A Ondina Investimentos avaliou dois clubes de Salvador, dois de Fortaleza e um do Recife.
No âmbito econômico, relacionado ao futebol, o blog já trouxe vários tipos de ranking, como as maiores receitas dos clubes, as maiores dívidas e as principais marcas a cada temporada. O último havia sido sobre os 30 clubes mais valiosos do Brasil, através da Sports Value. Agora, uma lista inédita por aqui, e complementar. Uma reportagem do Valor Econômico, assinada por Marina Falcão, trouxe um ranking com os “clubes mais atrativos para investidores”. Num cenário cada vez mais diversificado em relação à captação (e gestão) das receitas, me parece uma visão interessante sobre quais clubes, hoje, têm mais condições de firmar parcerias de grande porte.
O estudo conta com 30 clubes brasileiros das Séries A, B e C e foi realizado pela Ondina Investimentos, especializada em fusões e aquisições. Os profissionais da consultoria paulista analisaram os últimos três balanços financeiros de cada clube. Sem surpresa, o Flamengo, com R$ 914 milhões de faturamento em 2019, lidera lista. No top 10, a principal surpresa é o Athletico Paranaense, em 7º, com mais de 300 pontos – o patamar mais alto desta projeção.
Entre clubes presentes, 5 nordestinos, com o Bahia à frente – e bem colocado nacionalmente, em 12º. No texto do jornal, o seguinte trecho: “O Bahia foi outro clube que deu a volta por cima. O clube, que chegou a sofrer uma intervenção judicial em 2011, cresceu na média 35% nos últimos três anos e voltou a gerar lucro”. Destaque também para o Ceará, o 14º. Entre os clubes que faturaram menos de R$ 100 milhões no último ano, o alvinegro foi apontado como o mais interessante para investidores – o clube triplicou a sua receita em três anos.
Os demais nordestinos seguem no top 20, no casa dos 100 pontos: Fortaleza (16º), Sport (17º) e Vitória (18º). Pela lista, caberia tranquilamente uma avaliação sobre Náutico e Santa Cruz. Porém, os dois clubes pernambucanos demoraram além da conta para apresentar os seus dados neste ano – no caso alvirrubro, a pendência ainda segue. Ou seja, fora do escopo.
Os critérios do ranking de 2020
Para o estudo, a Ondina criou uma estrutura de pontuação. A elaboração do resultado final de cada clube parte de quatro eixos: desempenho financeiro (33,1%), desempenho esportivo (30,5%), características da respectiva região (19,9%) e fatores relacionados ao tamanho da torcida (16,5%).
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O ranking de receitas no Brasil em 2019, com os 20 clubes somando R$ 6,0 bilhões
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A seguir, o ranking completo da Ondina, divulgado em 14 de dezembro. Escalonei os nomes a cada 100 pontos – entre parênteses, a divisão em 2020. Como curiosidade, à direita citei a colocação entre os “clubes mais valiosos”, do estudo da Sports Value em 8 de dezembro.
Mais de 300 pontos (7 clubes)
1º) 362,2 pts – Flamengo (A), 1º (igual)
2º) 349,0 pts – Palmeiras (A), 3º (+1)
3º) 341,6 pts – Grêmio (A), 8º (+5)
4º) 326,9 pts – Santos (A), 11º (+7)
5º) 324,8 pts – Corinthians (A), 2º (-3)
6º) 313,4 pts – São Paulo (A), 4º (-2)
7º) 304,3 pts – Athletico-PR (A), 7º (igual)
De 201 a 300 pontos (8 clubes)
8º) 287,9 pts – Internacional (A), 5º (-3)
9º) 254,6 pts – Vasco (A), 10º (+1)
10º) 241,3 pts – Atlético-MG (A) 6º (-4)
11º) 239,2 pts – Cruzeiro (B), 12º (+1)
12º) 229,6 pts – Bahia (A), 14º (+2)
13º) 212,3 pts – Fluminense (A), 9º (-4)
14º) 204,1 pts – Ceará (A), 23º (+9)
15º) 201,4 pts – Botafogo (A), 13º (-2)
De 101 a 200 pontos (14 clubes)
16º) 194,3 pts – Fortaleza (A), 24º (+8)
17º) 179,7 pts – Sport (A), 16º (-1)
18º) 173,6 pts – Vitória (B), 26º (+8)
19º) 172,2 pts – Goiás (A), 18º (-1)
20º) 157,0 pts – Bragantino (A), 17º (-3)
21º) 153,6 pts – Coritiba (A), 15º (-6)
22º) 152,6 pts – Operário-PR (B), n/d
23º) 146,9 pts – América-MG (B), 19º (-4)
24º) 140,6 pts – Paraná (B), n/d
25º) 138,5 pts – Criciúma (C), n/d
26º) 136,3 pts – Guarani (B), 27º (+1)
27º) 128,9 pts – Atlético-GO (A), 30º (+3)
28º) 121,3 pts – Botafogo-SP (B), n/d
29º) 117,9 pts – Ponte Preta (B), 21º (-8)
Até 100 pontos
30º) 96,2 pts – Vila Nova (C)