A evolução do “valuation” dos seis clubes nordestinos presentes no estudo de 2022.
A terceira versão do estudo produzido pela Sports Value apontou um robusto crescimento de 31,2% na avaliação econômica dos 30 maiores times do país. Com a recuperação após a flexibilização da pandemia da Covi-19, além de considerar inflação e câmbio, a soma passou de R$ 25,3 bilhões para R$ 33,2 bilhões. Mais uma vez, a lista é liderada pelo Flamengo (3,7 bi), embora o Palmeiras (3,4 bi) esteja na cola pela segunda vez. Na versão anterior, a diferença entre eles era de R$ 336 mi. Agora é de R$ 377 mi. De 2021 para 2022 cada um evoluiu mais de R$ 1 bilhão! Somados, os dois clubes mais valiosos, que ganharam as últimas quatro edições da Libertadores, estão estimados em R$ 7,1 bilhões, ou 21,6% do “Top 30”.
Em relação ao Nordeste, são seis clubes presentes. Foram sete nos relatórios da Sports Value em 2020 e 2021, mas o Vitória acabou saindo da nova divulgação. Portanto, os times ainda presentes (Bahia, Fortaleza, Ceará, Sport, Náutico e Santa) estão avaliados em R$ 2,541 bilhões. Pela 3ª vez, O Bahia segue à frente na região. Após a queda de -17% durante o pico da pandemia, o tricolor de Salvador registrou uma evolução de +29% no último ano, finalizado com o acesso. Com R$ 594 milhões, atingiu o maior valor da região até hoje.
O Fortaleza, que se classificou de novo à Libertadores, aparece na vice-liderança pela 2ª vez. Subiu nada menos que 55%. A novidade no pódio é o Ceará, que ultrapassou o Sport. Hoje em 4º lugar, o leão pernambucano era o 2º colocado há dois anos. Na sequência, outra mudança, com o Náutico passando o Santa Cruz, que mesmo na Série D se mantém firme no Top 30 graças ao Arruda, um estádio com 60 mil lugares. Afinal, o patrimônio é levado em consideração. Na verdade, isso também ajudou Sport (Ilha do Retiro) e Náutico (Aflitos.
Como se chega ao “Valuation”
A projeção da Sports Value é feita em quatro pilares, com ativos (caixa no banco, aplicações, estádio, centro de treinamento e edificações), direitos econômicos de jogadores (desta vez, não foi informada a origem deste cálculo), valor da marca (torcida/mercado consumidor, engajamento e distribuição geográfica) e direitos esportivos (receitas garantidas nas competições, TV e premiações). Ou seja, a avaliação é flutuante, como ficou claro no comparativo entre os nordestinos. Confira a íntegra dos rankings anteriores: 2020 e 2021.
Abaixo, a lista com os 30 clubes mais valiosos do país até dezembro de 2022, de acordo com a Sports Value, com o valor absoluto de cada um. Entre parênteses e em sequência, a variação em reais sobre o “valuation” de 2021 e a mudança sobre a respectiva colocação anterior.
Do 1º ao 10º lugar
1º) R$ 3,787 bi – Flamengo (+1,095 bi; igual)
2º) R$ 3,410 bi – Palmeiras (+1,061 bi; igual)
3º) R$ 3,127 bi – Atlético-MG (+1,161 bi; +1)
4º) R$ 2,991 bi – Corinthians (+713 mi; -1)
5º) R$ 2,314 bi – Internacional (+596 mi; +1)
6º) R$ 2,214 bi – São Paulo (498 mi; +1)
7º) R$ 2,094 bi – Athletico-PR (+309 mi; -2)
8º) R$ 1,415 bi – Santos (+448 mi; +2)
9º) R$ 1,407 bi – Grêmio (-93 mi; -1)
10º) R$ 1,399 bi – Fluminense (+311 mi; -1)
Do 11º ao 20º lugar
11º) R$ 872 mi – Bragantino (+180 mi; +1)
12º) R$ 823 mi – Botafogo (+312 mi; +2)
13º) R$ 730 mi – Vasco (-72 mi; -2)
14º) R$ 686 mi – Cruzeiro (+51 mi; -1)
15º) R$ 594 mi – Bahia (+135 mi; igual)
16º) R$ 545 mi – Fortaleza (+194 mi; +2)
17º) R$ 532 mi – Atlético-GO (+192 mi; +3)
18º) R$ 500 mi – América-MG (+98 mi; -2)
19º) R$ 490 mi – Coritiba (+94 mi; -2)
20º) R$ 445 mi – Ceará (+153 mi; +4)
Do 21º ao 30º lugar
21º) R$ 408 mi – Sport (+63 mi; -2)
22º) R$ 320 mi – Juventude (n/d)
23º) R$ 308 mi – Guarani (+8 mi; -2)
24º) R$ 306 mi – Goiás (+67 mi; +2)
25º) R$ 277 mi – Náutico (-10 mi; igual)
26º) R$ 272 mi – Santa Cruz (-23 mi; -3)
27º) R$ 256 mi – Ponte Preta (-41 mi; -5)
28º) R$ 243 mi – Avaí (+84 mi; +1)
29º) R$ 242 mi – Cuiabá (+81 mi; +1)
30º) R$ 214 mi – Chapecoense (n/d)
A seguir, o histórico de “valuation” de todos os clubes do Nordeste nesses três anos do estudo da Sports Value, num ordenamento a partir do ranking atual. Entre parênteses, as colocações nos rankings nacional e regional. À direita, a letra correspondente à divisão no Brasileirão.
BAHIA (Série A em 2023)
2020 – R$ 550 milhões (14º BR e 1º NE), A
2021 – R$ 459 milhões (15º BR e 1º NE), A
2022 – R$ 594 milhões (15º BR e 1º NE); B
FORTALEZA (Série A em 2023)
2020 – R$ 254 milhões (24º BR e 6º NE), A
2021 – R$ 351 milhões (18º BR e 2º NE), A
2022 – R$ 545 milhões (16º BR e 2º NE); A
CEARÁ (Série B em 2023)
2020 – R$ 259 milhões (23º BR e 5º NE), A
2021 – R$ 292 milhões (24º BR e 5º NE), A
2022 – R$ 445 milhões (20º BR e 3º NE); A
SPORT (Série B em 2023)
2020 – R$ 412 milhões (16º BR e 2º NE); A
2021 – R$ 345 milhões (19º BR e 3º NE); A
2022 – R$ 408 milhões (21º BR e 4º NE); B
NÁUTICO (Série C em 2023)
2020 – R$ 263 milhões (22º BR e 4º NE); B
2021 – R$ 287 milhões (25º BR e 6º NE); B
2022 – R$ 277 milhões (25º BR e 5º NE); B
SANTA CRUZ (Série D em 2023)
2020 – R$ 292 milhões (20º BR e 3º NE); C
2021 – R$ 295 milhões (23º BR e 4º NE); C
2022 – R$ 272 milhões (26º BR e 6º NE); D
VITÓRIA (Série B em 2023)
2020 – R$ 204 milhões (26º BR e 7º NE); B
2021 – R$ 155 milhões (30º BR e 7º NE); B
2022 – R$ 112 milhões (35º BR e 7º NE); C