Anúncio da Betnacional
Compartilhe!

Sem surpresa alguma, a CBF confirmou a renovação de contrato de Tite, que ficará à frente da Seleção Brasileira por mais um ciclo mundialista. A informação foi repassada pelo diretor-executivo de gestão da entidade, Rogério Caboclo, já eleito para para o comando executivo de 2019 a 2023. Neste período haverá a Copa do Catar, a 5ª tentativa em busca do hexa.

Quanto a Tite, é claro que a pressão tende a ser maior. Pelo jejum de títulos mundiais, completando 20 anos, e pelo fato de ser a sua segunda oportunidade. No país, algo raro. Entre os nomes que não venceram o Mundial na primeira tentativa, apenas um foi à edição seguinte: Telê Santana, em 82 e 86. Os demais técnicos com uma segunda (ou terceira) campanha já chegaram com a taça no histórico particular: Vicente Feola (58 e 66), Zagallo (70, 74 e 98), Parreira (94 e 06) e Felipão (02 e 14).

Declaração de Tite ao site da CBF
“A experiência desse primeiro ciclo estabeleceu uma relação de confiança entre todos, que vai se refletir no próximo passo. Entendo que a CBF nos deu as condições para construir um ambiente de união e de profissionalismo extremo e assim continuaremos. É um grande desafio e estamos felizes em enfrentá-lo, já com o foco voltado aos próximos jogos e competições”

A derrota para a Bélgica, nas quartas de final lá na Rússia, interrompeu a trajetória positiva de Adenor Bachi, mas também expôs suas falhas no torneio – obviamente, ele não era infalível.

1) Insistência em Gabriel Jesus . O camisa 9 da Seleção foi nulo na Copa. Mesmo tendo Firmino, que entrou bem quando foi acionado, Tite manteve o atacante do City até o fim – e ele não fez gol.

2) Falta de peças de reposição. A convocação do meia Fred é o principal expoente disso, pois o jogador estava com suspeita de lesão – tanto que não foi utilizado. Já o atacante Taison, o mais questionado da lista de 23, acabou tendo a passagem que se esperava, zerada.

3) Controle sobre Neymar. Claro, cabe a Neymar mudar a sua postura – se é que ele acha que precisa mudar. Porém, num torneio com consulta de vídeo, o comportamento do atleta do PSG poderia ter sido mais combatido pelo técnico. E Neymar deve seguir como principal nome.

Sobre esta nova etapa do trabalho na canarinha, mais três pontos a observar…

4) Cobrança por jogos de maior nível técnico. Fez falta ao Brasil. Como a Uefa criou a ‘Nations League’, quatro das seis datas de amistosos no semestre serão do novo torneio europeu. Logo, menos datas para amistosos contra países de outros continentes. Coincidência ou não, a largada pós-Copa 2018 começa com amistosos contra EUA (07/09) e El Salvador (11/09).

5) Título da Copa América. A Seleção não conquista um título na categoria principal desde 2013, quando sediou a Copa das Confederações. Também será sede na disputa continental, pela 5ª vez – venceu as anteriores. Um fracasso no torneio aumentaria consideravelmente a pressão sobre Tite.

6) Decisão sobre o comando do time nos Jogos Olímpicos de 2020. No anúncio oficial não foi dito se Tite será o técnico da Seleção em Tóquio. Em 2008 e 2012, os treinadores do time principal também comandaram o Sub 23. Também teria sido assim em 2016 caso Dunga não tivesse sido demitido. De toda forma, Tite precisa liderar o processo de renovação de jogadores visando a equipe de cima

Competições no novo ciclo da Seleção (2018/2022)
– Copa América de 2019 (de 3 a 6 jogos)
– Eliminatórias da Copa (18 jogos)
– Jogos Olímpicos de 2020 (de 3 a 6 jogos), a definir
– Copa do Mundo de 2022 (de 3 a 7 jogos)

Brasil de Tite, de 09/2016 a 07/2018
26 jogos (19 sem sofrer gols)
20 vitórias
4 empates
2 derrotas
55 GP e 8 GC
82,0% de aproveitamento


Compartilhe!