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O leão teve 7 pênaltis a favor no BR, todos convertidos. Foto: Maga Júnior/Gazeta Press, via CBF.

Bastante pressionado, com o jogo sendo o último realmente “pontuável” neste Brasileirão, o Sport precisava da vitória no Nilton Santos para terminar mais uma rodada fora da zona de rebaixamento. Teria o lanterna pela frente, cujo revés definiria o descenso. Porém, havia uma série de marcas negativas para o leão, além, sobretudo, do mau desempenho como visitante nesta edição, onde era o último colocado até então. Em tese, seria preciso fazer uma grande partida. Não foi exatamente o que aconteceu, mas deu tudo certo, com um strike nos tabus.

O resultado veio mesmo com o adversário tendo 65% de posse e finalizando muito mais, com 25 x 10 – o 2T foi todo no campo ofensivo, sob forte chuva. Logo, a falta de qualidade do Bota foi determinante para que a reação não fosse efetivada, assim como a capacidade do leão de segurar o 1 x 0, este num pênalti cobrado pelo zagueiro Maidana aos 21/1T, via VAR (e foi o 6º gol dele). Consciente da própria fragilidade ofensiva, tendo agora 27 gols em 34 jogos (média de 0,79), o Sport é trabalhado para vencer no limite – desta vez, terminou com três zagueiros. Tanto que das 11 vitórias, 6 foram pelo placar mínimo. Com esta, subiu do 17º para o 14º lugar. Antes das consequências imediatas do resultado, eis os tabus derrubados nesta noite.

– O Sport não vencia o Botafogo no Rio de Janeiro desde 1994 (mais de 26 anos)
– O Sport nunca havia vencido no Nilton Santos, o ex-Engenhão (7 jogos; 1E e 6D)
– O Sport não vencia o Botafogo, dentro ou fora, há 10 partidas (4E e 6D)
– O Sport não vencia com visitante nesta Série A há 123 dias (9 jogos; 2E e 7D)

Pois é. Tudo agora reescrito, com o leão obtendo um cenário importantíssimo para esta reta final do campeonato, restando apenas quatro rodadas. Ao chegar a 38 pontos, abriu 2 pontos sobre o primeiro time na zona, o Bahia. Além disso, se garantiu fora do Z4 tanto nesta 34ª rodada quanto na próxima. Isso porque Fortaleza e Vasco, os outros dois concorrentes diretos contra o rebaixamento, vão se enfrentar no Castelão. Assim, um deles necessariamente não passará o time de Jair Ventura na rodada seguinte. Ou seja, o próximo jogo do rubro-negro pernambucano, contra o líder Internacional, em Porto Alegre, virou uma espécie de “bônus”, no sentido de que qualquer ponto serve – e em caso de derrota não haverá uma caída grave.

Depois do colorado, dois jogos seguidos jogos em casa, contra Braga e Galo, aí sim realmente decisivos. Ainda mais agora com o triunfo no Rio. Quanto ao Botafogo, esta foi a 3ª queda, com 2002, 2014 e 2020. A longa luta do Sport é para não fazer companhia à estrela solitária.

Sport em 34 rodadas na Série A de 2020
Mandante (17 jogos, 25 pts e 49.0%): 8V, 1E e 8D
Visitante (17 jogos, 13 pts e 25.4%): 3V, 4E e 10D

Escalação do Botafogo (melhor: Matheus; piores: Romildo e Cesinha)
Diego Loureiro; Kevin, David Sousa e Victor Luis (Hugo, 8/2T); José Welison, Caio Alexandre e Romildo (Matheus Babi, 8/2T); Cesinha, Rafael Navarro (Kalou, 35/2T) e Matheus Nascimento (Lecarus, 30/2T). Técnico: Eduardo Barroca

Escalação do Sport (melhores: Maidana, Adryelson e Marcão; piores: Tavares e Márcio Araújo)
Luan Polli; Patric, Maidana, Adryelson e Júnior Tavares (Sander, intervalo); Marcão, Betinho (Márcio Araújo, intervalo) e Thiago Neves (Luciano Juba, 40/2T); Ewerthon (Rafael Thyere, 11/2T), Dalberto e Marquinhos (Raul Prata, 27/2T). Técnico: Jar Ventura

Histórico geral de Botafogo x Sport (todos os mandos)
46 jogos
11 vitórias pernambucanas (23,9%)
11 empates (23,9%)
24 vitórias cariocas (52,1%)

Histórico de Botafogo x Sport pela Série A (todos os mandos)
33 jogos
10 vitórias pernambucanas (30,3%)
8 empates (24,2%)
15 vitórias cariocas (45,4%)

A análise do Podcast 45 Minutos (Cassio Zirpoli, Celso Ishigami e Fred Figueiroa):

Abaixo, assista ao gol da partida, através do perfil oficial do Brasileirão no Twitter.


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