Nos últimos dez anos, apenas uma edição do Campeonato Brasileiro não teve um ‘nome comercial’, com um patrocinador atrelado. Após cinco anos com a indústria Petrobrás, foram mais três com a montadora Chevrolet, sem um novo acordo em 2017 – na ocasião, foi mudada até a base do troféu, que vinha com o nome do patrocinador. A Série A de 2018 começou da mesma forma, genérica, mas a competição volta após a pausa para a Copa do Mundo, já com doze rodadas disputadas, com uma nova nomenclatura oficial: ‘Brasileirão Assaí’.
Trata-se de uma rede nacional de atacado, que firmou um acordo de naming rights por duas temporadas com a CBF, já com cláusula de renovação. Além do nome oficial da competição, terá direito a prismas e propriedades comerciais na apresentação dos times em campo, durante a protocolar execução do hino nacional. A confederação não informou o valor do patrocínio junto à marca Assaí Atacadista, tampouco o repasse aos vinte clubes participantes – Sport, Bahia, Vitória e Ceará.
Com o papel assinado, fica a velha dúvida sobre a utilização do ‘nome oficial’ junto aos clubes, imprensa e torcedores. A prática do naming rights é bem comum no cenário atual do futebol mundial, tanto em torneios quanto em estádios (a Arena Pernambuco já se chamou ‘Arena Itaipava Pernambuco’, lembra?). Porém, entendo que a mudança recorrente dificulta esse processo de aceitação junto ao público, o óbvio alvo dos investidores. E o que você acha?
Curiosidade: o painel ‘Brasileirão Assaí’ estreia com Ceará x Sport, no PV, às 19h30 do dia 18/07
Série A
2009-2013 – Brasileirão Petrobrás (combustíveis)
2014-2016 – Brasileirão Chevrolet (automóveis)
2018-2019 – Brasileirão Assaí (atacado)
Copa do Brasil*
2009-2012 – Copa Kia do Brasil (automóveis)
2013 – Copa Perdigão do Brasil (alimentos)
2014-2015 – Copa Sadia do Brasil (alimentos)
2016-2018 – Copa Continental Brasil (pneus)
* A BRF Brasil adquiriu os direitos por três anos (2013-2015), escolhendo as marcas no período
Libertadores*
1998-2007 – Copa Toyota Libertadores (automóveis)
2008-2012 – Copa Santanter Libertadores (banco)
2013-2017 – Copa Bridgestone Libertadores (pneus)
* Em 2018, a Conmebol decidiu não renovar, para deixar a marca da competição ‘limpa’
Copa Sul-Americana
2003-2010 – Copa Nissan Sul-Americana (automóveis)
2011-2012 – Copa Bridgestone Sul-Americana (pneus)
2013-2014 – Copa Total Sul-Americana (combustíveis)
Campeonato Pernambucano
2009 – Pernambucano Brahma Fresh* (cervejaria)
2011-2014 – Pernambucano Coca-Cola (refrigerantes)
2016 – Pernambucano Celpe (energia elétrica)
* O acordo acabou cancelado devido à proibição de venda de cerveja nos estádios em 2009