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Fonte Nova em noite de Bahia

O Bahia teve uma média de 36.840 pagantes na última edição da Série A. Foto: Bahia/Instagram.

Em 2024, o Bahia deverá ter o maior investimento na história do Nordeste. Será a segunda temporada efetiva com o Grupo City no comando da SAF tricolor. Neste ano, o clube havia indicado um orçamento de R$ 230 milhões. Quase metade disso foi gasto em reforços, com R$ 109 mi ao todo. Inclusive, o Baêa foi o 7º clube que mais gastou em contratações no Brasileirão, segundo a Exame. Ainda assim, a campanha foi modesta, ficando em 16º lugar, com a permanência assegurada na última rodada. Agora, então, o aporte será bem maior.

Eleito para o triênio 2024-2026, o ex-goleiro e agora presidente Emerson Ferretti disse ao site BNews que o departamento de futebol deverá receber R$ 320 milhões. Lembrando que o ídolo do clube ficará à frente do Bahia “associação”, hoje com menos influência sobre a administração do futebol profissional. Sobre a revelação, trata-se de um aumento nominal de R$ 90 milhões sobre a receita projetada para este ano, com salto de 39%. Outra base de comparação é com o maior faturamento já registrado por um clube nordestino. Em 2022 o Fortaleza apurou R$ 267 milhões. Isso num ano em que ganhou a Copa do Nordeste, se classificou à Libertadores, levou 1 milhão de torcedores ao Castelão e fez vendas milionárias.

Deve mirar o G10 na Série A

Portanto, esse montante adiantado por Ferretti faria do Bahia a 12ª maior receita do país, com cinco clubes à frente bem próximos em ordem de grandeza – o 7º lugar só teve R$ 50 mi a mais no último ano. Vale lembrar que o Grupo City adquiriu 90% da SAF do Bahia com a proposta de investir pelo menos R$ 1 bilhão em até 15 anos, sendo R$ 500 mi na compra de jogadores, R$ 300 mi para a quitação de dívidas, o que já ocorreu, e R$ 200 mi em estrutura.

Além disso, o acordo garantiu uma receita mínima para a folha do futebol na casa R$ 120 milhões anuais. Considerando isso e este patamar indicado para 2024, a pressão sobre o Bahia por resultados expressivos deve crescer na mesma proporção. Embora não fique no “G10” do Brasileirão desde 2001, esse recurso pode ser capaz de fazer o Bahia ir além, brigando à vera por vaga na Libertadores, cuja última participação foi em 1989. A conferir.

Os maiores orçamentos do Nordeste (+150 mi)
1º) R$ 320,0 milhões – Bahia (2024)
2º) R$ 230,0 milhões – Bahia (2023)
3º) R$ 218,0 milhões – Vitória (2024)
4º) R$ 208,6 milhões – Fortaleza (2023)
5º) R$ 179,0 milhões – Bahia (2020)
6º) R$ 171,9 milhões – Bahia (2021)*
7º) R$ 163,8 milhões – Ceará (2022)*
8º) R$ 151,9 milhões – Ceará (2021)
* Acabou rebaixado à Série B

A seguir, veja os últimos nove orçamentos do Bahia, sendo sete como “associação”, de 2016 a 2022, e dois como “SAF”, em 2023 e 2024. Na lista seguinte, a receita que o clube efetivamente contabilizou entre 1º de janeiro e 31 dezembro, com a maior em 2021. Haja diferença sobre 2024.

Previsão de orçamento do Bahia

2016 (Série B): R$ 83,0 milhões
2017 (Série A): R$ 99,0 milhões (+19%)
2018 (Série A): R$ 119,7 milhões (+20%)
2019 (Série A): R$ 143,7 milhões (+20%)
2020 (Série A): R$ 179,0 milhões (+24%)
2021 (Série A): R$ 171,9 milhões (-3%)
2022 (Série B): R$ 95,6 milhões (-44%)
2023 (Série A): R$ 230,0 milhões (+140%)
2024 (Série A): R$ 320,0 milhões (+39%)

A receita total realizada pelo Bahia

2016 (Série B): R$ 80,7 milhões
2017 (Série A): R$ 104,8 milhões (+29%)
2018 (Série A): R$ 136,1 milhões (+29%)
2019 (Série A): R$ 189,4 milhões (+39%)
2020 (Série A): R$ 130,6 milhões (-31%)
2021 (Série A): R$ 208,6 milhões (+59%)
2022 (Série B): R$ 108,3 milhões (-48%)
2023 (Série A): Em andamento (divulgação até 30/04/2024)

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