De contrato renovado até 2026, Matheus Melo abriu o placar. Foto: Evelyn Victoria/Santa Cruz.
O jogo foi difícil como se esperava, batalhado como se esperava e decidido nos detalhes como se esperava. Ainda que o roteiro tenha sido “previsível”, o jogo foi atípico. Para começar, o Santa Cruz abriu o placar logo no primeiro minuto de bola rolando no Estádio Paulo Coelho, no Sertão do São Francisco. E com uma ótima trama. Thiaguinho avançou pela ponta esquerda, chamou a marcação e rolou de calcanhar para Matheus Melo, o destaque do time no ano. O meia deslocou o goleiro e deixou o Santa em vantagem.
Árbitro Fifa marcou pênalti mandrake pra Fera
Num confronto direto contra o Petrolina, numa ferrenha disputa pelas vagas na Série D, que ainda tem Retrô e Central, aquele gol poderia ter dado tranquilidade. Pois pense em algo que o zagueiro Luis Felipe não conseguiu demonstrar. Após a falha no Clássico das Multidões, ele ganhou nova chance, compondo o trio de zagueiros. Nesta tarde, num calor de 34 graus, só ficou em campo durante 30 minutos. Mesmo cedo e mesmo em vantagem, Itamar foi preciso ao corrigir o time coral, ajustando para um esquema com dois zagueiros.
Na volta do intervalo, o placar foi modificado novamente no primeiro minuto. Neste caso, a falha não foi do Santa Cruz, mas do árbitro Rodrigo Pereira. Em janeiro, o pernambucano de 36 anos entrou no seleto quadro da Fifa. Contudo, mesmo com esta qualidade, ele enxergou uma falta inexistente, com Emerson Galego pegando o rebote da própria cobrança para empatar. Lembrando que não há VAR na primeira fase do Campeonato Pernambucano, embora a FPF tenha capacidade econômica suficiente para isso.
Vitória com pênalti que realmente existiu
A partir o empate, o jogo ficou nervoso e tecnicamente nivelado por baixo. Até que aos 34 minutos foi assinalado outro pênalti. Esta infração existiu e foi dentro da área do time do interior. O centroavante Pedro Bortoluzo bateu rasteiro e converteu, com o Santa Cruz segurando o 2 x 1 até os 53 minutos. Ainda houve um susto no último lance, mas desta vez o tricolor saiu sorrindo de Petrolina. Se em 2023 o confronto marcou o fim da campanha, em 2024 colocou o clube do Arruda de vez na disputa pelo calendário em 2025.
Por sinal, à parte dos dois clássicos, o Santa segue com aproveitamento ideal. Foram quatro jogos contra times intermediários e quatro vitórias. Ao todo, com 4V e 2D, soma 12 pontos. Subiu de 5º para 4º na classificação e agora volta a campo daqui a nove dias, para o jogo atrasado contra o Retrô. Terá chance ficar em primeiro na briga pela vaga na Série D.
Escalação do Petrolina, 1
Alan; Alex Travassos, Maílson, Rafael Henriques e Ronaldo (Dos Santos); Ceará (Alan Araújo), Nildo Petrolina e Eduardo (Fabiano); Acauã (João de Deus), Emerson Galego (Vinicinho) e Douglas Damasceno. Técnico: William Lima
Escalação do Santa Cruz, 2 (melhores: Matheus e Lucas Siqueira; pior: Luis Felipe)
William Assmann; Toty, Paulo Cesar, Rafael e Luís Felipe (Juan Tavares); Lucas Siqueira, Caio Mello (Henrique Lordelo) e Matheus Melo (Felipe Cardoso); João Diogo (João Pedro), Thiaguinho e Pedro Bortoluzo. Técnico: Itamar Schulle
Histórico geral de Petrolina x Santa Cruz
24 jogos (todos os mandos)
16 vitórias tricolores (66,6%)
5 empates (20,8%)
3 vitórias da fera sertaneja (12,5%)
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