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A avaliação econômica dos sete clubes nordestinos presentes no estudo desta temporada.

Segundo um estudo produzido pela Sports Value, os 30 principais clubes brasileiros estão avaliados em R$ 25,1 bilhões, com dados atualizados até outubro de 2020.

Trata-se da análise econômica somando o potencial dos clubes, como ativos (patrimônio físico, dinheiro no banco e contas a receber), direitos econômicos dos atletas, direitos esportivos de campeonatos e até o valor da marca, algo intangível, mas que pesa no mercado para a avaliação de patrocinadores, por exemplo.

No top 30 da consultoria, os sete maiores clubes do Nordeste. Aqui, uma ordem diferente do ranking de receita, considerando os últimos balanços. Afinal, há o peso do “imobilizado”, decisivo para as colocações de Sport (via Ilha do Retiro), Santa Cruz (via Arruda) e Náutico (via Aflitos). Como curiosidade, o fato de a propriedade mais valorizada, neste estudo, ser a do Santa. Como a planilha considera os balanços, o valor do Arruda foi recalculado justamente no último demonstrativo financeiro do clube, sobre 2019. Já Náutico e Sport ainda seguem com cifras defasadas neste quesito estrutural (congeladas há anos por vontade própria, diga-se).

O trio de PE só ficou atrás do Bahia, cujo potencial econômico se sobrepôs às propriedades (estádios, terrenos e sedes sociais). Depois vem Ceará, Fortaleza e Vitória. Somando os números apresentados e projetados, o valor do G7 do Nordeste chega a R$ 2,234 bilhões – haja potencial. Num cenário nacional, só fica atrás de Flamengo (R$ 2,87 bi) e Corinthians (R$ 2,27 bi). Pouco “atrás” do G7, o Palmeiras é o outro clube com valor acima de R$ 2 bilhões.

A seguir, a metodologia adotada pela Sports Value, seguida das análises individuais sobre os nordestinos no estudo de 91 páginas. No fim, o ranking nacional de “valuation”, a palavra utilizada no meio para rankings anuais do tipo envolvendo entidades esportivas, algo feito de forma recorrente pela Forbes. Esta é a 1ª edição através da consultoria de Amir Somoggi.

Divisão sobre o valor econômico dos 30 maiores clubes do Brasil
R$ 7,9 bi (32%) – Ativo (caixa no banco, aplicações, estádio, CT e edificações)
R$ 7,5 bi (30%) – Jogadores (cálculo a partir do site alemão Transfermarkt)
R$ 7,1 bi (28%) – Valor da marca (mercado consumidor, engajamento e distribuição geográfica)
R$ 2,6 bi (10%) – Direitos esportivos (receitas garantidas nas competições, TV e premiações)

Raio x do Bahia (14º no Brasil e 1º no NE)
“O clube evoluiu muito na gestão e nas receitas nos últimos anos. Vem se modernizando e mostrando força nos campeonatos. Seus custos com futebol são de mais de R$ 134 milhões anuais. O clube tem enorme torcida na Bahia e em São Paulo. Tem força com a valorização do seu time principal. Por não ter estádio próprio, tem baixo valor de seus ativos.”

A divisão dos R$ 550 milhões do tricolor de Salvador
36% – Jogadores (198,0 mi)
33% – Valor da marca (181,5 mi)
16% – Ativo (88,0 mi)
15% – Direitos esportivos (82,5 mi)

Raio x do Sport (16º no Brasil e 2º no NE)
“O clube tem números financeiros negativos e os rebaixamentos dificultam também a sua valorização. A volta à Série A ajudou na valorização do elenco. Tem ativos valiosos na cidade do Recife. O clube tem a sua força em seus ativos, graças à sua Ilha do Retiro. Te muita torcida e baixas receitas.”

A divisão dos R$ 412 milhões do rubro-negro do Recife
35% – Ativo (144,2 mi)
33% – Jogadores (135,9 mi)
20% – Valor da marca (82,4 mi)
12% – Direitos esportivos (49,4 mi)

Raio x do Santa Cruz (20º no Brasil e 3º no NE)
“A força do clube está em seu estádio do Arruda e sua marca, com milhões de apaixonados torcedores. Situação financeiro do clube é complicada, com altas dívidas e receitas muito baixas. O clube tem uma das maiores torcidas do Nordeste, extremamente popular e fanática. O Santa Cruz precisa se valorizar, buscando apoio em seus milhões de torcedores”.

A divisão dos R$ 292 milhões do tricolor do Recife
86% – Ativo (251,1 mi)
9% – Valor da marca (26,2 mi)
3% – Direitos esportivos (8,7 mi)
2% – Jogadores (5,8 mi)

Raio x do Náutico (22º no Brasil e 4º no NE)
“A força do clube, como do seus rivais pernambucanos, é o seu estádio, muito bem localizado no Recife. Por outro lado, o clube tem altas dívidas e baixo crescimento de receitas. O clube tem uma torcida menor que Sport e Santa Cruz, mas seu torcedor tem alto poder aquisitivo. Há enorme potencial para novas receitas.”

A divisão dos R$ 263 milhões do alvirrubro do Recife
74% – Ativo (194,6 mi)
19% – Jogadores (49,9 mi)
5% – Valor do marca (13,1 mi)
2% – Direitos esportivos (5,2 mi)

Raio x do Ceará (23º no Brasil e 5º no NE)
“O clube evoluiu em sua gestão nos últimos anos e cresceu em receitas, especialmente com sócios. Seus custos anuais com futebol de R$ 91 milhões e suas dívidas são controladas. O clube não muitos ativos. A sua força está na sua torcida, que reflete na sua marca. Houve ainda a valorização de seu plantel de jogadores.”

A divisão dos R$ 259 milhões do alvinegro de Fortaleza
44% – Jogadores (113,9 mi)
31% – Valor da marca (80,2 mi)
19% – Direitos esportivos (49,2 mi)
6% – Ativo (15,5 mi)

Raio x do Fortaleza (24º no Brasil e 6º no NE)
“O clube também evoluiu em sua gestão nos últimos anos, com controle nas dívidas e aumento de receitas. Os custos com futebol do clube são de R$ 86 milhões anuais. O clube também não tem muitos ativos, com sua força na marca e valorização de seus jogadores.”

A divisão dos R$ 254 milhões do tricolor de Fortaleza
39% – Jogadores (99,0 mi)
32% – Valor da marca (81,2 mi)
20% – Direitos esportivos (50,8 mi)
9% – Ativo (22,8 mi)

Raio x do Vitória (26º no Brasil e 7º no NE)
“O clube sofre com debilidades financeiras e perdeu competitividade nacional. Está na Série B desde 2019. Suas dívidas são altas e suas receitas são muito baixas. O clube precisa voltar a crescer em receitas e buscar ser novamente competitivo. Ficou para trás de seu rival regional.”

A divisão dos R$ 204 milhões do rubro-negro de Salvador
42% – Valor da marca (85,6 mi)
33% – Jogadores (67,3 mi)
15% – Direitos esportivos (30,6 mi)
10% – Ativo (20,4 mi)

Abaixo, o ranking com valor absoluto dos 30 clubes presentes e a respectiva divisão neste ano.

A avaliação econômica dos clubes em dezembro de 2020
1º) R$ 2,873 bilhões – Flamengo (A)
2º) R$ 2,279 bilhões – Corinthians (A)
3º) R$ 2,194 bilhões – Palmeiras (A)
4º) R$ 1,778 bilhão – São Paulo (A)
5º) R$ 1,749 bilhão – Internacional (A)
6º) R$ 1,702 bilhão – Atlético-MG (A)
7º) R$ 1,675 bilhão – Athletico-PR (A)
8º) R$ 1,546 bilhão – Grêmio (A)
9º) R$ 1,043 bilhão – Fluminense (A)
10º) R$ 953 milhões – Vasco (A)
11º) R$ 905 milhões – Santos (A)
12º) R$ 837 milhões – Cruzeiro (B)
13º) R$ 605 milhões – Botafogo (A)
14º) R$ 550 milhões – Bahia (A)
15º) R$ 458 milhões – Coritiba (A)
16º) R$ 412 milhões – Sport (A)
17º) R$ 372 milhões – Bragantino (A)
18º) R$ 345 milhões – Goiás (A)
19º) R$ 320 milhões – América-MG (B)
20º) R$ 292 milhões – Santa Cruz (C)
21º) R$ 277 milhões – Ponte Preta (B)
22º) R$ 263 milhões – Náutico (B)
23º) R$ 259 milhões – Ceará (A)
24º) R$ 254 milhões – Fortaleza (A)
25º) R$ 233 milhões – Avaí (B)
26º) R$ 204 milhões – Vitória (B)
27º) R$ 203 milhões – Guarani (B)
28º) R$ 196 milhões – Chapecoense (B)
29º) R$ 167 milhões – Figueirense (B)
30º) R$ 161 milhões – Atlético-GO (A)

Concorda com a lista? Ao todo, o ranking conta com os 20 times da Série A de 2020, 9 da Série B e 1 da Série C. À parte da elite nacional, os melhores colocados das demais divisões foram Cruzeiro (B, 12º) e Santa Cruz (C, 20º), ambos abaixo do potencial. Falando nisso, vale ficar atento ao comparativo com o estudo de 2021, com as curvas de cada clube – com projeção e colocação. Além do G7, qual time nordestino teria mais chance de entrar no próximo top 30?


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