Sander lutou bastante, mas o leão ficou novamente no empate. Anderson Stevens/Sport.
Diante de 10,5 mil torcedores, o Sport desperdiçou uma ótima oportunidade de retornar ao G4 da Série B. O Grêmio já havia empatado, possibilitando isso, e o Bahia havia acabado de ser surpreendido em casa pelo Novorizontino, deixando um corredor aberto para a aproximação do 3º lugar. Entretanto, pesou o problema de sempre, a falta de definição do setor ofensivo.
O empate sem gols com o Brusque ocorreu com o leão tendo bom volume de jogo, com 64% de posse e 23 x 11 em finalizações, mas quase sem infiltrações e chutes efetivos, na barra – neste scout, 6 x 5. Para isso, o excesso de passes de errados no 1T, com Giovanni, peça responsável por isso rendendo pouquíssimo. À frente dele, Kayke foi quase um espectador. Se o meia ao menos saiu no intervalo, o centroavante ficou por 75 minutos! Ou seja, por escolha do técnico.
Blas e o peso contra Dal Pozzo e a direção
E aí entra a figura de Dal Pozzo nesta noite, com a torcida deixando claro na Ilha do Retiro que a paciência com o seu trabalho já foi embora. Na ponta direita, a maior carência do elenco, ele foi de Thiago Lopes, que novo esteve travado ali, e demorou pra mexer. Quando fez, colocou Bill. Pra ser justo, Bill não foi tão mal desta vez, mas foi a escolha de sempre, sem lastro – e a outra seria Jaderson, mas o jogador acabou sendo vetado pelo DM. Mesmo com seguidas atuações ruins no ataque, o treinador não arrisca nada – mesmo sem resultado e/ou futebol.
O fato de ter relacionado Paulinho, destaque do Sub 20, foi basicamente pra despistar a torcida mesmo. Pelo que se viu em campo, o jogador só foi ganhar clima no profissional. Já outros dois nomes já utilizados no time e que perderam espaço retornaram. Alanzinho, que deu mobilidade a um time estático, e, sobretudo, Blas Cáceres. Afastado há bastante tempo, apesar das cobranças externas pela sua participação, o paraguaio foi acionado aos 42/2T. Jogou até os 51 minutos e este recorte foi suficiente para ser a melhor peça ofensiva do Sport, com uma assistência na medida, com Bill perdendo, e uma finalização com perigo. E atitude.
A nova e dura realidade no campeonato
A escolha por não contar com o volante gringo nas 10 rodadas anteriores foi algo tão acintoso que esta entrada na verdade depôs contra Gilmar Dal Pozzo. Seja lá o motivo interno, ainda não confirmado, a decisão do técnico foi o pior para o Sport, carente há semanas e semanas de uma peça com mobilidade e qualidade para dialogar com Juba. E a diretoria bancou isso, sendo co-responsável. Só que hoje a realidade infelizmente se impôs. São apenas 9 gols em 14 jogos, sendo o 3º pior da Série B. É muito difícil imaginar que este desempenho obtenha o acesso. Falando nisso, o Sport, ainda em 5º e com três empates seguidos no Grande Recife, agora viajar para pegar Cruzeiro (1º) e Vasco (2º). A princípio, vai com os mesmos problemas…
Sport em 14 rodadas na Série B de 2022
Mandante (7 jogos, 14 pts e 66.6%): 4V, 2E e 1D
Visitante (7 jogos, 7 pts e 33.3%): 1V, 4E e 2D
Escalação do Sport (melhores: Blas, Fabinho e Sander; piores: Kayke, Naressi e Giovanni)
Maílson; Ewerthon, Fábio Alemão (Blas Cáceres; 42/2T), Sabino e Sander; Fabinho, Bruno Matias (Pedro Naressi; intervalo) e Luciano Jubá; Thiago Lopes (Alan; 17/2T), Giovanni (Bill; intervalo) e Kayke (Parraguez; 28/2T). Técnico: Gilmar Dal Pozzo
Escalação do Brusque (melhores: Jordan e Toty; pior: Ruan)
Jordan; Pará (Toty; 14/2T), Wallace, Jeferson Bahia, Airton; Trindade (Zé Mateus; 14/2T), Rodolfo Potiguar, Balotelli; Alex Sandro (Júnior Todinho; 28/2T), Alex Ruan (Jailson; intervalo); Crislan (Fernandinho; intervalo). Técnico: Luan Carlos
Os dois jogos na história do confronto (1V catarinense e 1E)
1º) 12/02/2020 – Brusque 2 x 1 Sport (Copa do Brasil)
2º) 25/06/2022 – Sport 0 x 0 Brusque (Série B)
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