Pela 12ª vez em 22 anos, o Real Madrid foi apontado como o clube de futebol de maior faturamento no mundo, somando a bilheteria dos jogos no Santiago Bernabéu, os direitos de transmissão na tevê (aberta, pay-per-view, streaming etc) e o comércio de produtos oficiais.
Tricampeão europeu, o time merengue teve uma receita de 751 milhões de euros em 2017/2018, num crescimento de 11,2% em relação a 2014/2015, quando havia liderado pela última vez – sendo destronado por dois anos pelo Manchester United. Por sinal, desde que a consultoria Deloitte começou a fazer o estudo o “Football Money League”, em 1996/1997, só os dois ficaram na ponta, com Real 12x e o United 10x.
O crescimento dos times mais poderosos vem na curva ascendente sobre a participação do “comércio e marketing”, contemplando patrocínios, produtos licenciados e merchandising – gráfico abaixo. Há pelo menos quatro anos já aparece como a maior fonte dos cinco primeiros colocados, com expansão internacional, inclusive no Brasil. Enquanto isso, aqui, a venda de direitos de transmissão na tevê ainda é a maior receita, com poucos clubes alavancando, efetivamente, a participação de outras fontes. Vale ressaltar que essa visão se aplica a uma parcela mínima do futebol brasileiro, pois a maioria (são 772 clubes profissionais, segundo a CBF ) ainda vive de renda de jogos, e olhe lá.
Apesar do domínio dos gigantes espanhóis, o destaque também vai, claro, para Premier League, com 13 clubes entre os 30 mais ricos – nenhum time sul-americano na lista. A divisão mais equânime da receita de televisão na terra da rainha tem um papel fundamental, com a verba chegando a 2 bilhões de euros. A surpresa fica por conta do Brighton, tido como pequeno na liga inglesa, mas em 29º lugar no mundo! Como de costume, a análise geral da Deloitte, com os balanços oficiais, só não levou em conta a receita oriunda da transferência de jogadores e impostos. Convertendo as receitas para a moeda brasileira, 16 clubes já ultrapassaram a barreira de R$ 1 bilhão de faturamento anual. É outra dimensão no futebol…
Confira a íntegra do relatório, em inglês, clicando aqui.
Os clubes que mais arrecadaram na temporada 2017/2018
1º) Real Madrid (ESP) – 750,9 mi
2º) Barcelona (ESP) – 690,4 mi
3º) Manchester United (ING) – 666 mi
4º) Bayern de Munique (ALE) – 629,2 mi
5º) Manchester City (ING) – 568,4 mi
6º) PSG (FRA) – 541,7 mi
7º) Liverpool (ING) – 513,7 mi
8º) Chelsea (ING) – 505,7 mi
9º) Arsenal (ING) – 439,2 mi
10º) Tottenham (ING) – 428,3 mi
11º) Juventus (ITA) – 394,9 mi
12º) Borussia Dortmund (ALE) – 317,2 mi
13º) Atlético de Madrid (ESP) – 304,4 mi
14º) Internazionale (ITA) – 280,8 mi
15º) Roma (ITA)- 250,0 mi
16º) Schalke 04 (ALE) – 243,8 mi
17º) Everton (ING) – 212,9 mi
18º) Milan (ITA) – 207,7 mi
19º) Newcastle (ING) – 201,5 mi
20º) West Ham United (ING) – 197,9 mi
21º) Napoli (ITA) – 182,8 mi
22º) Leicester City (ING) – 179,4 mi
23º) Southampton (ING) – 172,0 mi
24º) Crystal Palace (ING) – 169,0 mi
25º) Zenit (RUS) – 167,8 mi
26º) Besiktas (TUR) – 165,7 mi
27º) Sevilla (ESP) – 165,2 mi
28º) Lyon (FRA) – 164,2 mi
29º) Brighton & Hove Albion (ING) – 157,4 mi
30º) Benfica (POR) – 150,7 mi
Top 10 por país
6x – Inglaterra
2x – Espanha
1x – Alemanha e França
Top 30 por país
13x – Inglaterra
5x – Itália
4x – Espanha
3x – Alemanha
2x – França
1x – Portugal, Rússia e Turquia
A seguir, a evolução das receitas anuais dos cinco principais clubes e os respectivos percentuais sobre as receitas na última temporada, com uma participação cada vez mais efetivas dos produtos licenciados, com vendas (há tempos) globalizadas.
Real Madrid:
Barcelona:
Manchester United:
Bayern de Munique:
Manchester City: