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Pelé e Neymar na Seleção Brasileira

Pelé e Neymar, os dois maiores goleadores da Seleção Brasileira até hoje. Arte: Fifa/Twitter.

Estreando nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, o Brasil goleou a Bolívia por 5 x 1 numa festa com 48.183 torcedores no reformado Estádio Mangueirão. Este jogo, numa seletiva que poderá classificar até sete dos dez países, marcou a estreia de Fernando Diniz no comando técnico, ainda que de forma interina – por enquanto. Num jogo com 80% de posse de bola e 21 x 4 em finalizações, a Seleção venceu com dois gols de Neymar, dois de Rodrygo e um de Raphinha. Como destaque, a história escrita (ou quase escrita) por Neymar.

Mais gols em “jogos oficiais”

Com os gols marcados em Belém, o camisa 10 chegou a 79 gols em partidas oficiais pela Canarinho, tornando-se o maior artilheiro da seleção principal. Superou Pelé, de acordo com a Fifa. Embora seja a entidade que organiza o futebol mundial, é preciso pontuar que o critério passa por um revisionismo grave. Atualmente, essa estatística contabiliza apenas jogos entre seleções nacionais. Pode parecer algo óbvio, mas no passado não era assim.

Em sua vitoriosa história pelo Brasil, ao longo de 14 anos, o Rei Pelé fez 22 jogos contra seleções estaduais e clubes, duelos tidos hoje como “não oficiais”. E Pelé marcou 18 gols nesses jogos, um deles na Ilha do Retiro, no 6 x 1 sobre a Seleção de Pernambuco, num amistoso em 1969. Ou seja, a sua marca de 77 gols, agora superada por Neymar, na verdade deveria ser vista como foi de fato, com 95 gols. É assim que enxergo, já que essas partidas nos anos 50, 60 e 70 foram à vera, com estádios lotados, uniformes oficiais etc.

O caminho para o recorde absoluto

Via redes sociais, a celebração da Fifa e de parte da imprensa ocorreu imediatamente ao primeiro gol de Neymar na noite, que já deixou o comparativo em 78 x 77. Entendo como um recorde relevante, claro, mas num recorte que privilegia atletas da atualidade, que disputam apenas “jogos oficiais”. E isso não se reflete, necessariamente, em nível técnico diferenciado, pois algumas seleções são bem inferiores a clubes e combinados já enfrentados.

Considerando a seleção principal, o Brasil chegou a 1.151 jogos desde 1914, com o primeiro sendo contra um clube, o Exeter City da Inglaterra. Curioso, não? Na escala geral, o atacante do Al-Hilal precisará marcar mais 17 gols para ultrapassar o número máximo, fazendo 96 x 95. A arrancada já vem ocorrendo, tanto que Neymar subiu de 4º para 2º lugar entre 2020 e 2023. Com 31 anos e mais um ciclo visando o Mundial, acredito que ele tenha plenas condições. Mas, por enquanto, “o” recorde segue com outro nome. E na sua opinião?

Obs. Até 8 de setembro de 2023, Neymar tinha 79 gols e 56 assistências em 125 jogos disputados pela Seleção. Ou seja, 135 gols combinados pelo time principal, com a ótima média de 1,08.

Os 10 maiores artilheiros da Seleção Brasileira: país vs país
1º) 79 gols – Neymar (125 Jogos; 0.63)
2º) 77 gols – Pelé (92 jogos; média de 0.83)
3º) 62 gols – Ronaldo (99 jogos; 0.62)
4º) 55 gols – Romário (70 jogos; 0.78)
5º) 48 gols – Zico (71 jogos; 0.67)
6º) 39 gols – Bebeto (75 jogos; 0.52)
7º) 35 gols – Rivaldo (74 jogos; 0.47)
8º) 33 gols – Jairzinho (81 jogos; 0.40)
8º) 33 gols – Ronaldinho Gaúcho (97 jogos; 0.34)
10º) 32 gols – Ademir Menezes (39 jogos; 0.82)
10º) 32 gols – Tostão (54 jogos; 0.59)

Os 10 maiores artilheiros da Seleção Brasileira: lista absoluta*
1º) 95 gols – Pelé (114 jogos; média de 0.83)
2º) 79 gols – Neymar (125 jogos; 0.63)
3º) 67 gols – Ronaldo (105 jogos; 0.63)
4º) 66 gols – Zico (89 jogos; 0.74)
5º) 56 gols – Romário (74 jogos; 0.75)
6º) 44 gols – Jairzinho (102 jogos; 0.43)
7º) 43 gols – Rivellino (121 jogos; 0.35)
8º) 42 gols – Bebeto (82 jogos; 0.51)
9º) 38 gols – Leônidas da Silva (38 jogos; 1.00)
10º) 37 gols – Tostão (65 jogos; 0.56)
* Jogos contra seleções nacionais (oficiais) e contra clubes e combinados (não oficiais)

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Abaixo, a publicação da Fifa celebrando a artilharia de Neymar em jogos oficiais pela Seleção.


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