Paulo
2º) 10 vezes – Minas Gerais
3º) 9 vezes – Goiás
4º) 8 vezes – Rio de Janeiro
5º) 7 vezes – Paraná e Santa Catarina
7º) 6 vezes – Pará
8º) 3 vezes – Brasília, Ceará, Maranhão e Pernambuco
12º) 2 vezes – Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte
14º) 1 vez – Alagoas e Paraíba
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