Mugni empatou e foi eleito o “Craque do Jogo” na transmissão. Foto: Anderson Stevens/Sport.
Era um clássico regional, com equilíbrio esperado, mas o Sport conseguiu desenvolver um bom volume de jogo contra o Vitória, criando oportunidades para abrir o placar, para empatar (o que acabou ocorrendo) e para virar. Apesar das falhas, com dispersão em alguns momentos e algumas peças abaixo, no geral o leão pernambucano jogou para vencer. Porém, teve que se contentar com o empate em 1 x 1, perdendo a liderança isolada do grupo A na 2ª rodada da Copa do Nordeste.
O jogo foi dividido em um tempo de domínio do Sport, o 1º, e um tempo de oscilação entre as equipes, com o Sport terminando melhor, o 2º. Na primeira metade, apesar da boa movimentação, o placar continuou zerado. O Sport finalizou muito mais, com 6 x 2 no scout, quase sempre chegando em velocidade e tabelando. Contudo, esteve indeciso na hora de finalizar – e quando marcou, acabou anulado, pois Barcia estava um pouco à frente.
Analisando a equipe, Elton precisa ser mais “centroavante” – comentário para o decorrer da temporada. Em termos coletivos, Yan destoou, prendendo demais a bola. Se o leão pernambucano estava próximo do gol, o leão baiano foi de uma timidez incrível – teve apenas uma chance, numa falta do lateral Carleto. E essa timidez deve ter sido cobrada no intervalo, porque o visitante voltou com outra atitude. Em dez minutos criou mais que o 1T inteiro. E martelou até abrir o placar, num chute forte, rasteiro, de Guilherme Rend. Com a vantagem, diante de um mandante sem a mesma intensidade, o Vitória soube se estruturar em campo.
Ao Sport, àquela altura, a reação só viria com peças novas. Ainda que tenha demorado, pois só mexeu depois de sofrer o gol, Guto acertou nas escolhas, tirando os piores: Jean Patrick (errou tudo), Elton e Yan. E os três substitutos entraram melhor, sobretudo Marquinhos – até porque um desempenho superior ao de Jean Patrick parecia óbvio. O empate veio aos 28, numa jogada de Marquinhos e conclusão do argentino Mugni, a peça mais regular na partida – no bom sentido. O camisa 10 fez o seu primeiro gol. Nos minutos finais, com o Broca, a vitória passou perto. Apesar do resultado, o time saiu aplaudido. O time após as mudanças.
Escalação do Sport (melhores: 1 Mugni, 2 Marquinhos; piores: 1 Patrick, 2 Yan)
Luan Polli; Prata, Adryelson, Cleberson e Sander; Willian Farias, Jean Patrick (Marquinhos, 25/2T) e Lucas Mugni; Yan (Ewandro, 15/2T), Elton (Brocador, 15/2T) e Leandro Barcia. Técnico: Guto Ferreira. Técnico: Guto Ferreira
Escalação do Vitória (melhores: 1 Ronaldo, 2 Rend; piores: 1 Maurício, 2 Vico)
Ronaldo; Van, Maurício Ramos, João Victor e Carleto; Guilherme Rend (Matheus Tenório, 32/2T), Fernando Neto e Gerson Magrão; Vico (Ruan Levine, 31/2T, depois Jonathan Bocão, 46/2T), Júnior Viçosa e Alisson Farias. Técnico: Geninho. Técnico: Geninho
Histórico geral de Sport x Vitória (todos os mandos)
79 jogos
30 triunfos pernambucanos (37,9%)
24 empates (30,3%)
25 triunfo baianos (31,6%)
Sport como mandante na Arena Pernambuco*
33 jogos
15 vitórias
14 empates
4 derrotas
59,5% de aproveitamento
* Com 5.625 pessoas, este foi o 3º público fraco seguida na Arena, durante a reforma da Ilha. Assim, a média leonina em São Lourenço caiu 21.065 para 20.597 – ao todo, 679.731 torcedores.
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A análise do Podcast 45 Minutos (Fred Figueiroa, Juliana Lisboa e Vitor Villar):
Abaixo, assista aos melhores momentos da partida, num vídeo do perfil da Copa do Nordeste.