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O ranking serve, também, para compor os sorteio dos principais torneios continentais de 2022.

Considerando o peso histórico da Libertadores de 1960 a 2021 e da Sul-Americana de 2002 a 2021, a Conmebol divulgou o ranking de clubes de 2022, com a presença de 270 times, sendo 41 brasileiros – ou 15,1% da lista. Pela 2º ano seguido, o Nordeste é representado por sete nomes, justamente o G7. Este novo quadro contabilizou as participações de Bahia e Ceará na última edição da Sula. Ambos caíram na fase de grupos, mas ascenderam na lista. O tricolor baiano ganhou cinco posições, chegando ao 62º lugar e se mantendo na ponta da região pelo terceiro ano.

Já o alvinegro cearense teve um salto impressionante, ganhando 155 colocações – de 262º para 107º. O clube tinha apenas 1,5 ponto, referente à pioneira participação continental, em 2011. Agora tem 228,0 pontos e já ameaça a vice-liderança regional do Sport. Afinal, o vozão disputará a Sula novamente, enquanto o rubro-negro está na Série B. Falando em novas participações internacionais, espera-se um avanço ainda maior do Fortaleza no próximo ranking, devido à inédita presença na Libertadores – como vai estrear já na fase de grupos, o leão do pici deve acumular muitos pontos (hoje é último nordestino presente).

Ampliando a análise, o Palmeiras virou o vice-líder geral a partir dos dois títulos seguidos na Libertadores. Ainda assim, está a 1.772 pontos do River Plate, que chegou a cinco anos seguidos à frente – o ranking da entidade foi criado em 2016, passando a englobar os pontos da Sula só no último ano. De toda forma, o futebol brasileiro tem quatro clubes no top ten.

A nova fórmula do ranking de clubes da Conmebol
O Ranking da Conmebol contempla histórico e performance recente na Libertadores e na Sul-Americana, além de títulos nacionais, que funcionam como bônus. As campanhas da última década nos dois torneios formam a base da lista, com 100% da pontuação ao primeiro ano, 90% ao segundo e assim sucessivamente, até 10% ao mais antigo. Ultrapassando o período, a campanha passa ao segundo quesito do regulamento, o “coeficiente histórico”, sem mais depreciações. Ou seja, a conquista do Palmeiras em 2021 vale 1.000 pontos na Liberta, enquanto o título do Palmeiras em 1999 só vale 100. Já o título da Sula valeu 600 pontos ao Athletico neste primeiro ano. É uma complexidade em busca de uma justiça (?) entre feitos recentes e a história escrita.

O pódio nordestino no Ranking da Conmebol, ano a ano (e a colocação geral)
2016 – 1º Sport (80º), 2º Bahia (n/d) e 3º Náutico (n/d)
2017 – 1º Sport (100º), 2º Bahia (n/d) e 3º Náutico (n/d)
2018 – 1º Sport (108º), 2º Bahia (127º) e 3º Náutico (178º)
2019 – 1º Sport (121º), 2º Bahia (126º) e 3º Náutico (181º)
2020 – 1º Bahia (124º), 2º Sport (126º) e 3º Náutico (186º)
2021 – 1º Bahia (67º), 2º Sport (91º) e 3º Santa Cruz (151º)
2022 – 1º Bahia (62º), 2º Sport (94º) e 3º Ceará (107º)

Todos os dez clubes presentes no top ten desta temporada já venceram a Taça Libertadores mais de uma vez. Recordista, o Independiente aparece em 10º. A explicação se deve ao jejum, pois o 7º (e último) título foi em 1984. Ou seja, o hepta entrou como “coeficiente histórico”.

O top 10 da América do Sul em 2022
1º) 10.275,2 – River Plate (ARG), igual
2º) 8.503,1 – Palmeiras (BRA), +2
3º) 8.272,8 – Boca Juniors (ARG), -1
4º) 6.666,4 – Flamengo (BRA), +2
5º) 6.571,9 – Grêmio (BRA), -2
6º) 5.506,3 – Nacional (URU), -1
7º) 5.176,0 – Peñarol (URU), +1
8º) 4.517,4 – Santos (BRA), +1
9º) 4.372,4 – Atlético Nacional (COL), -2
10º) 4.295,1 – Independiente (ARG), igual

A seguir, os 41 times brasileiros presentes no ranking. Entre parênteses, a colocação geral na América e a respectiva evolução na lista continental. Em 2022 serão 15 times do país nos torneios continentais, sendo 9 na Libertadores e 6 na Sul-Americana.

Do 1º ao 10º do Brasil
1º) 8.503,1 – Palmeiras (2º; +2)
2º) 6.666,4 – Flamengo (4º; +2)
3º) 6.571,9 – Grêmio (5º; -2)
4º) 4.517,4 – Santos (8º; +1)
5º) 4.135,2 – Atlético-MG (11º; +8)
6º) 4.043,8 – Athletico-PR (12º; +12)
7º) 4.038,5 – São Paulo (13º; igual)
8º) 3.438,3 – Internacional (17º; +1)
9º) 2.930,8 – Cruzeiro (23º; -7)
10º) 2.526,7 – Corinthians (29º; -6)

Do 11º ao 20º do Brasil
11º) 2.389,7 – Fluminense (30º; +9)
12º) 1.176,0 – Bragantino (45º; estreante)
13º) 983,3 – Botafogo (50º; -1)
14º) 944,8 – Chapecoense (53º; -5)
15º) 796,7 – Vasco (61º; -4)
16º) 793,0 – Bahia (62º; +5)
17º) 290,8 – Sport (94º; -3)
18º) 264,3 – Atlético-GO (100º; +99)
19º) 258,0 – Ponte Preta (101º; -14)
20º) 228,0 – São Caetano (107º; -3)
20º) 228,0 – Ceará (107º; +155)

Do 22º ao 30º do Brasil
22º) 202,0 – Coritiba (121º; -16)
23º) 173,2 – Goiás (126º; -13)
24º) 138,0 – Guarani (134º; -11)
25º) 63,5 – Criciúma (165º; -19)
26º) 61,5 – Santa Cruz (167º; -16)
27º) 48,0 – Paysandu (179º; -11)
28º) 42,6 – Vitória (184º; -17)
29º) 39,6 – Brasília (186º; -11)
30º) 28,0 – Paraná Clube (196º; -10)

Do 31º ao 40º do Brasil
31º) 24,0 – Santo André (198º; -9)
32º) 20,0 – Paulista (207º; -5)
32º) 20,0 – Juventude (207º; -5)
34º) 19,0 – Náutico (216º; -15)
35º) 13,5 – Fortaleza (229º; -12)
36º) 9,0 – Figueirense (242º; -13)
37º) 8,0 – Bangu (249º; -7)
38º) 7,5 – Cuiabá (253º; -12)
39º) 7,2 – Avaí (255º; -7)
40º) 6,0 – Joinville (257º; -11)

A partir do 41º lugar no Brasil
41º) 3,0 – Portuguesa (264º; -13)

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