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Diego Souza foi o artilheiro da Série A de 2016 com 14 gols. Foto: Williams Aguiar/Sport.

Na era dos pontos corridos, a maior sequência do Sport na primeira divisão do Campeonato Brasileiro aconteceu entre 2014 e 2018. Dos cinco anos seguidos, Diego Souza esteve envolvido nos quatro primeiros, quando o leão permaneceu na elite, sendo destaque em todas as campanhas. Este é um dos pontos a favor do jogador, que após algumas tentativas frustradas acertou a sua volta ao rubro-negro após seis anos. Ao menos é o que espera a torcida e a direção, com o experiente meia-atacante tendo outra missão em um momento diferente da carreira. Inclusive nem vem para ajudar a permanecer na A, mas voltar pra lá.

Aos 38 anos, Diego deixou o Grêmio após o fim do contrato, em junho de 2023. Pouco utilizado após a chegada de Luis Suárez e depois parado por uma lesão, ele chegou a cogitar a ideia de se aposentar. Até viajou com a família para os Estados Unidos e, com a vida financeira resolvida, parecia mesmo determinado a isso. Entretanto, decidiu continuar jogando mais um pouco. Nem que seja por um último objetivo. Assim enxergo a esta 3ª passagem de Diego Souza ao Sport, com cara de “The Last Dance”.

Sem surpresa, deve chegar pesando na folha mensal, mas desta vez com um contrato por performance, considerando uma atuação mais pontual no returno da Segundona. Além disso, o Sport ainda precisa repactuar a sua dívida de R$ 1 milhão com o jogador – o valor original entrou na Recuperação Judicial solicitada pelo clube neste ano.

DS87 e Love/DS87 ou Love?

Paralelamente ao custo, há naturalmente um diferencial técnico, como nas outras vezes. Só que agora o sarrafo está mais baixo, e é preciso entender desde já. Apesar da festa da torcida no aeroporto e da memória sobre as ótimas jogadas na Série A, o momento de DS87 (sim, a camisa volta à ativa) é outro. Ainda vejo como um reforço interessante ao Sport, sobretudo como opção a Vagner Love, de 39 anos e que já ficou de fora em alguns jogos.

Com contrato até o fim do ano, o jogador chega com um ótimo histórico de gols (57) e assistências (33) no clube. O dado combinado chega a 90 gols ao longo de 173 partidas pelo leão. Pela idade e pela forma como rendeu melhor no time, deve atuar mais próximo ao ataque ou, efetivamente, como homem de referência lá na frente mesmo.

A questão física, num campeonato de intensidade, precisará ser dosada com a entrega técnica, cabendo ao técnico Enderson Moreira encontrar uma solução tática para maximizar a utilização de DS87. A dupla Love/Diego, que existiu no Palmeiras de 2009, tende a ser algo difícil na maior parte do tempo de jogo. Em situações específicas, aí ok. Afinal, o Sport já é nesta Série B um time que marca mal e comete poucas faltas táticas. E não dá pra ser assim.

A responsabilidade na Ilha

Titular ou não num primeiro momento, Diego Souza chega também para tentar impulsionar questões comerciais como campanha de sócios, com o quadro atual tendo 21 mil adimplentes, e venda de produtos. Mas chega, sobretudo, com a responsabilidade de ajudar a colocar o Sport no G4 até a 38ª rodada da Segundona. Hoje, o time está em 5º lugar…

Desempenho de Diego Souza no Sport

2014 – 20 jogos, 4 gols e 3 assistências (7 gols combinados, média de 0,35)
2015 – 58 jogos, 17 gols e 15 assistências (32 gols combinados, média de 0,55)
2016 – 40 jogos, 15 gols e 8 assistências (23 gols combinados, média de 0,57)
2017 – 55 jogos, 21 gols e 7 assistências (28 gols combinados, média de 0,50)

Total (2014/2015 e 2016/2017);
173 jogos, com 57 gols e 33 assistências (90 gols combinados, média de 0,52)

Sobre os dados, vale citar o recorte na Série A, com 38 gols e 22 assistências em 118 jogos. Com 60 gols combinados, média de 0,50. Rubro-negro, o que você achou da contratação?

Abaixo, um vídeo com a minha opinião sobre a utilização de Diego Souza no Sport de 2023.


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