Presente e futuro do Palmeiras na campanha do novo título. Imagem: Palmeiras/Twitter.
Melhor no turno (39 pts), melhor no returno (35 pts), melhor visitante (37 pts), segundo melhor mandante (37 pts), ataque mais positivo (59 gols) e defesa menos vazada (22 gols). Com números deste porte, o título brasileiro do Palmeiras em 2022 era uma certeza já há algum tempo. A única dúvida era quando seria confirmado. De forma antecipada, sem surpresa, aconteceu antes de entrar em campo na 35ª rodada.
A expectativa inicial, neste campeonato, era de uma disputa ferrenha com o Flamengo, que começou mal e depois acabou apostando nas copas, e o Atlético Mineiro, cuja defesa do título passou longe após uma queda de desempenho. Assim, sem um adversário real na tabela, o alviverde de Gómez, Dudu, Scarpa e Rony dominou a competição com bastante folga e festejou em 2 de novembro após a derrota do último concorrente, o Internacional, para o América Mineiro. Quatro horas antes de receber o Fortaleza no Allianz Parque. Ou seja, o seu jogo passou de “final” a “celebração”.
Com 74 x 64 sobre o colorado gaúcho, deixando a pontuação inalcançável, o Palmeiras venceu o Campeonato Brasileiro pela 3ª vez na era dos pontos corridos, todas num intervalo de sete anos. De fato, a regularidade do time do português Abel Ferreira impressiona. Nem mesmo a eliminação em casa na semifinal da Libertadores, acabando o sonho do tri seguido no torneio sul-americano, abalou o elevado estado mental alcançado pelo elenco paulista. E a resposta veio logo no Brasileirão, que também é um título gigantesco.
A escalada até o recorde
Oficialmente, o Verdão chegou ao “hendecacampeonato” no Brasileirão, somando as conquistas da Taça Brasil (2x), do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (2x) e da Série A (7x), com 62 anos do primeiro título nacional do clube, em 1960, ao último, em 2022 – disparada a maior distância na história. Esta unificação por parte da CBF, após o dossiê produzido pelo jornalista Odir Cunha em 2010, juntou o vigente Brasileirão a dois torneios extintos, a Taça Brasil, de 1959 a 1967, e o Robertão, de 1967 a 1970. Ao todo são 17 campeões diferentes.
Assim, o antigo Palestra Italia já soma 11 taças, abrindo três de vantagem sobre o segundo maior vencedor, o Santos, que já não é campeão há 18 anos. Considerando o período clássico a partir de 1971, o clube chegou ao heptacampeonato, tornando-se recordista também. Neste recorte, o alviverde empatou com o arquirrival Corinthians (hepta desde 2017) e o Flamengo (hepta desde 2020). Abaixo, então, confira o ranking absoluto na 1ª divisão e também no duro formato atual de pontos corridos, com turno e returno.
Hendeca ou hepta? Tanto faz, a Sociedade Esportiva Palmeiras lidera de todo jeito.
Os três títulos do Verdão na era dos pontos corridos
2016 – 80 pontos, com 24V, 8E e 6D; 62 GP e 32 GC (+30)
2018 – 80 pontos, com 23V, 11E e 4D; 64 GP e 26 GC (+38)
2022 – 74 pontos, com 21V, 11E e 2D; 59 GP e 22 GC (+37)*
Ainda faltam 4 jogos a disputar
Todos os campeões do Brasileirão (1959-2022)
1º) Palmeiras: 11 títulos (60, 67, 67, 69, 72, 73, 93, 94, 16, 18 e 22)
2º) Santos: 8 títulos (61, 62, 63, 64, 65, 68, 02 e 04)
3º) Corinthians: 7 títulos (90, 98, 99, 05, 11, 15 e 17)
3º) Flamengo: 7 títulos (80, 82, 83, 92, 09, 19 e 20)
5º) São Paulo: 6 títulos (77, 86, 91, 06, 07 e 08)
6º) Vasco: 4 títulos (74, 89, 97 e 00)
6º) Fluminense: 4 títulos (70, 84, 10 e 12)
6º) Cruzeiro: 4 títulos (66, 03, 13 e 14)
9º) Internacional: 3 títulos (75, 76 e 79)
10º) Bahia: 2 títulos (59 e 88)
10º) Botafogo: 2 títulos (68 e 95)
10º) Grêmio: 2 títulos (81 e 96)
10º) Atlético-MG: 2 títulos (71 e 21)
14º) Guarani: 1 título (78)
14º) Coritiba: 1 título (85)
14º) Sport: 1 título (87)
14º) Athletico-PR: 1 título (01)
* Ao todo, 66 edições contabilizadas
Todos os campeões nos pontos corridos (2003-2022)
1º) Corinthians: 4 títulos (05, 11, 15 e 17)
2º) São Paulo: 3 títulos (06, 07 e 08)
2º) Cruzeiro: 3 títulos (03, 13 e 14)
2º) Flamengo: 3 títulos (09, 19 e 20)
2º) Palmeiras: 3 títulos (16, 18 e 22)
6º) Fluminense: 2 títulos (10 e 12)
7º) Santos: 1 título (04)
7º) Atlético-MG: 1 título (21)
* Ao todo, 20 edições contabilizadas
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