Numa arena deserta, o Sport sofreu mais do que o esperado para passar. Foto: Paulo Paiva/Sport.
Cumprindo o primeiro dos oito jogos da punição imposta pelo STJD, devido ao atentado sofrido pela delegação do Fortaleza a 7 km da Arena PE, o Sport enfrentou o Murici de Alagoas numa atmosfera bem diferente no estádio em São Lourenço da Mata. Enquanto a semifinal do Estadual, marcada para o sábado, já tem mais de 40 mil ingressos vendidos, o importantíssimo jogo pela segunda fase da Copa do Brasil foi de portões fechados.
Só não ficou em silêncio porque a comitiva do clube visitante foi bem vibrante nos camarotes. Em campo, apesar da enorme disparidade técnica, o rubro-negro não conseguiu definir a partida nos 90 minutos. O time teve que estender a disputa às penalidades, um fantasma na última temporada, mas passou. Que o susto funcione como ensinamento.
Como diz Muricy, a bola (quase) pune
Durante o jogo, a lentidão do 1º tempo me chamou a atenção. O Sport até abriu o placar com Castán, numa cobrança de escanteio aos 19 minutos, mas seguiu travado até o intervalo. Gritando bastante, mas sem adiantar, Soso acabou promovendo três alterações. A entrada de Lucas Lima foi fundamental na melhora do 2º tempo. O meia criou quatro grandes chances, mas todas foram desperdiçadas, com Gustavo Coutinho numa noite apagada.
Sem matar o confronto, o Sport viu o Murici chegar numa bola aérea, tão problemática no leão, e empatar aos 48 minutos. O Sport ainda teve a chance de desempatar aos 51, mas Tití Ortiz mandou pra fora. De fato, foi uma noite ruim nas conclusões. Das 11 finalizações na etapa complementar, apenas 2 foram na barra. Com o baque pelo 1 x 1, veio a disputa de pênaltis, trazendo as lembranças da Copa do Nordeste (vs Ceará) e da própria Copa do Brasil (vs São Paulo). Desta vez, os cinco cobradores acertaram. Todos com muita precisão, diga-se. A suada classificação veio no chute por cima de Palacios, o último cobrador da série.
Leão deverá ficar no Pote 2
Passado o susto, o Sport vai à terceira fase da Copa do Brasil e garante mais R$ 2,205 milhões. Assim, acumulando três cotas, o campeão pernambucano já soma R$ 4.987.500. Uma grana bem importante considerando o prejuízo de não poder contar com a sua torcida presente. Na próxima fase, o adversário será conhecido através de sorteio. Provavelmente, o Sport ficará no “Pote 2”, com o “Pote 1” tendo as principais forças, incluindo os times da Libertadores. Caso a punição siga até lá, o confronto em ida e volta terá a Arena Pernambuco novamente vazia. O que não dá para acontecer também é o reflexo disso em campo.
Em tempo: o Murici foi um adversário inédito na história do Sport, agora com 5.454 jogos com o time principal. O alviverde foi o 408º time diferente enfrentado desde 1905.
Escalação do Sport, 1 (5) (melhores: Lucas Lima e Fabrício; piores: Coutinho, Felipe e Vilhena)
Caíque França; Pedro Lima, Alisson Cassiano, Luciano Castán e Felipinho; Felipe (Fábio Matheus), Alan Ruiz (Lucas Lima) e Pedro Vilhena (Tití Ortiz); Chrystian Barletta, Romarinho (Fabricio Domínguez) e Zé Roberto (Gustavo Coutinho). Técnico: Mariano Soso
Escalação do Murici, 1 (4)
Alexandre Silva; Wanderson Lima, Max Marabá, Alex Moreira e Maceió; Mazinho (Tarcísio), Wanderson Felipe (Mateus Sabiá), Rodrigo Mucuri, Dinda (Ramon Pereira) e Ciel (Morais); Alfredo (Juan Palacios). Técnico: Alyson Dantas
Cotas do Sport na Copa do Brasil de 2024
1ª fase – R$ 1,31 milhão (vs Trem-AP, 4 x 0)
2ª fase – R$ 1,47 milhão (vs Murici-AL, 1 x 1 e 5 x 4 nos pênaltis)
3ª fase – R$ 2,20 milhões (adversário via sorteio)
4ª fase – R$ 3,46 milhões?
Histórico do Sport na Copa do Brasil
124 jogos em 30 participações até 28/02/2024
57 vitórias, 28 empates e 39 derrotas
70 confrontos: 42 classificações e 28 eliminações
Leia mais sobre o assunto
CBF reajusta cotas da Copa do Brasil de 2024 em 5%; veja os novos valores
Assista ao “Field Goal” batido pelo Murici no último pênalti. Deu Sport, 5 x 4.
— Sport Club do Recife (@sportrecife) March 14, 2024