O repeteco da final de 2020 acabou com o mesmo placar em branco. Foto: Rafael Melo/Santa Cruz.
Encerrando a 7ª rodada do Campeonato Pernambucano de 2021, Santa Cruz e Salgueiro disputaram um jogo com cara de “cumprimento de tabela”, o que está longe de ser o caso, pois ambos foram a campo não só brigando pela classificação ao mata-mata, como na busca por um lugar direto na semifinal – ou seja, mirando a 2ª colocação, hoje ocupada pelo Sport.
Com o empate em 0 x 0, porém, essa meta mais avançada ficou distante. E dificilmente alguém saiu do jogo lamentando algum detalhe para a reversão do placar. Até porque basicamente não houve. Numa disputa envolvendo times recém eliminados tanto do Nordestão quanto da Copa do Brasil, o futebol foi sonolento do início ao fim, com pouquíssimas chances de gol.
À vera mesmo, apenas uma oportunidade, do carcará, já aos 34/2T. Héricles até chegou bem no lance, mas se atrapalhou no domínio da bola e acabou finalizando sem força, com William Alves conseguindo cortar antes de cruzar a linha. O lance não mudou o ritmo da partida, a segunda do tricolor da capital sob o comando de Gallo, que desta vez colocou Chiquinho como titular (e foi o jogador com mais passes certos, mais de 40) e deixou Pipico no banco (entrou no intervalo, mas foi nulo novamente). Aqui, a crítica ao desempenho é mais severa em relação ao Santa, uma divisão acima do Salgueiro e com maior poder de investimento.
O time coral atual não vem mostrando indícios de coletividade, e as individualidades pouco acrescentam. Somando os três torneios da temporada “2021”, o scout é de 5V, 4E e 9D em 18 jogos, sendo apenas uma vitória nos últimos sete jogos. Portanto, falta rendimento e falta resultado. Hoje, o Santa é um time inseguro na defesa e com pouca variação ofensiva – se Madson ou Marcel não carregarem a bola, ninguém mais carrega. Enquanto isso, o Salgueiro, que desistiu de participar da Série D, já começou a se desfazer de algumas peças, como o atacante Ciel, que acertou com o Sampaio. Segue longe do time cascudo dos últimos anos. Ainda assim, teve mais posse de bola e hoje está à frente do Santa na pontuação, 10 x 9.
Escalação do Santa Cruz (melhor: William; piores: Marcos Vinícius, Pipico e Derley)
Jordan; Derley (Ítalo Melo, 29/2T), William Alves, Júnior Sergipano e Alan Cardoso; Elicarlos, Marcos Vinícius (Karl, intervalo) e Chiquinho; Madson (Marcel, 29/2T), Léo Gaúcho (Pipico, intervalo) e Maxwell (Arian, 12/2T). Técnio: Alexandre Gallo
Escalação do Salgueiro (melhor: Tarcísio; pior: Kelsen)
Tanaka; Dadinha, Ranieri, Elenilson e Alan Pires. Bruno Sena, Felipe Baiano, Aruá (Raimundinho, 40/2T) e Tarcísio (Alison Araçoiaba, 46/2T); Kelsen (Héricles, 14/2T) e Adriano Napão (Cássio Ortega, 14/2T). Técnico: Daniel Neri
Histórico geral de Santa Cruz x Salgueiro (todos os mandos)
44 jogos
17 vitórias corais (38,6%)
14 empates (31,8%)
13 vitórias salgueirenses (29,5%)
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A análise do Podcast 45 Minutos (Filipe Assis, João de Andrade e Lucas Liausu):