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Estreando o novo uniforme, Chiquinho marcou o 3º gol em 7 jogos. Foto: Rafael Melo/Santa Cruz.

Mesmo com seis desfalques devido à Covid-19, sendo cinco titulares, o Santa Cruz seguiu competivo e venceu o Vila Nova, que vinha de uma invencibilidade de dez jogos. O tricolor, agora matematicamente classificado à fase decisiva da Série C, somou a 10ª vitória em 14 jogos disputados, numa campanha incrível, com 78% de aproveitamento até o momento. Um rendimento que vem numa crescente, tanto que o time somou o 6º triunfo seguido e o 9º jogo de invencibilidade (7V e 2E).

No Arruda, o tricolor fez 2 x 0 numa noite em que Martelotte não pôde contar com o atacante Pipico, o volante Paulinho, o lateral-direito Toty e os zagueiros Danny Morais e William Alves, todos com papel importante – e ainda teve um reserva imediato na defesa com teste positivo, Denílson. Ainda assim, o time escalado – basicamente sem reposição efetiva – manteve o perfil seguro desta temporada, com experiência (Didira e Chiquinho) e postura tática definida, ainda que já comece a ter mais a cara do novo técnico – após a saída de Schulle. Desta vez com dois atacantes, Lourenço e Victor Rangel, ambos ligados no primeiro gol da partida.

Numa disputa até então morna (que parecia ser interessante para um time tão desfalcado), o tricolor abriu o placar aos 27 minuto, numa enfiada de Rangel pra Lourenço, que fez o seu 3º gol em 6 jogos – no Avaí, neste mesma temporada, tinha feito apenas 1 em 18 partidas. No último lance do 1T, Chiquinho marcou de falta. E ele já tinha acertado a trave numa cobrança do mesmo local. Aí, vale destacar que o Vila, o vice-líder do Grupo A, só havia sofrido gol em 2 dos 13 jogos até então. Pois sofreu e não conseguiu reagir no 2T, apesar das cinco mudanças.

Com o triunfo estabelecido, o Santa chegou a 33 pontos. Além da vaga assegurada, a própria liderança da chave é quase certa. Esses números já colocam a campanha, mesmo faltando quatro jogos, como uma das melhores na fase classificatória da terceirona. Considerando o modelo atual, com 18 rodadas, implantado em 2012, a performance coral já é a 13ª melhor. A tendência é terminar bem além, devido ao achatamento das demais posições, tanto que a liderança histórica a está a 6 pontos. E o tricolor ainda disputará 12. Em tempo: a campanha atual, no recorte de 14 jogos, já tem 12 pontos a mais que 2018 e 15 pontos a mais que 2019…

As melhores campanhas na 1ª fase da Série C (2012-2020; 18 jogos)
1º) 39 pontos – Fortaleza, 2012 (11V, 6E e 1D)
2º) 38 pontos – Guarani, 2016 (11V, 5E e 2D)*
3º) 36 pontos – Fortaleza, 2015 (10V, 6E e 2D)
4º) 35 pontos – ASA, 2015 (10V, 5E e 3D)
4º) 35 pontos – Boa Esporte, 2016 (10V, 5E e 3D)*
4º) 35 pontos – Botafogo-SP, 2018 (10V, 5E e 3D)*
4º) 35 pontos – Operário-PR, 2018 (10V, 5E e 3d)*
8º) 35 pontos – Fortaleza, 2014 (9V, 8E e 1D)
9º) 34 pontos – Luverdense, 2012 (10V, 4E e 4D)
10º) 34 pontos – Tupi, 2014 (9V, 7E e 2D)
10º) 34 pontos – Londrina, 2015 (9V, 7E e 2D)*
10º) 34 pontos – Londrina, 2015 (9V, 7E e 2D)*
13º) 33 pontos – Santa Cruz, 2020 (10V, 3E e 1D), em 14 jogos
* Conseguiu o acesso no mata-mata

Santa Cruz em 14 rodadas na Série C de 2020
Mandante (7 jogos, 19 pts e 90.4%): 6V, 1E e 0D
Visitante (7 jogos, 14 pts e 66.6%): 4V, 2E e 1D

Escalação do Santa Cruz (melhores: 1 Lourenço, 2 Chiquinho, 3 André; pior: Elivelton)
Maycon Cleiton; Augusto Potiguar, Elivelton, Célio Santos e Perí; Bileu, André, Chquinho (Tinga, 36/2T) e Didira; Lourenço (Jáderson, 22/2T) e Victor Rangel (Mayco Félix, 42/2T). Técnico: Marcelo Martelotte

Escalação do Vila Nova (piores: Clériston e Donato)
Clériston; Celsinho, Rafael Donato (Saimon, 26/2T), Adalberto e Mário Henrique; Dudu, Pedro Bambu (Emanuel Biancucchi, 11/2T) e Alan Mineiro (Francis, 18/2T); Rodrigo Alves (Caíque, intervalo), Henan e Talles (Rafael Lucas, 18/2T). Técnico: Bolívar

Histórico geral de Santa Cruz x Vila Nova (todos os mandos)
15 jogos
8 vitórias tricolores (53,3%)
3 empates (20,0%)
4 vitórias goianas (26,6%)

A análise do Podcast 45 Minutos (Camila Sousa, Cassio Zirpoli, Celso Ishigami e Diego Borges):


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