O Arruda poderá ganhar um “sobrenome comercial” em 2025. Foto: Esequias Pierre/Santa Cruz.
A SAF do Santa Cruz deverá ser implantada ainda no primeiro semestre de 2025. Apesar da assinatura da proposta vinculante para a venda de 90% das ações a um grupo de investidores, cujo anúncio foi feito em 13 de janeiro, o processo burocrático de conversão segue em andamento. Paralelamente a isso, os futuros acionistas da Sociedade Anônima do Futebol já vêm trabalhando em aspectos diretos do clube. De reforços a nome de estádio.
No mesmo dia, em 14 de fevereiro, saiu o anúncio oficial da contratação do atacante Thiago Galhardo, viabilizado pelos investidores, e surgiu a notícia sobre o futuro “naming rights” do Arruda. Sobre esse segundo ponto, a coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, informou que o clube tricolor estaria conversando com o Grupo Petrópolis, que tem uma fábrica em Itapissuma, no Grande Recife. O grupo é o dono da cerveja Itaipava, que já foi o naming rights da Arena Pernambuco e da Fonte Nova há alguns anos. Agora, a ideia seria utilizar o energético da empresa, o TNT. Ou seja, “Arruda TNT”. O desdobramento não demorou.
Investidor negou um ponto e confirmou outro
Através de sua conta no Twitter, Márcio Cadar, um dos principais investidores da futura SAF, negou a informação sobre o TNT. O dirigente escreveu o seguinte: “Pessoal, não tem nada de Arruda TNT. O dia em que fecharmos o naming rights eu divulgo aqui sem problemas. Por enquanto, só estamos conversando com algumas empresas. Nenhuma no setor de bebidas”. Com a situação atualizada, vamos agora a alguns pontos desta negociação na Cobra Coral.
Primeiramente, Cadar deixou claro que a possibilidade de renomear o “Estádio José do Rego Maciel” está, sim, sendo articulada. É um modelo de negócios que já soma mais de dez estádios no Brasil, embora o Trio de Ferro do futebol pernambucano jamais tenha tido um contrato do tipo. Hoje, os quatro grandes clubes de São Paulo, que também têm estádios tradicionais, já contam com esse acordo comercial – veja abaixo. Além disso, Cadar foi direto sobre o perfil da empresa nesta parceria. No caso, sobre qual perfil não estaria presente, já que negou conversas com empresas do setor de bebidas. Por fim, a atualização da nota de Lauro Jardim, que manteve a sua apuração apesar da negativa do investidor. A conferir.
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Valores anuais do naming rights dos estádios
1º) Mercado Livre Arena Pacaembu (municipal): R$ 33,3 milhões anuais por 30 anos
2º) Morumbis (São Paulo): R$ 25,0 milhões (3 anos)
3º) Allianz Parque (Palmeiras): R$ 15,0 milhões (20 anos)
3º) Neo Química Arena (Corinthians): R$ 15,0 milhões (20 anos)
3º) Vila Viva Sorte (Santos): R$ 15,0 milhões (10 anos)
6º) Ligga Arena (Athletico-PR): R$ 13,3 milhões (15 anos)
7º) Casa de Apostas Arena Fonte Nova (estadual): R$ 13,0 milhões (4 anos)
8º) Arena MRV (Atlético-MG): R$ 7,18 milhões (10 anos)
9º) Arena BRB Mané Garrincha (distrital): R$ 2,5 milhões (3 anos)
10º) Casa de Apostas Arena das Dunas (estadual): R$ 1,2 milhão (5 anos)
10º) Arena Nicnet (Botafogo-SP): R$ 1,2 milhão (5 anos)