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Foi a 2ª vitória seguida do Santa na temporada, ambas fora de casa. Foto: Marcos Faria/Santa Cruz.

Com extrema tranquilidade, o Santa Cruz goleou o Ypiranga do Amapá por 4 x 0 e avançou na Copa do Brasil. O jogo aconteceu no Rio de Janeiro, após os impedimentos em Macapá-AP e Goiânia-GO devido à Covid-19. Nesta estreia sob sol forte, com 31 graus, o tricolor mostrou imensa superioridade tática, técnica e física. Com apenas 18 jogadores na delegação, o campeão amapaense fez a sua primeira partida oficial na temporada. Obrigado a vencer, já que era o “mandante”, o Ypiranga mal passou da linha do meio-campo no estádio do América.

E aí entra a primeira grande diferença da partida, com a tática a favor dos corais, que enxergaram bem o cenário, a partir da preparação débil do adversário. O time de Brigatti começou com as linhas adiantadas, com forte marcação na saída de bola, impedindo qualquer tentativa ofensiva do time do Norte, que ainda teve dificuldade para trocar passes.

Além disso, o “visitante” identificou rapidamente a maior brecha no campo, atacando bastante pelo lado esquerdo, com a dobradinha Chiquinho/Alan Cardoso, ambos cruzando na área para Pipico. O centroavante desperdiçou duas chances até abrir o placar, mas eventualmente acertou aos 32 minutos, dando início a uma ótima tarde. Curiosamente a jogada foi do outro lado, com um cruzamento rasteiro de Ítalo. A zaga falhou e a bola sobrou para o experiente jogador, livre na pequena área. Provavelmente, foi o gol mais fácil em sua passagem no Santa.

Ainda no 1T, o atacante inverteu a ordem, sendo o assistente da jogada, numa enfiada para o lateral Alan Cardoso, que invadiu a área e fez o segundo gol. Se o primeiro tento já havia sido uma sentença sobre a classificação, o segundo transformou a etapa complementar num jogo mais brando e aberto ao time pernambucano, valendo agora a preparação física, uma vez que a recomposição do adversário foi quase inexistente. No terceiro gol, aos 25, o jovem Marcel – com boas apresentações em 2021 – roubou a bola e tocou para Pipico, que recebeu com bastante espaço do marcador e bateu cruzado, certeiro. O camisa 9 chegou 38 gols em 82 partidas pelo Santa Cruz, com a boa média de 0,46 – nesta temporada já são 4 gols em 8 jogos.

E ainda deu tempo para outra assistência de Pipico – sim, ele participou diretamente dos quatro gols. Numa jogada trabalhada, Chiquinho enfim balançou as redes no Giulite Coutinho, fechando uma vitória fácil e bem construída. Após a pressão sobre o elenco tricolor, a equipe respondeu fora de casa, vencendo Fortaleza (Nordestão) e Ypiranga (Copa do Brasil), neste caso acumulando mais uma cota de premiação, importante para o decorrer do ano – já soma R$ 1,235 milhão. Revigorado, agora volta para casa visando o Clássico das Multidões.

Curiosidade histórica
Num confronto inédito, o Ypiranga do Amapá foi o 429º adversário diferente enfrentado pelo Santa Cruz desde 1914, considerando as 5.258 partidas realizadas pelo time principal do tricolor.

Escalação do Ypiranga (piores: Nadson, Davi e Daniel)
Pezão; Nadson (Fábio Mucajá), Davi Boi, João Carlos e Daniel (Willian Afuá); Nildon (Márcio Jarí), Sandro (Feijão), Raí e Denilson; Tikel e Tinho Jarí (Batata). Técnico: Vitor Jaime

Escalação do Santa Cruz (melhores: Pipico, Chiquinho e Alan Cardoso)
Jordan; Ítalo Melo (Marcel), Willian Alves, Júnior Sergipano e Alan Cardoso (Eduardo); Caetano (Léo Gaúcho), Karl (Elicarlos), João Cardoso (Maxwell) e Chiquinho; Madson e Pipico. Técnico: João Brigatti

Cotas do Santa na Copa do Brasil de 2021
1ª fase – R$ 560 mil (vs Ypiranga-AP, 4 x 0)
2ª fase – R$ 675 mil (vs Cianorte-PR, fora)
3ª fase – R$ 1,7 milhão?

Retrospecto do Santa na Copa do Brasil (1989-2021)
95 jogos em 27 participações
Desempenho: 38V, 22E e 35D
53 confrontos: 27 classificações e 26 eliminações

A análise do Podcast 45 Minutos (Lucas Liausu, Filipe Assis e Klisman Gama):


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