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As semifinais com jogos únicos, um no Grande Recife e outro no Sertão.

A composição da semifinal do Campeonato Pernambucano de 2020, a 11ª edição desde a implantação o sistema de mata-mata na fase final, traz dois grandes clubes de um lado e dois times sertanejos do outro, garantindo uma final fora do roteiro tradicional (com clássico) pela 4ª vez no período. Assim como em 2015 (Salgueiro), 2017 (Salgueiro) e 2018 (Central), o futebol do interior estará presente na decisão, ainda em busca da primeira taça oficial – entre todos os estados, só Pernambuco e Rio de Janeiro seguem sem um campeão interiorano.

E, de fato, a semifinal entre os intermediários reúne duas equipes com desempenho relevante. O Salgueiro pela regularidade na década, com oito semifinais em dez edições, enquanto o Afogados vive o maior momento de sua curta história. Neste ano, a coruja eliminou o Atlético Mineiro na Copa do Brasil, num jogo ao vivo para todo país no SporTV, como nas quartas do Estadual, com a vitória por 1 x 0 sobre o Retrô. No ano passado, este mata-mata ocorreu na disputa de 3º lugar, com o Afogados batendo o Salgueiro fora. Será lá de novo. E agora?

É óbvio que a missão dos dois segue bem complicada. Afinal, após o jogo no Cornélio, o classificado terá que vir ao Recife para decidir o título contra alvirrubros ou tricolores, que agora têm foco total no Estadual – não era o desejado, mas aconteceu após a saída de ambos da Copa do Nordeste, fato que evitou o choque de datas. Foco total significa, claro, força máxima em campo. O Santa vai em busca do 30º título estadual, que seria o sexto nesta década (onde já é o maior vencedor), enquanto o Náutico tentará o 23º. No alvirrubro, o contexto é até diferente, pois a taça seria a terceira em três anos, pois ganhou o PE em 2018 e a Série C em 2019. Logo, seria mais um indício de um novo momento no clube.

Ainda em relação ao Clássico das Emoções, este será o 5º e último mata-mata entre os rivais nesta década. No período de 2011 a 2020, até aqui, o histórico aponta 4 x 0 a favor do Santa Cruz, que ganhou nas semifinais do Estadual de 2013 e 2016 e na disputa de 3º lugar na competição em 2017, além do “Jogo do Milhão” na 2ª fase da Copa do Brasil de 2019, nos pênaltis. Quanto ao Náutico, a última classificação diante dos corais, num duelo eliminatório direto, foi em 2010, na semifinal estadual, na primeira edição com o atual sistema.

Os confrontos na semifinal (jogos únicos)
29/07 (21h30) – Santa Cruz x Náutico (Arena Pernambuco), Globo e Premiere
30/07 (19h00) – Salgueiro x Afogados (Cornélio de Barros), SporTV e Premiere

Pitaco para a decisão: Santa Cruz x Salgueiro, num repeteco de 2015. E na sua opinião?

Final em 180 minutos
A única certeza sobre a semifinal é o desfecho Capital x Sertão. Após os jogos no meio de semana, a final começará já na sequência. Lembrando que a decisão será em ida e volta, sendo a única etapa prevista em 180 minutos – mas também sem vantagem técnica, com pênaltis em caso de igualdade. Os jogos, já no mês de agosto, serão nos dias 2 (16h00) e 5 (21h30).

Nº de semifinais disputadas no período 2010-2020 (44 vagas)
10x – Náutico e Sport
9x – Santa Cruz
8x – Salgueiro
3x – Central
2x – Afogados
1x – Porto e Ypiranga

Nº de finais disputadas no período 2010-2019 (20 vagas)
8x – Sport
5x – Santa Cruz
4x – Náutico
2x – Salgueiro
1x – Central

A seguir, o histórico dos quatro semifinalistas na era do mata-mata local, com a ordem a partir da classificação na 1ª fase de 2020. O desempenho não contabiliza a decisão de 3º lugar.

(1º) Santa Cruz no Estadual na era do mata-mata
2010 – Semifinal (3º lugar)
2011 – Final (campeão)
2012 – Final (campeão)
2013 – Final (campeão)
2014 – Semifinal (4º lugar)
2015 – Final (campeão)
2016 – Final (campeão)
2017 – Semifinal (3º lugar)
2018 – Quartas (6º lugar)
2019 – Quartas (5º lugar)
2020 – Semifinal (vs Náutico), passou com 8V, 1E e 0D (foi direto à semi)
Desempenho (15 duelos; 66% de aproveitamento): 10 classificações e 5 eliminações

(2º) Salgueiro no Estadual na era do mata-mata
2010 – 1ª Fase (8º lugar)
2011 – 1ª Fase (6º lugar)
2012 – Semifinal (3º lugar)
2013 – 1ª Fase (11º lugar)
2014 – Semifinal (3º lugar)
2015 – Final (vice)
2016 – Semifinal (4º lugar)
2017 – Final (vice)
2018 – Semifinal (4º lugar)
2019 – Semifinal (4º lugar)
2020 – Semifinal (vs Afogados), passou com 5V, 1E e 3D (foi direto à semi)
Desempenho (11 duelos; 36% de aproveitamento): 4 classificações e 7 eliminações

(4º) Náutico no Estadual na era do mata-mata
2010 – Final (vice)
2011 – Semifinal (3º lugar)
2012 – Semifinal (4º lugar)
2013 – Semifinal (3º lugar)
2014 – Final (vice)
2015 – 1ª Fase (6º lugar)
2016 – Semifinal (3º lugar)
2017 – Semifinal (4º lugar)
2018 – Final (campeão)
2019 – Final (vice)
2020 – Semifinal (vs Santa Cruz), passou com 5V, 3E e 2D (tirou o Central nas quartas)
Desempenho (16 duelos; 50% de aproveitamento): 8 classificações e 8 eliminações

(6º) Afogados no Estadual na era do mata-mata
2010 – não disputou
2011 – não disputou
2012 – não disputou
2013 – não disputou
2014 – não disputou
2015 – não disputou
2016 – não disputou
2017 – Fase preliminar (8º lugar)
2018 – Quartas (8º lugar)
2019 – Semifinal (3º lugar)
2020 – Semifinal (vs Salgueiro), passou com 4V, 4E e 2D (tirou o Retrô nas quartas)
Desempenho (4 duelos; 50% de aproveitamento): 2 classificações e 2 eliminações


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