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A FPF confirmou a reativação da 3ª divisão do Campeonato Pernambucano. Isso mesmo. Embora a segundona local já seja precária, tanto em público quanto em nível técnico, a terceirona deverá voltar de forma oficial em 2019. A última vez que o Estadual teve três divisões foi há 17 anos. O Vera Cruz conquistou o título de 2002 disputando um triangular com Vila Rica (de Gameleira) e Sport Beleense (de Belém do São Francisco) – posteriormente, o clube de Vitória de Santo Antão disputaria a primeirona em quatro oportunidades.

A Série A3 foi encerrada no ano seguinte porque vários times voltaram ao amadorismo – é caro manter uma estrutura profissional, com taxas e salários. Assim, a Série A2 passou a ter um número flutuante de inscritos.

E aí está a diferença para este retorno, com a federação querendo fixar o número de participantes na A2. A reformulação começou na própria elite, com a transição de 12 clubes em 2017 para 11 em 2018 e 10 em 2019, a versão final. A segunda divisão também deverá ter o mesmo limite, com a A3 sendo aberta aos demais clubes. De acordo com o levantamento da CBF sobre 2018, existem 772 clubes profissionais no país, dos quais apenas 22 em atividade no estado. Ou seja, a tendência de novos times (de prefeituras?) é factível. Só não é barato.

Segundo a resolução da FPF sobre as taxas administrativas, a filiação de um clube profissional custa R$ 750 mil – sem um investidor pesado ou a colaboração do poder público, me parece impossível. Em 2018, dois clubes se filiaram no cenário local, um ligado à Unibra (o Retrô FC) e outro à faculdade Maurício de Nassau (sem nome). Vale destacar que a filiação de um clube amador sai por R$ 30 mil, o que pode indicar uma categoria semiamadora, com a ‘conversão’ em caso de acesso – uma forma ‘aliviar’ as exigências do caderno de encargos da CBF.

Ao blog, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, disse que a Série A3 precisa ter no mínimo seis equipes e ainda confirmou a estrutura de acesso nas três séries locais, com apenas uma mudança anual (campeão sobe, lanterna cai). O que você acha da criação da terceirona?

Curiosidade: um clube participante da Série A3 do Pernambucano demoraria, no mínimo, sete anos para disputar a Série A do Brasileiro, pois teria que chegar à elite local para disputar uma vaga na Série D, e, depois tentar os três acessos nacionais. A pirâmide é enorme.

Times em 2002 (última temporada com 3 séries)
1ª divisão – 10
2ª divisão – 14
3ª divisão – 13

Times em 2019 (próxima temporada com 3 séries)
1ª divisão – 10
2ª divisão – 10
3ª divisão – a definir (mínimo de 6)

Campeões da 3ª divisão do Estadual*
2000 – Ferroviário do Cabo
2001 – Itacuruba
2002 – Vera Cruz
* Entre 1996 e 1999, o Ramalat foi tetracampeão do Intermunicipal, o precursor da A3


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