O meia Thiago Lopes fez outra partida ruim. Segue titular? Foto: Rafael Bandeira/Sport.
Embora tenha sido apenas o 2º jogo do Sport com Claudinei Oliveira, já há um certo nível de cobrança sobre a utilização de peças improdutivas. Afinal, o clube conta com um auxiliar-técnico fixo, César Lucena, uma direção de futebol e um setor de análise de desempenho. E, considerando o papel de todos, não é possível que Thiago Lopes seja um nome tão útil ao esquema, à recomposição, à transição, ao “último terço” ou sei lá o que mais que pese na escolha.
Pois o jogador é figura certa na comissão técnica do clube, uma atrás da outra. E assim também foi com Claudinei, que ainda bancou o centroavante Kayke, um jogador de R$ 130 mil mensais com um contrato inexplicável até dezembro de 2023. Pra completar, a presença de William Oliveira, cuja saída de bola já se mostrou extremamente deficiente. O futebol do volante parece necessário apenas para recortes pontuais do jogo, não numa largada partindo pra cima. Pois os três foram titulares contra o Criciúma, um jogo-chave para o rubro-negro tentando vislumbrar uma campanha além da “zona da marola” no Brasileiro.
Se a escalação surpreendeu, negativamente, então não surpreendeu o desempenho abaixo, com a mudança ocorrendo apenas no intervalo. O leão jogou 45 minutos com o estádio inteiro, com 17 mil torcedores, tendo a consciência de que dificilmente sairia algo efetivo dali – e quando eventualmente acontece, aí, sim, surpreende. Portanto, o papel de Claudinei, recém-chegado à Ilha, foi determinante no tropeço, com o empate em 1 x 1 em casa. No 1T, o scout de finalizações foi bem insosso, de apenas 5 x 3 a favor do mandante, com apenas uma oportunidade indo na barra. Uma bola na trave de Juba, numa sobra, e só.
Marola pela frente?
Pelo lado catarinense, no 1T, foram duas oportunidades, com o centroavante Lohan concluindo um cruzamento após saída insegura de Carlos Eduardo (socou a bola pra frente). Na retomada, o leão já mexido finalizou mais, com 8 x 3, mas levou pouco perigo, com a marcação adversária encaixada – a partir da vantagem. Num campo pesado, após um dia de chuva no Recife, a distribuição de bola foi ruim, a velocidade foi confundida com pressa e tecnicamente foi um jogo falho – como exemplo, Blás, que geralmente é um ótimo passador.
Ainda assim, o experiente Vagner Love, de 38 anos, estreou deixando a sua marca, aos 41 minutos. Evitou a derrota, desenhada pelos 45 minutos desperdiçados na primeira etapa, mas foi insuficiente para recolocar, de fato, o time na corrida pelo G4. E desta forma caminha o Sport na Série B, com mais 16 jogos pela frente, provavelmente muitos deles com Thiago Lopes e Kayke como opções de confiança, à espera de um futebol que poucos enxergam.
Sport em 22 rodadas na Série B de 2022
Mandante – 11 jogos; 6V, 4E e 1D (22 pts e 66.6%)
Visitante – 11 jogos; 1V, 6E e 4D (9 pts e 27.2%)
Escalação do Sport (melhor: Love; piores: Thiago Lopes, William e Kayke)
Carlos Eduardo; Ewerthon (Blas Cáceres), Sabino, Fábio Alemão e Lucas Hernández; Fabinho, William Oliveira (Pedro Naressi) e Denner (Everton Felipe); Thiago Lopes (Vagner Love), Luciano Juba e Kayke (Gustavo Coutinho). Técnico: Claudinei Oliveira
Escalação do Criciúma (melhores: Lohan e Léo Costa; pior: Hermes)
Gustavo; Renan Areias (Marcos Serrato), Rodrigo, Henríquez e Marcelo Hermes (Helder); Léo Costa, Gustavo Cazzonati, Felipe Mateus (Lucas Poletto) e Marquinhos Gabriel; Lohan (Zé Marcos) e Hygor (Caio Dantas). Técnico: Cláudio Tencati
Histórico geral de Sport x Criciúma (todos os mandos)
17 jogos
5 vitórias rubro-negras (29,4%)
5 empates (29,4%)
7 vitórias catarinenses (41,1%)
Leia mais sobre o assunto
A tabela de jogos do Sport no Campeonato Brasileiro da Série B de 2022
Abaixo, assista ao 1ª gol de Vagner Love, num vídeo do perfil oficial do Sport no Twitter.
#OAmorEstáNaIlha 🫶 pic.twitter.com/d5rdXBeXS6
— Sport Club do Recife (@sportrecife) August 3, 2022