O projeto do estádio do América, com arquibancada formando um “U”, como a Fonte Nova.
Após sete anos (!) de obras, o América de Natal finalmente vai inaugurar o primeiro módulo do seu estádio particular. Com os laudos técnicos em mãos, após trabalhos nas redes hidráulica e elétrica, o clube potiguar passa a ter um campo de futebol com 5 mil lugares, o que corresponde a 1/5 da capacidade máxima prevista no projeto da “Arena América”.
Na largada, um amistoso em 22 de setembro entre dois ídolos, Moura x Souza, os principais nomes dos acessos à Série A em 1996 e 2006. Depois, o empreendimento localizado em Parnamirim, na região metropolitana, receberá os jogos de menor porte. Visando os de médio porte, a ideia é instalar arquibancadas tubulares provisórias. Até a conclusão, o clube vai revezar o calendário com a Arena das Dunas, um dos quatro estádios da Copa do Mundo de 2014 no Nordeste.
O que chama a atenção sobre esta evolução estrutural, numa obra tocada desde 12 de maio de 2012, é o momento atual do América. Aliás, do futebol potiguar como um tuno. Em 2019, o alvirrubro não conseguiu sair da Série D, enquanto o rival ABC, cujo estádio foi concluído em 2008, acabou rebaixado à 4ª divisão. Junto ao Globo, de Ceará-Mirim. Ou seja, o Rio Grande do Norte está fora das Séries A, B e C em 2020. Nos gramados, o pior momento. E ainda assim a obra andou, com boa parte da receita através de torcedores – incluindo a venda dos 126 camarotes (a próxima etapa), entre R$ 30 mil e R$ 35 mil, com a utilização por 15 anos.
Arena das Dunas, Frasqueirão e Arena América? Falta um desempenho correspondente…
Dados do estádio do América de Natal
5 mil lugares, a capacidade da 1ª etapa
25 mil lugares, a capacidade após a conclusão (sem prazo)
R$ 7,8 milhões, o investimento já feito (média de R$ 1,1 mi/ano)
R$ 20,0 milhões, a previsão total de investimento (valor enxuto)
8 hectares, dentro da área de 22 hectares do CT do clube
Abaixo, algumas imagens do novo estádio potiguar. Fotos: Canindé Pereira/América FC.