O lateral-direito Patric perdeu um gol feito, mas apareceu bastante. Foto: Heber Gomes/CBF.
Nos dois jogos seguidos fora de casa, o Sport sofreu um gol antes dos 15 minutos. Para quem se propõe a atuar de forma precavida, consciente da limitação técnica, é um golpe duríssimo, com o jogo ainda esquentando.
No Rio, o ataque foi inofensivo, ainda na criação, sem ideias. Na defesa, seguiu batendo cabeça – aliás, já são três rodadas assim, deixando em xeque o futebol que o time pode apresentar. Ao menos em Goiânia a atitude foi diferente. O time teve mais volume nos dois tempos, sobretudo a partir dos 18 minutos da etapa complementar, com a expulsão de Dudu.
Àquela altura, o time já buscava o empate – e já tinha desperdiçado duas ótimas chances pelo lado direito – e teria um jogador a mais por meia hora. A intensidade aumentou, mas com excesso de erros. Embora tenha finalizado 15 vezes ao todo, o leão pernambucano só acertou a barra 4 vezes. E algumas chances pra fora foram claríssimas, como o “tiro de meta” de Patric na cara do gol, já na reta final. Numa partida com muitas paralisações para a avaliação do VAR (que deixou de dar um pênalti ao visitante no 1T), a disputa se estendeu até os 55 minutos.
Já nos acréscimos, enfim o gol de quem tanto teve a bola nos pés. Com 69% de posse e 498 passes certos (ou 265 a mais que o adversário), o Sport, tendo um volante em campo, chegou ao empate aos 49, após outro cruzamento da direita. Elton bateu e o zagueiro Maidana, no limite da legalidade, desviou para as redes. Moralmente, o resultado talvez tenha sido mais importante que o primeiro pontinho fora de casa. Afinal, foi a primeira vez em que o Sport reagiu nesta Série A, mesmo penando. Sendo um time da parte inferior da tabela, nesta edição, a equipe tende a enfrentar outros cenários do tipo. No Olímpico, se mostrou capaz.
Escalação do Atlético-GO (melhores: 1 Jorginho, 2 Éder)
Jean; Dudu, Éder, Gilvan e Nicolas; Edson, Marlon Freitas, Everton Felipe (Willian Maranhão, 37/2T) e Jorginho (Moacir, 31/2T); Gustavo Ferrareis (Matheuzinho, 13/2T) e Hyuri (Júnior Brandrão, 12/2T). Técnico: Vagnr Mancini
Escalação do Sport (melhores: Marquinhos, Venuto e Patric; pior: Sander)
Mailson; Patric, Maidana, Adryelson e Sander (Luciano Juba, intervalo); Willian Farias (Brocador, 31/2T), Betinho (Ricardinho, intervalo) e Jonatan Gómez (Bruninho, 24/2T); Lucas Venuto, Elton e Marquinhos. Técnico: Daniel Paulista
Confrontos no Brasileirão (2V do leão, 3E e 1V do dragão)
1º) 04/10/1987 – Atlético-GO 0 x 0 Sport (Serra Dourada)
2º) 29/07/2012 – Sport 0 x 0 Atlético-GO (Ilha do Retiro)
3º) 21/10/2012 – Atlético-GO 0 x 1 Sport (Serra Dourada)
4º) 20/07/2017 – Sport 4 x 0 Atlético-GO (Ilha do Retiro)
5º) 12/11/2017 – Atlético-GO 2 x 0 Sport (Olímpico)
6º) 16/08/2020 – Atlético-GO 1 x 1 Sport (Olímpico)
Histórico geral de Atlético-GO x Sport (todos os mandos)
10 jogos
3 vitórias rubro-negras (30,0%)
5 empates (50,0%)
2 vitórias goianas (20,0%)
Curiosidade
Agora, encerrada o primeiro giro fora de casa, o Sport volta ao Recife para dois jogos seguidos na Ilha do Retiro. Contra Santos, na quinta, e São Paulo, no domingo. Agora, o sarrafo deve subir.
A análise do Podcast 45 Minutos (Cassio Zirpoli, Celso Ishigami e Fred Figueiroa):
Abaixo, assista aos gols do empate, através do perfil oficial do Brasileirão no Twitter.
⚽️ Tudo igual no duelo rubro-negro entre @acgoficial e @sportrecife. Se liga aí…
📹 @canalpremiere pic.twitter.com/3YkINFMQcK
— Brasileirão Assaí (@Brasileirao) August 17, 2020