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Em jejum desde 31 de outubro, Pipico foi mal e acabou substituído. Foto: Rafael Melo/Santa Cruz.

Para não depender de outros resultados, visando o acesso, o Santa Cruz precisava somar 4 pontos nas duas últimas rodadas. Ou seja, não podia perder em Goiânia, num jogo com cara de decisão. Goleado em casa na rodada passada, o Vila Nova foi para a sua última cartada. Para completar este cenário, muita chuva. E numa tarde tensa, o time pernambucano passou longe de uma apresentação à altura do jogo.

Na verdade, o time coral manteve o rendimento visto há semanas. Nos últimos 8 jogos, logo após a longa sequência invicta, o Santa soma apenas 1V, com 3E e 4D. Dessas derrotas, duas para o alvirrubro goiano, que ganhou lá e lô no quadrangular decisivo da Série C. Esta partida na 5ª rodada, aliás, marcou a primeira vez em que o mandante conseguiu exercer o “fator casa” no Grupo C. O 2 x 1 no sábado acabou sendo o diferencial para elevar o Vila de uma situação complicadíssima para uma equipe a uma vitória do acesso à Segundona. Quanto ao tricolor, agora em 4º lugar, o dano é enorme, mas só será mensurado com exatidão após a realização de Brusque x Ituano, na noite de segunda-feira. De antemão, o Santa precisará vencer, e talvez sem a garantia de vaga.

O jogo e a frustração
O jogo já começou sob forte chuva, com a impressão de que o campo ficaria impraticável em minutos. Ou seja, nada de conduzir a bola, procurando um passe mais elevado. E chutes de média distância, dificultando o trabalho do goleiro. Logo no comecinho, aos 10 minutos, Alan Mineiro tentou isso, e foi de uma felicidade rara. Mandou um chutaço no ângulo direito de Maycon Cleiton.

Em desvantagem e vendo o surgimento de poças d´água, o tricolor ficou numa situação difícil e pouco fez para furar o bloqueio goiano, que povoou o seu campo defensivo. E ainda assim o scout de finalizações no 1T foi de 5 x 1 para o Vila. O tricolor ainda teve um gol anulado, na única chance “possível”, via bola aérea. Porém, Danny Morais estava adiantado. Na retomada, Martelotte acionou Victor Rangel no lugar de Lourenço, num indicativo que o time buscaria a bola alta.

E até tentou, também com chutes de longe. E scout no 2T foi 11 x 3 para os corais. Entretanto, pouquíssimas chances efetivas, tamanha a dificuldade de aproximação. A zaga do Vila esteve muito bem na bola aérea e a pontaria do Santa esteve aquém. O jogo faltoso, com 46 paralisações ao todo (Vila 26 x 20), também minou a reação, que ficou inviável após o gol de Bambu, num rebote aos 34 – numa das raríssimas chegadas do mandante. O gol de Chiquinho aos 49, também num rebote, foi insuficiente. Em 4 duelos neste Brasileiro, 3 vitórias do Vila. Esta foi um baque grande.

Santa Cruz em 23 jogos na Série C de 2020
Mandante (11 jogos, 21 pts e 63.6%): 6V, 3E e 2D
Visitante (12 jogos, 21 pts e 58.3%): 6V, 3E e 3D

Escalação do Vila Nova (melhores: Alan Mineiro, Donato e Dudu)
Marcão; Celsinho, Donato, Saimon e Adalberto (William Formiga, 43/2T); Yuri, Dudu, Pablo (Pedro Bambu, 17/2T) e Alan Mineiro (Emanuel Biancucchi, 26/2T); Henan (Rafhael Lucas, 43/2T) e Talles (Hugo Sanches, 26/2T). Técnico: Márcio Fernandes

Escalação do Santa Cruz (melhor: Chiquinho; piores Pipico, Didira e Lourenço)
Maycon Cleiton; Toty, danny Morais, William Alves e Leonan (Jáderson, 38/2T); André (Tinga, 27/2T), Paulinho, Didira e Chiquinho; Pipico (Caio Mancha, 17/2T) e Lourenço (Victor Rangel, intervalo). Técnico: Marcelo Martelotte

Histórico geral de Vila Nova x Santa Cruz (todos os mandos)
17 jogos
8 vitórias tricolores (47,0%)
3 empates (17,6%)
6 vitórias goianas (35,2%)

A análise do Podcast 45 Minutos (Diego Borges, João de Andrade e Rodolpho Moreira):


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