Lateral-esquerdo de origem, Cariús atuou de novo pelo lado direito. Foto: Paulo Paiva/Sport.
Numa noite com 33 faltas, o jogo entre Sport e Paysandu foi bastante picotado. Pelo lado pernambucano, que precisava vencer em Belém para seguir no G4 da Série B, isso resultou numa má atuação no 1º tempo, no pior desempenho na “Era Pepa”. Contudo, a qualidade do elenco e a leitura correta do treinador melhoraram a equipe no 2º tempo. As saídas de Felipinho e Pedro Martins para as entradas de Dalbert e Barletta corrigiram a postura.
A melhora em termos ofensivos foi leve, é verdade, mas acabou sendo suficiente para vencer o Papão dentro da Curuzu. Numa boa trama aos 19 minutos, com Barletta arrastando a marcação, Zé Roberto acertando um lindo passe e Caríus aparecendo bem para finalizar, o Sport fez 1 x 0 e segurou o resultado até o fim. E o “fim” realmente demorou a chegar. Foram 11 minutos de acréscimo, com abafa do Paysandu. E esse tempo foi justo pelo que se viu em campo. Foram muitas reclamações, atendimentos e substituições em ambas as equipes.
Quatro zagueiros nos minutos finais
Com apenas 38% de posse, o rubro-negro já tinha quatro zagueiros àquela altura. No plano tático seriam três, com Castán acionado no finzinho, mas Alisson Cassiano entrou como lateral-direito no lugar de Cariús, machucado – lembrando que os laterais de ofício seguem fora. Em uma temporada com erros memoráveis, coube a Cassiano a ação decisiva para garantir o resultado, cortando uma bola perigosíssima aos 53. Como o Mirassol havia vencido o Goiás fora de casa, o clube da Ilha do Retiro foi campo consciente da necessidade.
Cumprida a missão, o bicampeão pernambucano chegou a 46 pontos e passou não só o Mirassol como o Vila Nova. Subiu para o 3º lugar, figurando no G4 pela 3ª vez seguida. E com um jogo a menos, diga-se. A sequência após a saída de Guto Ferreira, que impactou na forma de atuar, chegou a seis partidas seguidas pontuando, com 4V e 2E – sendo cinco com Pepa e uma com César Lucena. Nesta 28ªª rodada, o time fez uma apresentação abaixo em termos técnicos, mas não se omitiu de tentar fazer o que sabe melhor. Fez pouco, mas bastou.
Mais um tabu quebrado fora de casa
No Pará, o Leão havia perdido do Paysandu nos últimos três jogos, todos há mais de dez anos. Ao todo, eram quatro partidas sem vencer lá. A última vez havia sido em 2006, também pela Série B, quando o rubro-negro ganhou por 1 x 0. Portanto, o Sport quebrou um tabu de 18 anos. Este foi o terceiro tabu derrubado pelo clube nesta Série B. Já havia sido assim contra o Guarani no Brinco de Ouro, após 32 anos, e contra o Avaí na Ressacada, após 18.
Escalação do Paysandu, 0
Diogo Silva; Edilson, Wanderson, Lucas Maia e Kevyn; João Vieira, Matheus Trindade (Netinho) e Juninho (Robinho); Jean Dias (Esli García), Borasi e Nicolas (Joel). Treinador: Márcio Fernandes
Escalação do Sport, 1 (melhores: Barletta, Cariús e Zé; piores: Felipinho e Pedro)
Caíque França; Igor Cariús (Alisson Cassiano), Rafael Thyere, Chico e Felipinho (Dalbert); Felipe, Julián Fernández, Pedro Martins (Barletta) e Lucas Lima (Luciano Castán); Wellington Silva e Zé Roberto (Dieguinho). Treinador: Pepa
Histórico geral de Paysandu x Sport
33 jogos (todos os mandos)
17 vitórias rubro-negras (51,5%)
10 empates (30,3%)
6 vitórias paraenses (18,1%)
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