O timbu não conseguiu criar grandes chances. Tem 1 ponto em 6. Fotos: Caio Falcão/Náutico.
Após a derrota na primeira rodada da Série B, em SC, o Náutico voltou ao Recife para dois jogos em casa, contra Operário (PR) e CRB (AL), ambos acessíveis considerando a meta do clube nesta competição. Era a chance de impor logo uma recuperação, não só no Brasileiro, mas no futebol do time, bem abaixo desde a eliminação na Copa do Brasil, em 19 de fevereiro, diante do Botafogo, nos pênaltis. Aquele noite, dramática, marcou o melhor futebol do time em 2020.
De lá pra cá foram 12 jogos, somando Estadual, Nordestão e Série B, com 3 vitórias, 4 empates e 5 derrotas, com 36% de aproveitamento. Esse percentual ruim não parece distante do que se vê em campo. O time tecnicamente capaz, com três atacantes identificados e um meia em grande fase, deu lugar a uma equipe burocrática, quase sem iniciativa. Inclusive, neste mesmo recorte, foram apenas 12 gols marcados. Média de 1 por partida, num índice baixíssimo para o potencial. Assim, a pressão cai sobre Dal Pozzo, refém de um 4-3-3 que não funciona e cuja mudança de esquema para o 4-4-2 neste último jogo soou quase como disfarce.
Por sinal, o empate em 0 x 0 com o Operário do Paraná, nos Aflitos, foi uma síntese do timbu. Mesmo em casa, buscando uma imposição diante do adversário, o alvirrubro teve menos posse de bola (40% x 60%) e menos chutes a gol (3 x 4). No sábado, diante dos alagoanos, o Náutico terá a 13ª chance para reapresentar um futebol condizente com a expectativa sobre este elenco. Com as mesmas peças? Com o mesmo sistema? Com o mesmo ímpeto? Difícil…
Curiosidade histórica
Num confronto inédito, o Operário de Ponta Grossa foi o 373º adversário diferente enfrentado pelo Náutico desde 1909, considerando as 4.857 partidas realizadas pelo time principal do timbu.
Escalação do Náutico
Jefferson; Hereda, Rafael Ribeiro, Camutanga e Erick Daltro (Kevyn, 32/2T); Rhaldney, Djavan (Matheus Trindade, intevalo), Dada (Bryan, 23/2T) e Jean Carlos (Brítez, 32/2T); Jorge Henrique (Erick, 33/1T) e Kieza. Técnico: Gilmar Dal Pozzo
Escalação do Operário
Rodrigo Viana; Sávio, Bonfim, Ricardo Silva e Julinho; Mazinho, Marcelo (Schumacher, 44/2T), Tomas Bastos e Thomas (Jean Carlo, 29/2T); Douglas Coutinho (Maranhão, 29/2T) e Jefinho (Lucas Batatina, 16/2T). Técnico: Gerson Gusmão
A análise do Podcast 45 Minutos (Cassio Zirpoli, Clauber Santana, João de Andrade e Lucas Liausu):