Jogadores do CRB agradecem o apoio da torcida alagoana em Salvador. Foto: Rafa Peixe/CRB.
O CRB foi um dos pioneiros na Copa do Nordeste. Em 1994, numa competição realizada inteiramente em Alagoas, o alvirrubro da Pajuçara decidiu o título contra o Sport, no Rei Pelé. A taça escapou numa disputa de pênaltis. Desde então, o clube foi um dos nomes mais presentes na história da Lampions, com 20 campanhas em 21 edições. Apesar disso, não vinha conseguindo repetir aquele desempenho de sua estreia. O máximo alcançado havia sido a semifinal em 2022, numa eliminação em jogo único fora de casa. Até que veio a solidez do time de Daniel Paulista em 2024, desde já uma das grandes temporadas do CRB.
Classificações nos pênaltis, com emoção
Tricampeão alagoano e classificado às oitavas da Copa do Brasil, tendo um time equilibrado, o CRB acabou partindo para outra semifinal do Nordestão em jogo único na condição de visitante. E a parada foi duríssima. Afinal, seria contra o Bahia, o time mais endinheirado da região e com a melhor campanha do torneio (com 7V em 9 jogos). Fora a pressão na Fonte Nova, com 44 mil torcedores neste domingo. Só que o time de Maceió mostrou frieza, permitindo poucas chances reais ao tricolor baiano, apesar das duas bolas na trave.
Curiosamente, o CRB empatou em 0 x 0 tanto nas quartas, contra o Botafogo-PB, quanto na semi, contra o Bahia. Contra o Belo, a parada foi decidida num 4 x 3. Desta vez o desempate se estendeu bastante. Foram 16 penalidades! As 15 primeiras foram precisas. Na última, o goleiro Matheus Albino espalmou a cobrança de Caio Alexandre, a contratação mais cara do NE, firmada em R$ 24,3 milhões. O 8 x 3 classificou o Galo de Campina a uma nova decisão. Após 30 anos, percorrendo o tenso caminho das penalidades, que lá no passado brecou o clube, o CRB disputará mais uma vez o título de campeão do Nordeste. Chega com casca.
Os números da classificação do CRB
Com 4V, 5E e 1D nesta edição, o CRB fará a final da Copa do Nordeste contra o Fortaleza, que goleou o Sport. A disputa pelo título será em ida e volta, no início de junho. No dia 5, no Castelão, e no dia 9, no Rei Pelé, que irá abrigar a finalíssima pela 2ª vez. Classificado para a última fase, o CRB já tem a garantia de R$ 5,14 milhões em cotas somando todas as fases. Isso inclui o mínimo garantido na final, de R$ 1,36 milhão. Em caso de título, adicionará mais R$ 740 mil no caixa. Além da primeira orelhuda dourada para o estado de Alagoas.
Escalação do Bahia, 0 (7)
Marcos Felipe; Santi Arias (Everaldo), Gabriel Xavier, Kanu e Luciano Juba; Caio Alexandre, Jean Lucas e Everton Ribeiro (Estupiñán); Cauly, Thaciano (Ademir) e Rafael Ratão (Biel). Técnico: Rogério Ceni
Escalação do CRB , 0 (8)
Matheus Albino; Hereda, Fábio Alemão, Saimon e Matheus Ribeiro; Falcão (Rômulo), João Pedro e Gegê; Facundo Labandeira (Caio César)/(Lucas Kallyel), Léo Pereira (Mike) e Anselmo Ramon. Técnico: Daniel Paulista
Histórico geral de Bahia x CRB
49 jogos (todos os mandos)
31 triunfos do Bahia (63,2%)
13 empates (26,5%)
5 vitórias do CRB (10,2%)
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Abaixo, assista às penalidades convertidas pelo CRB e a classificação na Fonte Nova.
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