O treinador argentino liderou as três classificações do Laion. Arte: Fortaleza/Twitter.
O Fortaleza vive a sua era de ouro. Sem qualquer dúvida sobre isso, o período desde 2018, quando conquistou a Série B, é o mais impactante na história tricolor, incluindo também o tri da Copa do Nordeste, o penta do Campeonato Cearense e as ótimas campanhas na Série A. Na primeira divisão nacional, considerando a era dos pontos corridos, tornou-se o primeiro nordestino a disputar seis edições seguidas. Por sinal, já considerando a campanha estabelecida em 2024, irá disputar a sétima também. Nesses anos, foram cinco campanhas entre os dez primeiros colocados, três delas dentro da zona da Libertadores.
O Laion ficou em 4º lugar em 2021, indo diretamente à fase de grupos, em 8º lugar em 2022, indo para a fase preliminar da Liberta, e agora, com cinco rodadas de antecedência na Série A de 2024, já garantiu mais uma classificação ao principal torneio sul-americano. Firme no G4 há meses, o Fortaleza de Vojvoda goleou o Vasco por 3 x 0 e chegou a 63 pontos. Com isso, já garantiu no mínimo a 6ª colocação, o que, hoje, representa a classificação à fase preliminar da Libertadores de 2025. Ou seja, obteve três vagas em apenas quatro anos. Porém, além de seguir sonhando com o inédito título brasileiro, estando a 5 pontos do líder Botafogo, o tricolor mira um objetivo mais acessível a “curto prazo”, que é a vaga já na fase de grupos.
A passagem à fase principal da Libertadores representaria a garantia de uma cota de pelo menos de US$ 3 milhões, ou R$ 17 milhões na cotação atual. Iniciei o texto dizendo que o Fortaleza vive a sua era de ouro. A esta altura, já dá pra dizer, francamente, que é um dos maiores períodos vividos por qualquer clube nordestino em qualquer época. O Fortaleza está a uma taça de renome, seja no âmbito nacional ou no âmbito internacional, de encerrar qualquer discussão. E com muito trabalho está fazendo por onde para buscar esse objetivo.
Afinal, os resultados esportivos vêm no embalo de um crescimento econômico expressivo, tanto que o clube estimou uma receita de R$ 258 milhões nesta temporada. No Nordeste, este volume só fica abaixo da SAF envolvendo o Bahia e o Grupo City. Parabéns, Laion!
Vem de novo, LAION!
O @FortalezaEC vai disputar a CONMEBOL #Libertadores pela terceira vez!
⭐️ #GloriaEterna pic.twitter.com/9Gm5J7O1ZW
— CONMEBOL Libertadores (@LibertadoresBR) November 10, 2024
Ampliando a história internacional
Ao todo, esta será a 9ª participação do Nordeste na Copa Libertadores da América, com o Fortaleza se igualando ao Bahia e virando um dos recordistas da região – embora o Baêa siga tentando a mesma classificação no Brasileirão 2024. O melhor desempenho até hoje foi o do tricolor baiano, com a classificação às quartas em 1989, quando jogou 10 partidas. Somando com as outras disputas da Conmebol, será a 41ª participação internacional da região, que já contou com 10 clubes diferentes – veja abaixo. O levantamento conta as campanhas na Libertadores (1960-2024), Sul-Americana (2002-2024) e Copa Conmebol (1992-1999).
Campanhas nordestinas na Libertadores
1960 – Bahia: quartas, 1V, 0E e 1D (1º na Taça Brasil)
1964 – Bahia: preliminar, 0V, 1E e 1D (2º na Taça Brasil)
1968 – Náutico: grupo, 2V, 2E e 2D (2º na Taça Brasil)
1988 – Sport: grupo, 2V, 1E e 3D (1º na Série A)
1989 – Bahia: quartas, 5V, 4E e 1D (1º na Série A)
2009 – Sport: oitavas, 5V, 1E e 2D (1º na Copa do Brasil)
2022 – Fortaleza: oitavas, 3V, 2E e 3D (4º na Série A)
2023 – Fortaleza: preliminar, 1V, 1E e 2D (8º na Série A)
2025 – Fortaleza: a disputar (G7 na Série A*)
* Presença matemática na 33ª rodada
Ranking de participações na Libertadores
1º) 3 vezes – Bahia (1960, 1964 e 1989) e Fortaleza (2022, 2023 e 2025)
3º) 2 vezes – Sport (1988 e 2009)
4º) 1 vez – Náutico (1968)
Ranking de participações internacionais
1º) 11 vezes – Bahia
2º) 7 vezes – Sport e Vitória
4º) 6 vezes – Fortaleza
5º) 4 vezes – Ceará
6º) 2 vezes – Náutico
7º) 1 vez – América-RN, CSA, Sampaio Corrêa e Santa Cruz
* Em todos os torneios da Conmebol de 1960 a 2025
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