Wallace Pernambucano produziu pouco no Pará e foi substituído. Fotos: Léo Lemos/Náutico.
O Náutico manteve a boa postura como visitante, vista nas últimas apresentações na primeira fase, e conteve o Paysandu no jogo de ida das quartas de final da Série C. Com o acesso em jogo, a concentração foi total, contando também com boas intervenções do goleiro Jefferson, com o empate sem gols no Mangueirão sendo um bom resultado – ainda mais por não existir o critério do gol fora de casa neste mata-mata. Ou seja, o timbu jogará por uma vitória simples no próximo domingo, no Recife – idem ao time paraense. Em caso de empate, a disputa se estenderá aos pênaltis.
Embora o timbu tenha se apresentado bem até os 15 minutos, o 1T foi bem amarrado em Belém. Com Josa amarelado com apenas 11 minutos, após um carrinho desnecessário, o volante teve que mudar a postura – e conseguiu muito bem, aliás. O scout de finalizações pró-Náutico (5 x 2) não traduz bem o jogo na primeira metade, com chutes sem alcance e sem pontaria. A melhor oportunidade, na verdade, foi do Papão, num arremate de fora da área, de Léo Baiano, com Jefferson espalmando. À parte da franca disputa pela bola, duas reclamações do bicolor paraense, em pênaltis não marcados – em ambos os casos, Daronco acertou.
No 2T o cenário foi invertido, com o Paysandu melhor nos primeiros momentos, incluindo uma bola na trave de Vinícius e uma chance incrível desperdiçada por Nícolas (Jefferson defendeu, no meio do gol). Depois o equilíbrio foi retomado, mas com o visitante totalmente interessado no 0 x 0, com pouquíssimas investidas – com 1 gol em 19 jogos, Wallace foi quase nulo. Nos 90 minutos, 8 x 8 em finalizações e 14 x 14 em faltas. Pouco futebol e placar justo.
Sobre os 180 minutos
Numa análise geral, a apresentação alvirrubra foi muito mais segura do que aquela na ida das quartas de 2018, quando o timbu perdeu do Bragantino por 3 x 1, no interior paulista, dificultando bastante o trabalho na volta. Desta vez, em vez da Arena, a “decisão” será no caldeirão dos Aflitos – público menor, mas com atmosfera mais pesada. Em tempo: duelo segue aberto, pois o papão não perde há 13 jogos (4V e 9E), numa sequência que indicaria, ao menos, as penalidades.
Escalação do Náutico (melhor: 1 Jefferson, 2 Josa; piores: 1 Simões, 2 Wallace)
Jefferson; Hereda, Diego, Camutanga (Rafael Ribeiro, 15/2T) e Willian Simões; Josa, Jiménez e Matheus Carvalho (Jean Carlos, 20/2T); Thiago, Wallace PE (Jhonnatan, 34/2T) e Álvaro. Técnico: Gilmar Dal Pozzo
Escalação do Paysandu (melhores: 1 Vinícius Leite, 2 Léo Baiano; piores: 1 Tomas Bastos, 2 Hygor)
Mota; Tony, Caíque Oliveira, Victor Oliveira e Bruno Collaço; Léo Baiano (Thiago Primão, 31/2T), Anderson Uchôa e Tomas Bastos (Tiago Luís, 39/2T); Vinícius Leite, Nicolas e Hygor Silva (Elielton, 28/2T). Técnico: Hélio dos Anjos
Histórico de Paysandu x Náutico (todos os mandos)
30 jogos
9 vitórias pernambucanas (30,0%)
11 empates (36,6%)
10 vitórias paraenses (33,3%)
A análise do Podcast 45 Minutos (Celso Ishigami, Clauber Santana e Rodolpho Moreira):