Joia da base, Fábio Matheus definiu a partida. Assista abaixo. Foto: Rafael Vieira/FPF.
Num jogo com muitas alterações nas escalações, o Sport venceu o Santa Cruz diante de 20.860 torcedores na Arena Pernambuco e se recuperou no Pernambucano. Atuando pela terceira vez seguida em São Lourenço, sendo a segunda como mandante, o rubro-negro venceu por 2 x 1 numa tarde de pouco futebol. Na verdade, de pouquíssimo futebol.
Ainda que o Sport tenha lutado para vencer, a falta de organização no setor ofensivo chamou a atenção. Soso recuou no 3-5-2 e escalou o time no 4-3-3, com Alan Ruiz na articulação. Contudo, o argentino errou bastante e as demais peças produziram pouco. O goleiro André Luiz foi quase um espectador no 1T. Dentro do seu “campeonato”, mirando a vaga na Série D, o Santa fez um jogo organizado e se defendeu bem. O visitante deste Clássico das Multidões quase segurou o empate até o intervalo, mas Gustavo Coutinho, comprado recentemente por R$ 7 milhões, conseguiu um desvio de cabeça com precisão.
Erro fatal pra um, oportunidade pro outro
Aquela vantagem parcial pouco dizia sobre a partida. Ainda faltava bastante ao Sport. No 2T, o atacante Thiaguinho pegou um rebote logo no começo e empatou. Foi o terceiro gol do jogador em três jogos, somando também o Pré-Nordestão. No Sport, o lance evidenciou uma defesa que começou mal a temporada. Eram quatro jogadores próximos a Bertoluzo, mas nenhum evitou o chute, com Caíque espalmando mal e Felipinho dando todo o espaço possível para Thiaguinho. Refeito no placar, o Santa voltou a ter o controle. Neste caso, isso vinha significando uma partida sem sustos, mas quase sem atacar também.
O leão só voltou a melhorar com a estreia do uruguaio Fabricio Domínguez, muito bem na condução da bola, de forma aguda. Contudo a vitória veio num erro grave do Santa. Já na reta final, Luis Felipe saiu mal e o contragolpe foi fatal, com a jogada seguindo até o rebote de Fábio Matheus. A festa da torcida rubro-negra, dali pra frente, foi toda fundamentada no resultado diante do rival histórico. Passada a euforia pelo 2 x 1, fica um time que carece bastante de variação ofensiva e que segue pouco confiável na zaga – como no fim da Série B.
Quase quatro anos sem derrota
Ainda é início de temporada para o Sport, mas a necessidade de ajustes está ficando clara. Ao Santa, que perdeu o primeiro jogo neste Estadual, a situação parece inversa. Passada a chateação pelo revés, o time mostrou um nível competitividade interessante para a sua meta inicial em 2024. Ou seja, nem 8 nem 80. Numa observação que vale para ambos.
Num duelo com 567 partidas ao longo de 108 anos, esta foi apenas a quarta vez em que rubro-negros e tricolores se enfrentaram na Arena Pernambuco. Até então, o leão não havia nem balançado as redes. Pois finalmente conseguiu e ainda bateu o time coral por lá pela primeira vez. De forma geral, o Sport chegou a seis partidas de invencibilidade sobre o arquirrival, com 3V e 3E. O último triunfo do Santa foi há quase quatro anos, em 19 de julho de 2020. Em 2024, os times só podem voltar a jogar num possível mata-mata do PE.
Escalação do Sport, 2 (melhores: Fabricio Domínguez e Fábio; piores: Arthur e Ruiz)
Caíque França; Roberto Rosales, Luciano Castán, Rafael Thyere e Felipinho; Fabinho (Fábio Matheus), Felipe (Ítalo) e Alan Ruiz (Fabricio Domínguez); Romarinho, Arthur Caíke (Pablo Dyego) e Gustavo Coutinho (Zé Roberto). Técnico: Mariano Soso
Escalação do Santa Cruz, 1 (melhor: Matheus Melo; pior: Luis Felipe)
André Luiz; Wellisson (Thiaguinho), Rafael Pereira (Luis Felipe), Paulo César e Juan Tavares (João Victor); Caio Mello (Gabriel Cardoso), Lucas Siqueira, Matheus Melo; Toty, João Diogo e Pedro Bertoluzo (Lucas Bessa). Técnico: Itamar Schulle
Histórico geral do Clássico das Multidões
567 jogos (todos os mandos)
236 vitórias do Sport (41,6%)
162 empates (28,5%)
169 vitórias do Santa Cruz (29,8%)
Na Arena PE: 4 jogos, 1V do leão, 2E e 1V do tricolor
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