O “TEC” já havia tirado o timbu da Copa do Brasil. Agora tirou o Santa da D. Foto: Tiago Pavão/FPF.
O Santa Cruz jogou melhor que o Tocantinópolis tanto no Arruda quanto no João Ribeiro. Desperdiçou várias oportunidades e viu o adversário chegar poucas vezes com perigo. No Recife, um chute defendido por Jefferson. Lá em Tocantins, uma cabeçada fatal de Chico Bala, aos 41 minutos do 2º tempo, num momento em que o mandante só se defendia e que a disputa de pênaltis já parecia um bom negócio. Ao tricolor, na jogada aérea, pesou a ausência do zagueiro e capitão Alemão, expulso infantilmente ainda no 1º tempo, assim como Betão, do alviverde.
Esse destempero se viu em outros atletas, como Luan Bueno, que poderia ter sido expulso num entrevero com o próprio companheiro, e João Erick, que abusou das faltas duras até ser substituído por Martelotte, que deve ter tentado evitar outro vermelho. E assim acabou a campanha do Santa na Série D de 2022. Desta vez não brilhou a estrela de Hugo Cabral e os demais atacantes vacilaram, com Macena no 1T e Furtado no 2T, em duas cabeçadas pra fora.
A derrota por 1 x 0 resultou na queda nas oitavas de final, com o clube pernambucano amargando mais um ano na 4ª divisão. Isso “graças” a um gol do Retrô no fim da primeira fase do Pernambucano, diante do Salgueiro, que fez o Santa passar o carcará na classificação e garantir a 2ª vaga do estado no BR de 2023, que agora se mostra importante. Curiosamente, a 1ª vaga de PE será da própria fênix, eliminada pelo tricolor na fase anterior do Brasileiro.
A normalização do vexame
A eliminação ocorreu no domingo seguinte ao maior público (40 mil) e à maior renda (R$ 1,2 milhão) do Campeonato Brasileiro, ambos os números registrados no Arruda. É um desperdício de potencial impressionante que o Santa Cruz se submete há muitos anos, “normalizando” os maiores vexames possíveis para um clube deste tamanho, que em 2016 estava na elite do futebol. No próximo ano, o tricolor disputará a 4ª divisão nacional pela 5ª vez. No caso, 2009, 2010, 2011, 2022 e 2023. Isso corresponde a 1/3 de todas as edições na história. E a tendência é de uma administração nos mesmos moldes de sempre.
Acabou o ano do Santa? Quase
O calendário coral em 2022 foi enxuto, tendo apenas o Estadual (11 jogos) e a Série D (18 jogos). Ao todo, fez 29 partidas, com 12V, 9E e 8D. Porém, o clube ainda deverá fazer ao menos um jogo oficial neste ano, pela preliminar da próxima Copa do Nordeste, a ser confirmada pela CBF. Repetindo o modelo, o Santa estreia na 2ª fase da seletiva, em jogo único no Arruda. Se passar, jogará a 3ª (e decisiva) fase em ida e volta, valendo a vaga na fase de grupos do NE 2023. E o time até lá? O pensamento, apesar da frustração, tem que ser imediato…
A sequência no mata-mata da 4ª divisão
Agora, nas quartas de final da Série D, o acesso à Série C finalmente estará em jogo de forma direta. Apenas dois nordestinos seguem na disputa eliminatória, América de Natal e ASA de Arapiraca. O regulamento prevê o cruzamento olímpico considerando as campanhas gerais. Portanto, teremos o 1º (Amazonas-AM) vs 8º (Portuguesa-RJ), 2º (São Bernardo-SP) vs 7º (Tocantinópoles-TO), 3º (América-RN) vs 6º (Caxias-RS) e 4º (Pouso Alegre-MG) vs 5º (ASA-AL).
Escalação do Tocantinópolis
Jeferson; Marcinho, Betão, Wanderson e Chico Bala; Gustavo Gomes, Tiago Bagagem (Bidely) e Hiltinho (Da Silva); Alan Maia (Dedé), Everson Bilal (Debu) e Jheimy (Bambelo). Técnico: Jairo Nascimento
Escalação do Santa Cruz
Kléver; Jefferson Feijão, Luan Bueno, Alemão e Ítalo Silva (Dudu Mandai); João Erick (Matheusinho), Arthur Santos e Anderson Ceará; Chiquinho (Rafael Furtado), Hugo Cabral e Raphael Macena (Doni). Técnico: Marcelo Martelotte
Abaixo, assista ao gol da classificação do Tocantinópolis sobre o Santa, através do perfil do TEC.
Chico Bala fez a festa da torcida no Ribeirão.
TEC 1 x 0 Santa Cruz.#Classificados#AvanteVerdao pic.twitter.com/XrnplW5d3s— Tocantinópolis Esporte Clube (@tocantinopolis_) August 15, 2022