As doze maiores receitas, com R$ 873 milhões entre o 1º e o 12º. Só um do NE acima de R$ 200 mi.
Em 2021, as soma das 20 maiores receitas entre os clubes brasileiros chegou a R$ 6,95 bilhões, com um acréscimo absoluto de R$ 1,76 bi sobre este mesmo recorte em 2020, com R$ 5,19 bilhões de faturamento. Em termos proporcionais, o aumento foi de 33,9%, enorme. Isso se deve, sobretudo, à atípica distribuição das receitas de transmissão na tevê na temporada.
Afinal, o Brasileirão de 2020 acabou apenas em fevereiro de 2021. Assim, os clubes receberam o restante das cotas de 2020, pelo nº de jogos transmitidos e pela performance na colocação final, e o valor integral da edição de 2021, pago no período contábil correspondente. Além disso, os efeitos da pandemia da Covid-10 foram menos sentidos no futebol, com a volta das torcidas às arquibancadas, de forma gradativa e distinta de estado para estado, e de negociações de jogadores mais pesadas no mercado internacional – veja o ranking abaixo.
No topo do ranking nacional, mais uma vez, o Flamengo. Só que agora o rubro-negro carioca foi além. Vice tanto na Série A quanto na Libertadores, o clube enfim atingiu o patamar bilionário. De forma precisa, o clube teve R$ 1.081.779.000, sendo R$ 1.008.360.000 com o futebol e R$ 73.419.000 com o clube social e esportes amadores. E o Fla ainda teve um superávit de R$ 177 milhões, o saldo positivo na subtração das receitas pela despesas.
O clube mais próximo de também cruzar essa barreira é o Palmeiras, que chegou a R$ 910 milhões. Para isso, porém, precisou vencer duas Libertadores no mesmo ano – a final de 2020 foi em 30 de janeiro e a de 2021 ocorreu em 27 de novembro. Ou seja, se diminuir um “pouquinho” o desempenho esportivo a missão já ficará complicada para a cifra bilionária. Fechando o pódio, o Atlético Mineiro, que ganhou os dois principais títulos nacionais. O galo aumentou a sua receita total em R$ 86 milhões, chegando a R$ 504 mi. Ou seja, os três primeiros – que também têm os melhores times – quebraram os respectivos recordes.
Quatro nordestinos na lista
Seguindo para o viés nordestino, são quatro clubes presentes entre os maiores, com o Bahia se mantendo como o de maior receita na região. Por sinal, o Baêa deverá perder esse status no próximo ranking, devido ao rebaixamento e à consequente queda de faturamento. De toda forma, o time de Salvador tornou-se o primeiro do NE a gerar mais de R$ 200 milhões num ano, com R$ 208.649.000 entre 1º de janeiro e 31 de dezembro.
Na sequência vem a dupla cearense, que segue representando na primeira divisão nacional. Juntos, Fortaleza e Ceará apuraram R$ 334 milhões. Como comparação, Vasco e Botafogo, que disputaram a Série B, tiveram R$ 307 milhões. É a primeira vez que os alencarinos ficam à frente de dois grandes do futebol carioca neste segmento. O “Top 20” de receita total, sem os descontos dos impostos, foi levantando a partir dos balanços oficiais dos clubes, divulgados para atender a uma lei federal. Em 2021, esta lista foi fechada pelo Sport, o único abaixo de R$ 100 milhões. Assim como o rival baiano, os pernambucanos terão menos dinheiro em 2022.
A seguir, o “Top 20” nos últimos dois anos em termos de receita e a evolução de cada um sobre a lista anterior (de 2020 para 2021). Entre parênteses, a divisão e a colocação final no Brasileiro.
O ranking de receita total em 2021 (e a campanha no Brasileirão)
1º) R$ 1,081 bilhão – Flamengo (A, 2º), igual
2º) R$ 910 mi – Palmeiras (A, 3º), igual*
3º) R$ 504 mi – Atlético-MG (A, 1º), +2**
4º) R$ 502 mi – Corinthians (A, 5º), -1
5º) R$ 498 mi – Grêmio (A, 17º), -1
6º) R$ 465 mi – São Paulo (A, 13º), igual
7º) R$ 406 mi – Santos (A, 10º), +2
8º) R$ 382 mi – Internacional (A, 12º), igual
9º) R$ 333 mi – Fluminense (A, 7º), +1
10º) R$ 291 mi – Bragantino (A, 6º), +3
11º) R$ 280 mi – Athletico-PR (A, 14º), -4***
12º) R$ 208 mi – Bahia (A, 18º), +2
13º) R$ 186 mi – Vasco (B, 10º), -2
14º) R$ 175 mi – Fortaleza (A, 4º), +5
15º) R$ 159 mi – Ceará (A, 11º), +2
16º) R$ 143 mi – Cruzeiro (B, 14º), -1
17º) R$ 121 mi – Botafogo (B, 1º), -5
18º) R$ 113 mi – Atlético-GO (A, 9º), +3
19º) R$ 101 mi – América-MG (A, 8º), +3
20º) R$ 94 mi – Sport (A, 19º), igual
* Campeão da Libertadores de 2021
** Campeão da Copa do Brasil de 2021
**** Campeão da Sul-Americana de 2021
O ranking de receita total em 2020 (e a campanha no Brasileirão)
1º) R$ 669 mi – Flamengo (Série A, 1º), igual
2º) R$ 559 mi – Palmeiras (A, 7º)*, igual*
3º) R$ 474 mi – Corinthians (A, 12º), +2
4º) R$ 472 mi – Grêmio (A, 6º), -1
5º) R$ 418 mi – Atlético-MG (A, 3º), +4
6º) R$ 365 mi – São Paulo (A, 4º), +2
7º) R$ 329 mi – Athletico-PR (A, 9º), igual
8º) R$ 281 mi – Internacional (A, 2º), -4
9º) R$ 240 mi – Santos (A, 8º), -3
10º) R$ 194 mi – Fluminense (A, 5º), +1
11º) R$ 192 mi – Vasco (A, 17º), +1
12º) R$ 161 mi – Botafogo (A, 20º), +1
13º) R$ 145 mi – Bragantino (A, 10º), +11
14º) R$ 131 mi – Bahia (A, 14º), igual
15º) R$ 123 mi – Cruzeiro (B, 11º), -5
16º) R$ 107 mi – Coritiba (A, 19º), +6
17º) R$ 103 mi – Ceará (A, 11º), igual
18º) R$ 90 mi – Goiás (A, 18º), -2
19º) R$ 86 mi – Fortaleza (A, 16º), -4
20º) R$ 54 mi – Sport (A, 15º), +3
* Campeão da Libertadores e a Copa do Brasil de 2020
As análises do blog sobre os balanços do NE
Balanço do Bahia em 2021 tem receita acima de R$ 200 mi e receio na operação em 2022
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Balanço do Ceará em 2021 traz 7º superávit e receita recorde; gastou muito também
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Balanço do Vitória em 2021 refaz contas, tem déficit de R$ 42 mi e passivo recorde
Balanço do Náutico em 2021 traz 11º déficit seguido e sua maior receita fora da Série A