O Broca acertou 2 pênaltis contra Wallef, que brilhara contra o Galo. Fotos: Anderson Stevens/Sport.
No último dia de fevereiro, ampliado pelo ano bissexto, o Sport finalmente venceu. Neste mês, o jejum era de oito jogos, com 5E e 3D somando todas as competições oficiais. Pressionado até no Pernambucano, o rubro-negro goleou o Afogados por 4 x 0, pela 7ª rodada, e voltou ao G6, a zona de classificação local, ultrapassando o próprio adversário sertanejo.
Ainda sem contar com o meia Jonatan Gómez, o Sport foi a campo com uma formação semelhante àquela que havia ido mal nas últimas partidas – sobretudo em Salgueiro. Porém, o rendimento individual foi melhor. Era essencial para o conjunto mostrar alguma evolução ofensiva – defensivamente, a presença de Willian Farias já ajudaria (dito e feito). Então, Mugni acordou e foi um construtor de jogadas. Hernane, além dos gols, conseguiu prender e distribuir a bola no ataque.
Entretanto, a principal diferença, na minha visão, aconteceu nas dobradinhas nas laterais, sobretudo na esquerda, Com Sander/Marquinhos. O lateral (e capitão) ficou mais restrito à cobertura, até porque vinha errando demais à frente. Com liberdade, Marquinhos esteve mais concentrado – ao contrário do clássico nos Aflitos, pelo Nordestão. Jogou sem ser fominha.
Na direta, um cenário parecido, mas num degrau abaixo. Ainda assim, Yan – que entrou no lugar de Barcia, que sentiu a coxa logo no comecinho – deu opção no ataque, forçando o erro do visitante. Foram dois gols no 1T, com o Brocador e Marquinhos, e dois no 2T, com Brocador e Yan. Nos lances do camisa 9, cobrando pênaltis. Embora ambos tenham sido bem marcados, o primeiro aconteceu após uma falta não assinalada para o Afogados, no campo ofensivo. Entretanto, em termos de futebol, o time de Daniel Paulista foi melhor durante a tarde toda, dando, finalmente, uma resposta à torcida, com 4.587 presentes na Ilha. Que ainda tem motivos para seguir desconfiada. Ao menos, ficou um pouco mais aliviada.
Coruja na Copa do Brasil
Revés no Recife à parte, o Afogados (desgastado) agora aguarda o sorteio na CBF, em 5 de março, para a definição dos mandos de campo da 3ª fase da Copa do Brasil, que será em ida e volta. O clube do interior irá enfrentar a Ponte Preta, num duelo valendo uma cota de R$ 2 milhões.
Escalação do Sport (melhores: 1 Marquinhos, 2 Brocador, 3 Mugni)
Luan Polli; Prata, Cleberson, Adryelson e Sander; Willian Farias, Rithely e Lucas Mugni; Leandro Barcia (Yan, 6/1T, e depois Ewerthon, 24/2T), Brocador e Marquinhos (João Igor, 32/2T). Técnico: Daniel Paulista
Escalação do Afogados (pior: Thalyson)
Wallef; Jader, Márcio, Heverton e Thalyson; Diego Teles, Willian Gaúcho, Sacramento (Erivelton, 24/1T) e Candinho (Nem, 21/2T); Philip (Rodrigo, 45/1T) e Diego Ceará. Técnico: Pedro Manta
Os três duelos na história, todos pelo Estadual (3V do leão)
1º) 20/01/2018 – Sport 2 x 0 Afogados (Ilha do Retiro)
2º) 28/02/2019 – Sport 3 x 1 Afogados (Ilha do Retiro)
3º) 29/02/2020 – Sport 4 x 0 Afogados (Ilha do Retiro)
A análise do Podcast 45 Minutos (Celso Ishigami, Fred Figueiroa e Lucas Liausu):