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Ranking de dívidas dos clubes em 2021

Os 15 maiores devedores na última Série A, com R$ 1,087 bi entre o 1º o 15º. Dois nordestinos lá.

Os vinte clubes com as maiores receitas no futebol brasileiro em 2021 geraram R$ 6,95 bilhões, num tema já abordado no blog. Na outra ponta da análise financeira, entretanto, esses mesmos clubes devem agora R$ 9,85 bilhões, considerando a dívida líquida de acordo com os balanços oficiais divulgados até abril. Segundo um estudo da consultoria Sports Value, que examinou os demonstrativos, houve uma redução nominal de R$ 424 milhões sobre 2020, ou -4%. Mesmo considerando a inflação sobre os dados de 2020, a redução se mantém. Ou seja, com o início da recuperação econômica, os clubes amortizaram os seus débitos, certo? Não de forma geral.

Dos vinte, onze reduziram os passivos, com destaque para Palmeiras (-131 mi) e Flamengo (-320 mi!), justamente os dois que tiveram os maiores faturamentos. Sendo assim, a tendência é que a dupla siga com números positivos em 2022. Entre outros nomes com abatimento, dois nordestinos, Bahia (-42 mi) e Fortaleza (-1 mi). No caso do tricolor cearense, o desempenho esportivo, com o 4º lugar na Série A e a semifinal na Copa do Brasil, foi essencial para equilibrar o caixa. Quanto ao tricolor baiano, que cortou 27 milhões em dívidas fiscais, fica o alerta para este ano, devido ao rebaixamento. Isso numa análise pré-SAF, pois a direção segue articulando a constituição de um clube-empresa, possivelmente com o City Group.

Os grandes mineiros devem bilhões

Já em relação aos clubes que elevaram as dívidas no ano, o topo desta lista ficou com o Red Bull Bragantino, com o aumento do passivo em R$ 130 milhões – e olhe que se classificou à Libertadores pelo BR e foi vice da Sul-Americana. O Ceará subiu a sua dívida, mas ainda segue num dado ínfimo, com total de R$ 31 milhões. Para se ter uma ideia, este valor é bem inferior ao aumento do Sport em um ano, de R$ 51 milhões – boa parte pelo reconhecimento de dívidas antigas, ponto importante. Como consequência, o rubro-negro agora tem a maior dívida líquida do Nordeste, ultrapassando o Bahia, com R$ 230 mi vs R$ 225 mi.

Falando em dívida total, os dois grandes de Minas Gerais encabeçam o ranking elaborado pela Sports Value, ambos já acima do patamar bilionário. O Atlético subiu R$ 77 mi e chegou a R$ 1,3 bilhão. E olhe que ganhou os dois principais títulos nacionais. Já o Cruzeiro, que ficou na segunda divisão por mais uma edição, tornou-se o segundo clube a cruzar a barreira. Os demonstrativos contábeis, lembrando, contabilizaram dados de 1º de janeiro a 31 de dezembro. Logo, as SAFs de Cruzeiro, Vasco e Botafogo ainda não têm um impacto real.

Ressalva do blog sobre o ranking

Vale pontuar que o ranking da Sports Value não tem, necessariamente, os vinte maiores devedores do Brasil, uma vez que o Coritiba terminou o ano devendo R$ 268 milhões – logo, estaria em 14º lugar. O coxa, que conseguiu o acesso, não entrou nesta lista por não estar entre as vinte maiores receitas, o critério adotado – teve a 22ª, com R$ 70 mi, atrás do Cuiabá, o 21º, com R$ 87 mi. Náutico e Santa, citando outros exemplos, devem mais que os cearenses.

Leia mais sobre o assunto
O ranking de receitas dos clubes do Brasil em 2021; 20 maiores geraram R$ 6,9 bilhões

A seguir, o “Top 20” de dívidas nos últimos dois anos e a evolução de cada um no ranking em relação à lista anterior, de 2020 para 2021. Entre parênteses, a divisão e a colocação final no Brasileiro. Na sequência, a terceira lista traz a evolução nominal das dívidas.

Ranking de dívidas em 2021 (e a campanha no Brasileirão)
1º) R$ 1,312 bilhão – Atlético-MG (A, 1º), igual
2º) R$ 1,020 bilhão – Cruzeiro (B, 14º), igual
3º) R$ 912 mi – Corinthians (A, 5º), igual
4º) R$ 864 mi – Internacional (A, 12º), +2
5º) R$ 862 mi – Botafogo (B, 1º), -1
6º) R$ 709 mi – Vasco (B, 10º), +1
7º) R$ 664 mi – Fluminense (A, 7º), +1
8º) R$ 642 mi – São Paulo (A, 13º), +1
9º) R$ 509 mi – Santos (A, 10º), +1
10º) R$ 434 mi – Palmeiras (A, 3º), +1
11º) R$ 428 mi – Flamengo (A, 2º), -6
12º) R$ 401 mi – Grêmio (A, 17º), igual
13º) R$ 274 mi – Bragantino (A, 6º), +3
14º) R$ 230 mi – Sport (A, 19º), +1
15º) R$ 225 mi – Bahia (A, 18º), -2
16º) R$ 191 mi – Athletico-PR (A, 14º), -2
17º) R$ 91 mi – América-MG (A, 8º), igual
18º) R$ 36 mi – Fortaleza (A, 4º), igual
19º) R$ 31 mi – Ceará (A, 11º), +1
20º) R$ 8 mi – Atlético-GO (A, 9º), -1

Ranking de dívidas em 2020 (e a campanha no Brasileirão)
1º) R$ 1,234 bilhão – Atlético-MG (A, 3º)
2º) R$ 962 mi – Cruzeiro (B, 11º)
3º) R$ 949 mi – Corinthians (A, 12º)
4º) R$ 941 mi – Botafogo (A, 20º)
5º) R$ 748 mi – Flamengo (A, 1º)
6º) R$ 882 mi – Internacional (A, 2º)
7º) R$ 828 mi – Vasco (A, 17º)
8º) R$ 649 mi – Fluminense (A, 5º)
9º) R$ 575 mi – São Paulo (A, 4º)
10º) R$ 568 mi – Santos (A, 8º)
11º) R$ 565 mi – Palmeiras (A, 7º)
12º) R$ 396 mi – Grêmio (A, 6º)
13º) R$ 267 mi – Bahia (A, 14º)
14º) R$ 200 mi – Athletico-PR (A, 9º)
15º) R$ 178 mi – Sport (A, 15º)
16º) R$ 144 mi – Bragantino (A, 10º)
17º) R$ 86 mi – América-MG (B, 2º)
18º) R$ 38 mi – Fortaleza (A, 16º)
19º) R$ 33 mi – Atlético-GO (A, 13º)
20º) R$ 26 mi – Ceará (A, 11º)

Evolução nominal da dívida líquida de 2020 para 2021, em R$:
+130 mi – Bragantino
+77 mi – Atlético-MG
+67 mi – São Paulo
+57 mi – Cruzeiro
+51 mi – Sport
+15 mi – Fluminense
+5 mi – América-MG, Ceará e Grêmio
-1 mi – Fortaleza
-8 mi – Athletico-PR
-18 mi – Internacional
-24 mi – Atlético-GO
-37 mi – Corinthians
-42 mi – Bahia
-59 mi – Santos
-78 mi – Botafogo
-118 mi – Vasco
-131 mi – Palmeiras
-320 mi – Flamengo


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