A festa alvirrubra após o segundo diante do rival coral. Foto: Gabriel França/Náutico.
O Clássico das Emoções foi equilibrado na maior parte do tempo, mas com diferença na qualidade entre os dois tempos. No primeiro, o jogo foi bem disputado, rápido e com o Náutico marcando logo no primeiro lance, como em Caruaru. O Santa conseguiu reagir, também num gol de cabeça, e ainda pressionou o visitante até o intervalo. No segundo, seja pela questão física ou por parte das dez substituições feitas pelos treinadores, a partida caiu bastante de produção, com o empate em 1 x 1 permanecendo até a reta final, com o Arruda já iluminado por refletores. Só não seria algo definitivo. A explicação está justamente nas substituições, pois é preciso destacar que duas delas corresponderam à boa expectativa.
Foi uma mistura de experiência e juventude. O primeiro nome decisivo surgiu aos 20 minutos, com o centroavante Paulo Sérgio entrando no lugar de Evandro – que em cinco jogos só foi bem em um. Dono da camisa “9”, o experiente jogador de 34 anos era uma peça necessária para o esquema de Allan Aal, até então mais organizado defensivamente do que ofensivamente. Dá pra dizer que hoje foi a sua estreia de fato, pois só havia atuando em 17 minutos, diante do Afogados, lá no Sertão. Contudo, era preciso alguém mais aceso no campo para abastecer o atacante. Essa peça foi acionada pouco depois, aos 26 minutos.
Camisa 9 apoiado por destaque da Copinha
Com apenas 18 anos, quase metade de Paulo Sérgio, Thalissinho fez a sua estreia como profissional. A expectativa sobre ele era bem recente, pelos três gols marcados na Copa São Paulo de Juniores, sendo a revelação alvirrubra na edição de 2024. A primeira dobradinha entre os dois atacantes do Náutico demorou dez minutos. E foi de maneira “invertida”. Paulo Sérgio acertou um lindo passe para Thalissinho, que ficou cara a cara com o goleiro, mas parou em André Luiz. Na segunda dobradinha, aí sim a jogada nas posições esperadas.
Já aos 38 minutos, o jovem ponta esquerda avançou, foi na linha de fundo e tocou para Paulo Sérgio, que desviou para as redes com qualidade – veja abaixo. Com um novo ataque nesta 5ª rodada do Pernambucano, o Náutico venceu o Santa Cruz por 2 x 1, num jogo com 16 mil pessoas na casa do rival, e ainda acabou o sábado na liderança, ultrapassando o outro rival.
Timbu não perde o Clássico das Emoções há 4 anos
A vitória dentro do Arruda ampliou a invencibilidade do Náutico diante do Santa Cruz. O time de Rosa e Silva não perde durante os 90 minutos desde março de 2020, chegando a sete jogos seguidos. Agora, soma três vitórias e quatro empates. A ressalva sobre o tempo regulamentar é necessária devido ao revés na disputa de pênaltis logo no primeiro desses sete jogos. Quanto ao Santa Cruz, já são 13 clássicos sem vitória, seja contra os alvirrubros ou contra os rubro-negros. Em quatro anos de jejum, são sete empates e seis derrotas.
Escalação do Santa Cruz, 1 (melhores: André Luiz e Matheus; piores: Claudinei e Paulo César)
André Luiz; Toty, Paulo Cesar, Rafael Pereira e Juan Tavares (João Victor); Lucas Siqueira (João Pedro), Caio Mello (Lucas Bessa) e Matheus Melo; João Diogo, Felipe Cardoso (Claudinei) e Pedro Bortoluzo (Gabriel Cardoso). Técnico: Itamar Schulle
Escalação do Náutico, 2 (melhores: Paulo Sérgio e Marcos Júnior; pior: Belão)
Vágner; Danilo Belão, Robson Reis, Rafael Vaz e Luiz Paulo; Lorran (Igor Pereira), Marcos Júnior e Patrick Allan (Thalissinho); Ray Vanegas (Fernandinho), Júlio César (Kauan) e Evandro (Paulo Sérgio). Técnico: Allan Aal
Histórico geral do Clássico das Emoções
535 jogos (todos os mandos)
203 vitórias do Santa Cruz (37,9%)
159 empates (29,7%)
172 vitórias do Náutico (32,1%)
1 placar desconhecido (em 1931)
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Abaixo, assista ao gol de Paulo Sérgio, que decretou a vitória no Mundão.
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— Náutico (@nauticope) January 27, 2024