Lenny Lobato foi um dos principais finalizadores, mas foi substituído. Foto: Julia Galvão/Sport.
O primeiro tempo do Sport na Arena Condá foi de amplo controle das ações, sem sustos e com mais chances no ataque. O time pernambucano teve 5 x 1 no scout de finalizações, com uma delas resultando no gol de Fabrício Dominguez, que concluiu uma bela troca de passes. A torcida da Chapecoense vaiou bastante a sua equipe após o apito para o intervalo, pressionando ainda mais um time à beira da zona de rebaixamento da Série B
Derrocada na mudança de postura
Ainda que a Chape mudasse a sua atitude no segundo tempo, o Sport também teria que ser bem diferente para mudar o rumo da partida. Para infelicidade da torcida rubro-negra, foi exatamente o que se viu. Antes mesmo das primeiras alterações, o visitante já foi um time distante da área da adversária, cuja aproximação só acontecia através de bolas esticadas.
A posse minguou de vez na saída de Lucas Lima, ao menos na minha visão. Enquanto o Sport ficou sem peças para prender um pouco a bola no meio-campo (Ortiz entrou mal), o time catarinense povoou o setor. E o Sport virou passageiro. Na etapa complementar, o número de finalizações foi de 17 x 4 para a Chapecoense! A grande maioria pra fora, é verdade, até porque a má fase da Chape é evidente. Mas tamanho volume mostra uma virada de chave. À medida em que as trocas foram acontecendo no Sport, o time se perdeu de vez.
Lições de 2023 não param de chegar
Sem força no ataque e sem inteligência na marcação, o Sport só não tomou o gol aos 39 minutos porque o atacante Mário Sérgio conseguiu bater por cima da barra mesmo livre na pequena área. Na segunda chance, já aos 50, no último lance, ele não perdoou. Empurrou para as redes e decretou o empate em 1 x 1 – veja abaixo. Ficou a sensação de “déjà vu”.
Pelo segundo ano seguido na Série B, o Sport enfrenta a Chape em SC tendo um time melhor, abre o placar, domina a primeira metade, reduz a intensidade na segunda, passa a competir bem menos que o adversário e acaba sofrendo o empate no finzinho. Em ambos os casos, merecidamente. No ano passado, o Sport deixou de subir para a primeira divisão por apenas 1 ponto. Difícil não lembrar de jogos assim. Desta vez, a vitória parcial estava colocando o time no G4 mesmo com dois jogos a menos. Com o gol derradeiro, foi só a 25 pontos e segue sendo apenas um perseguidor, o papel desempenhado desde 2022…
Escalação da Chapecoense, 1
Matheus Cavichioli; JP Galvão (Maílton), Leonardo, Doma e Mancha (Perotti); Auremir (Rafael Carvalheira), Tárik (Giovanni Augusto) e Marlone; Daniel Cruz (Thomás), Marcinho e Mário Sérgio. Técnico: Umberto Louzer
Escalação do Sport, 1 (melhor: Fabrício; piores: Ortiz, Barletta e Caíque)
Caíque França; Roberto Rosales, Chico, Alisson Cassiano e Dalbert; Felipe, Fabricio Domínguez (Fábio Matheus) e Lucas Lima (Tití Ortíz); Chrystian Barletta (Pedro Vilhena), Lenny Lobato (Pablo Dyego) e Zé Roberto (Dieguinho). Técnico: César Lucena (interino; Soso suspenso)
Histórico geral de Chapecoense x Sport
21 jogos (todos os mandos)
9 vitórias rubro-negras (42,8%)
7 empates (33,3%)
5 vitórias catarinenses (23,8%)
Leia mais sobre o assunto
A tabela do Sport na Série B do Brasileirão 2024, com 38 jogos e transmissões na TV
Abaixo, assista ao vídeo com os dois gols da partida em Chapecó, pela 17ª rodada.
O gol de Fabricio Domínguez estava garantindo a vitória do @sportrecife, mas Mário Sérgio apareceu no último minuto e conquistou um ponto para a @ChapecoenseReal. Se liga nos gols que rolaram na Arena Condá. ⚽ pic.twitter.com/pL463vPfkh
— Brasileirão Betnacional – Série B (@BrasileiraoB) July 24, 2024