Duas vitórias consecutivas pelo mesmo placar, 3 x 2. Em ambos os casos, diante de equipes tradicionais e qualificadas tecnicamente para este Brasileirão. Com o Sport tendo que virar o jogo e sofrer até o fim, mas com um nível de competitividade que está dando gosto de ver – sobretudo pela surpresa causada dentro de um ano tão turbulento.
Após o resultado gigante obtido no Allianz Parque, a torcida rubro-negra se fez presente na Ilha, com 15 mil pessoas enfrentando a crise de desabastecimento no país. Em campo, não faltou gás, com a turma deixando o estádio com uma cara copeira, no incentivo ao mandante e na pressão ao visitante – isso faz diferença.
No 1T, o time leonino se mostrou mais empolgado do que devia, com as linhas de marcação bem adiantadas – a primeira no círculo central, em vez da intermediária, como vinha sendo. Embora continuasse bem nos desarmes (19 x 10, segundo o Footstats), um vacilo resultaria em triangulações do Atlético-MG, com Luan e Roger Guedes ligados – este, aliás, venceu sistematicamente o duelo contra Fabrício, improvisado na lateral-direta, desfalcada de Prata (suspenso) e Winck (machucado). Neste jogo pegado, Anselmo, o melhor da noite, conseguiu uma enfiada de bola incrível para Rogério, que marcou e destravou.
No 2T, um jogo louco, com o Galo virando em 20 minutos e o Sport virando em 6 min. Nos gols pernambucanos, a inteligência de Rafael Marques, protegendo e ajeitando a bola para Gabriel, e a experiência de Michel Bastos, que arrumou um pênalti e acertou a cobrança. Nesse aperreio, com 7 x 5 em finalizações a favor do visitante, também entra a figura de Magrão. Até o minuto final, de novo. Sofrimento + competitividade = 3 pontos. Em 8 rodadas, 4 vitórias.
Histórico geral de Sport x Atlético-MG (todos os mandos)
53 jogos
14 vitórias rubro-negras (26,4%)
19 empates (35,8%)
20 vitórias mineiras (37,7%)
Histórico de Sport x Atlético-MG pela Série A (todos os mandos)
38 jogos
9 vitórias rubro-negras (23,6%)
16 empates (42,1%)
13 vitórias mineiras (34,2%)
A análise do Podcast 45 Minutos (Cassio Zirpoli, Fred Figueiroa e Lucas Fitipaldi):