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O capitão Diego ergueu mais uma taça para a grande geração do Fla. Foto: Lucas Figueiredo/CBF.

Após a avassaladora campanha em 2019, quando somou 90 pontos, tendo 78% de aproveitamento, o Flamengo manteve base do timaço montado e entrou como franco favorito ao título brasileiro em 2020.

Ainda que o rendimento pudesse ser um pouco abaixo daquele com Jorge Jesus, parecia difícil que algum outro concorrente conseguisse terminar à frente do time carioca. Portanto, a dúvida sobre o desfecho do Brasileirão pairava basicamente sobre o próprio Fla. E o flerte para isso foi constante. Da largada com derrota em casa à inconstância, incluindo duas goleadas sofridas nas rodadas 19 (SPFC) e 20 (Galo). Custou a saída do técnico espanhol Domènec Torrent, com o clube investindo em Rogério Ceni, que deixou o Fortaleza.

O encaixe não foi imediato, mas eventualmente aconteceu. Primeiro porque o time tem muita qualidade e também porque Rogério é de fato um ótimo treinador. Contando com a irregularidade esperada de outros adversários, como Atlético-MG, São Paulo e, por último, Inter (este com um decisivo revés para o Sport na 35ª rodada, no RS), o Flamengo foi caminhando, caminhando, caminhando e alcançou a liderança na penúltima rodada. Se no mata-mata, num grau de tensão diferente, os resultados não foram suficientes, nem na Libertadores nem na Copa do Brasil, nos pontos corridos há tempo de sobra para buscar.

E assim o time tornou-se o 6º líder ao longo da competição, sendo o último deles, o que realmente importa. Mesmo sem ser empurrado por sua torcida, cuja média na edição anterior foi de de 58 mil torcedores no Maracanã, o clube seguiu competitivo. Cá pra nós, seria difícil não ser tendo Gabigol, Bruno Henrique, Arrascaeta, Gerson, Everton Ribeiro, Pedro, Filipe Luís, Diego etc. A arrumação do time, acontecendo, resultou no campeão mais óbvio possível, mas com um desfecho bem surpreendente e com boa dose de emoção. Até porque precisaria vencer na última rodada, com o cenário atípico. O que não ocorreu.

O time foi derrotado novamente pelo SPFC, mas festejou no Morumbi, pois o Inter não conseguiu superar o Corinthians no Beira-Rio, num empate em 0 x 0 com gol perdido aos 55 (sim, 55) do 2º tempo. O apito final na capital gaúcha, com o Fla terminando à frente com 71 pontos, deu início à festa no gramado em São Paulo e a milhões de brasileiros, com a maior torcida do país vibrando pelo bicampeonato brasileiro, este de forma consecutiva, sendo o sétimo título na história – quanto a Ceni, o inédito título na A veio dois anos após vencer a B com o leão do pici. Com a base possivelmente mantida outra vez, como não imaginar um desfecho diferente em 2021? No presente, sem qualquer dúvida, parabéns ao Fla!

A campanha do bicampeonato brasileiro do Fla
2019 – 90 pontos, com 28V, 6E e 4D; 86 GP e 37 GC (+49)
2020 – 71 pontos, com 21V, 8E e 9D; 68 GP e 48 GC (+20)

Maiores campeões brasileiros na era unificada (1959-2020) – 64 edições
1º) 10x – Palmeiras (60, 67, 67, 69, 72, 73, 93, 94, 16 e 18)
2º) 8x – Santos (61, 62, 63, 64, 65, 68, 02 e 04)
3º) 7x – Corinthians (90, 98, 99, 05, 11, 15 e 17)
3º) 7x – Flamengo (80, 82, 83, 92, 09, 19 e 20)
5º) 6x – São Paulo (77, 86, 91, 06, 07 e 08)
6º) 4x – Vasco (74, 89, 97 e 00)
6º) 4x – Fluminense (70, 84, 10 e 12)
6º) 4x – Cruzeiro (66, 03, 13 e 14)
9º) 3x – Internacional (75, 76 e 79)
10º) 2x – Bahia (59 e 88)
10º) 2x – Botafogo (68 e 95)
10º) 2x – Grêmio (81 e 96)
13º) 1x – Atlético-MG (71)
13º) 1x – Guarani (78)
13º) 1x – Coritiba (85)
13º) 1x – Sport (87)
13º) 1x – Athletico-PR (01)

Maiores campeões nos pontos corridos (2003-2020) – 18 edições
1º) 4x – Corinthians (05, 11, 15 e 17)
2º) 3x – São Paulo (06, 07 e 08)
2º) 3x – Cruzeiro (03, 13 e 14)
2º) 3x – Flamengo (09, 19 e 20)
5º) 2x – Fluminense (10 e 12)
5º) 2x – Palmeiras (16 e 18)
7º) 1x – Santos (04)

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