Gatito pega a última cobrança e garante a vaga ao alvinegro. Fotos: Fotos: Vítor Silva/Botafogo.
Pelo 2º ano seguido, o Náutico sai da Copa do Brasil na segunda fase, caindo nos pênaltis. Essa disputa tensa, aliás, vem sendo recorrente no alvirrubro, com cinco decisões do tipo em menos de um ano, somando Copa do Brasil (2x), Série C (2x) e Pernambucano (1x).
Pela copa nacional, quase o mesmo roteiro. Flertou com a vitória no tempo normal e falhou no desempate. Em 20 de fevereiro de 2019, parou na trave, diante do Santa Cruz. Em 19 de fevereiro de 2020, parou em Gatito Fernández, que faz valer a enorme qualidade como pegador de pênaltis. O experiente goleiro pegou 2 cobranças, de Ronaldo Alves e Paiva (no último chute da série), e chegou a 12 penalidades defendidas pelo clube carioca. Assim, definiu o 4 x 3 após o empate em 1 x 1.
Sobre o jogo, o time pernambucano teve muita intensidade no 1T e finalizou mais. Reduziu o ritmo na reta final, mas não o suficiente para deixar de ser perigoso. E o gol saiu numa jogada que já começa a ficar característica. Paiva foi acionando na ponta esquerda, se livrou do marcador e rolou para o companheiro. Já tinha visto esta descrição, né? Neste caso, passe para Jean Carlos, que mandou para as redes. Em ótima fase, o camisa 10 do timbu participou em 12 dos 18 gols do time em 2020, somando gols, assistências ou criação da jogadas.
No 2T, o mandante reduziu o ritmo de fato, visando o contragolpe. Pelo desgaste e porque a reação carioca foi efetiva, ganhando campo. O gol de empate, aos 23, ocorreu na 1ª jogada de Luiz Fernando, que cruzou para Bruno Nazário. Depois, o Náutico só pôde lamentar a enorme chance desperdiçada por Erick, aos 37. Cara a cara com Gatito, que defendeu. Dali em diante o goleiro viraria “o” nome, sendo o responsável pela cota de R$ 1,5 milhão. A caminho do Rio.
Marca histórica
Este foi o 100º jogo do Náutico na história da Copa do Brasil. O timbu tornou-se o 5º nordestino a alcançar o patamar. Hoje, só abaixo de Vitória (159), Bahia (137), Sport (116) e Ceará (113).
Escalação do Náutico (melhores: 1 Jean Carlos, 2 Jhonnatan; pior: Jorge Henrique)
Jefferson; Hereda, Ronaldo Alves, Diego e Willian Simões; Luanderson (Josa, 28/2T), Rhaldney (Jhonnatan, 41/1T) e Jean Carlos; Erick, Paiva e Matheus Carvalho (Jorge Henrique, 5/2T). Técnico: Gilmar Dal Pozzo
Escalação do Botafogo (melhores: 1 Gatito, 2 Alex Santana; pior: Cícero)
Gatito; Barrandeguy, Marcelo, Ruan Renato e Guilherme (Luiz Fernando, 21/2T); Thiaguinho, Alex Santana e Bruno Nazário; Danilo Barcelos, Luis Henrique (Warley ,35/2T) e Cícero (Pedro Raul, intervalo). Técnico: Paulo Autuori
Histórico geral de Náutico x Botafogo (todos os mandos)
28 jogos
9 vitórias pernambucanas (32,1%)
4 empates (14,2%)
15 vitórias cariocas (53,5%)
Retrospecto do Náutico na Copa do Brasil (1989-2020)
100 jogos em 25 participações
Desempenho: 45V, 24E e 31D
56 confrontos: 31 classificações e 25 eliminações
A análise do Podcast 45 Minutos (Cassio Zirpoli, Clauber Santana e João de Andrade):