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Vila Nova 2 x 0 Sport pela Série B

O Vila Nova venceu por 2 x 0 e subiu para a 5ª colocação. Foto: Deividson Isídio/Sport.

A escolha de Guto Ferreira, através da direção leonina, foi pautada no acerto da marcação, um problema que vinha minando o trabalho do antecessor, Mariano Soso. A proposta do argentino consistia num time com posse de bola e iniciativa no ataque. Porém, a fragilidade na defesa, tanto por peças quanto pelo próprio sistema, forçaram uma troca na virada do turno da Série B, devido ao temor do mesmo desfecho da campanha do ano passado.

No Sport, Guto foi o treinador do acesso em 2019, quando o time perdeu apenas quatro jogos em 38 rodadas. Porém, o desempenho fora de casa foi alvo de críticas. O excesso de precaução na escalação resultou num time mais fechado, com ligação direta e um interesse maior em destruir do que construir. Foram 10 empates em 19 jogos como visitante. No fim, o Red Bull Bragantino foi campeão com 7 pontos a mais, mesmo com três derrotas a mais. Ou seja, o “grão em grão” do Sport valeu para o acesso, mas foi aquém da capacidade do time.

Esquema de Guto ainda não encaixou

Nesta volta ao rubro-negro, após cinco anos, Guto fez apenas o seu terceiro jogo nesta 21ª rodada, contra o Vila Nova. Ao observar as partidas contra Santos, Amazonas e Vila, nota-se o padrão com três volantes, construção ofensiva em pequenos recortes e pouca solidez defensiva. Com jogadores abaixo, como Castán, que vem falhando num nível inaceitável para um capitão, o Sport sofreu 5 gols em 3 jogos com o novo técnico. Antes da melhora na tabela, que funcionaria como lastro, o trabalho de Guto já começa sem resposta no campo.

Em Goiânia, depois de um 1º tempo tenebroso, sofrendo um gol – merecido – no último lance, o time voltou com a mesma configuração no 2º tempo. A única troca foi um lateral-esquerdo por outro outro. Após 57 minutos de bola rolando na noite, enfim o comandante se deu o direito de ser mais ousado. Tirou o limitado volante Luciano, alçado a titular sem muita convicção, e colocou Ortiz. Ou seja, manteve só Felipe no setor e deu mais liberdade a Fabrício. Resumindo: a reação foi com uma equipe mais parecida com o de Soso.

Leão segue fora do G4 da Série B

E foi, também, o único momento em que o Sport teve o controle da bola e paciência para tocar para frente, e não para trás – como insistia Luciano. Mas não houve reação. Afinal, numa noite de dezenas de lançamentos sem direção, Luciano Castán conseguiu fazer pior. Ele sequer lançou. Foi travado no chute. O contragolpe seguiu até o segundo gol do Vila Nova, que voltou a vencer o Sport depois de 20 anos, num tabu que já durava 14 jogos.

Embora siga com dois jogos a menos, o Sport segue pressionado na Série B nesta busca incessante pelo G4, pois parece claro, ao menos para mim, que a nova forma de jogar ainda precisará de algum tempo para encaixar. Se é que vai encaixar. Depois de três anos na Segundona, a paciência da torcida do Sport já não oferece tanto tempo. A pressão sobre Guto, sobre o time e sobre a direção é natural. Vencer apenas em casa não será suficiente.

Escalação do Vila Nova, 2
Dênis Júnior; Elias, Ralf, Jemmes e Rhuan; João Victor, Cristiano e Igor Henrique (Emerson Urso); Júnior Todinho (Apodi), Alesson (Gabriel Lacerda) e Henrique Almeida. Técnico: Luizinho Lopes

Escalação do Sport, 0 (piores: Castán, Allyson, Luciano e Coutinho)
Caíque França; Di Plácido, Luciano Castán, Allyson e Igor Cariús (Dalbert); Felipe (Fabinho), Luciano (Titi Ortíz), Fabrício Domínguez e Lucas Lima; Wellington Silva (Lenny Lobato) e Gustavo Coutinho (Zé Roberto). Técnico: Guto Ferreira

Histórico geral de Vila Nova x Sport

18 jogos (todos os mandos)
9 vitórias rubro-negras (50,0%)
7 empates (38,8%)
2 vitórias goianas (11,1%)

Leia mais sobre o assunto
A tabela do Sport na Série B do Brasileirão 2024, com 38 jogos e transmissões na TV

Abaixo, assista aos gols do Vila, com Rhuan aos 45 do 1º tempo e Urso aos 31 do 2º tempo.


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