O atacante Henan fez 10 gols na competição e terminou com a taça. Foto: Vila Nova/Twitter.
A partida no Mangueirão foi protocolar. A goleada por 5 x 1 no jogo de ida, numa superioridade gritante, deixou o Vila Nova com as duas mãos na taça. Faltava apenas levantá-la, o que aconteceu após outra vitória sobre o Remo, esta por 3 x 2, com o último gol aos 43 minutos do segundo tempo – contra, de Mimica. O lá e lô rendeu o tricampeonato da Série C ao clube de Goiânia.
Trata-se de um feito inédito na competição, já com 40 anos de uma história intermitente. Até então, o clube dividia o posto com o rival Atlético. A “identificação” do alvirrubro com a competição é bem curiosa, obviamente a partir da inconstância entre as Séries B e C. O acesso obtido nesta temporada foi o 5º na história do clube só nesta divisão – 1996, 2007, 2013, 2015 e 2020.
Nesse sobe/desce, o Vila Nova sempre procurou seguir competitivo após as classificações, tanto que obteve o tri, com as taças de 1996, 2015 e 2020. Nesse recorte de 25 anos, dentro do cenário estadual, só foi campeão duas vezes. Ou seja, o novo título da terceirona tem um peso relevante ao clube, que fez até camisa especial pelo tri, alimentando a sua torcida, outrora tida como a mais popular do estado. À margem dos principais rivais, Goiás e Atlético, hoje na primeira divisão nacional, o Vila mantém o seu trabalho. Que não precise buscar um 4º título. A estabilidade técnica acima da Série C, a partir de agora, precisa valer mais.
No último jogo, virou o maior pontuador
Na 1ª fase, o Vila Nova terminou em 3º lugar no Grupo A, a 6 pontos do Santa. Na 2ª fase, porém, liderou o quadrangular. Subiu e foi disputar o título, vencendo sem dificuldades. Ao todo, em 26 jogos, teve 13V, 8E e 5D, somando 47 pontos. Acabou passando o Santa, com 45 em 24 jogos.
Os 8 títulos nacionais do estado de Goiás
3x na Série B (Goiás 1999 e 2012; Atlético 2016)
5x na Série C (Vila Nova em 1996, 2015 e 2020; Atlético 1990 e 2008)
Os 27 campeões da Série C de 1981 a 2020*
3x, Vila Nova (96, 15 e 20); 2x, Atlético-GO (90 e 08); 1x, Olaria (81), União São João (88), Tuna Luso (92), Novorizontino (94), XV de Piracicaba (95), Sampaio Corrêa (97), Avaí (98), Fluminense (99), Paulista (01), Brasiliense (02), Ituano (03), União Barbarense (04), Remo (05), Criciúma (06), Bragantino (07), América-MG (09), ABC (10), Joinville (11), Oeste (12), Santa Cruz (13), Macaé (14), Boa Esporte (16), CSA (17), Operário-PR (18) e Náutico (19)
* Em 2000 a Copa João Havelange teve três divisões interligadas, com o Amarelo sendo a intermediária (Paraná) e com o Verde-Branco sendo a última (Malutrom), mas esses vencedores não são considerados campeões oficiais.
A seguir, a atualização do ranking de títulos nacionais por estado, considerando todos os torneios já organizados pela CBF e por sua precursora, a CBD. Apesar da evidente diferença de peso entre os títulos, trata-se de uma lista absoluta, como curiosidade; veja a legenda abaixo.
O número de títulos nacionais por estado
1º) 62x – São Paulo (32 A, 9 CB, 1 CC, 1 S, 10 B, 8 C e 1 D)
2º) 31x – Rio de Janeiro (16 A, 5 CB, 1 CC, 1 S, 4 B, 3 C e 1 D)
3º) 21x – Minas Gerais (5 A, 7 CB, 5 B, 2 C e 2 D)
4º) 15x – Rio Grande do Sul (5 A, 7 CB, 1 S, 2 B)
5º) 10x – Paraná (2 A, 1 CB, 5 B, 1 C e 1 D)
6º) 8x – Santa Catarina (1 CB, 3 B, 3 C e 1 D)
7º) 8x – Goiás (3 B e 5 C)
8º) 7x – Pará (1 CC, 3 B, 2 C e 1 D)
9º) 5x – Pernambuco (1 A, 1 CB, 1 B e 2 C)
10º) 3x – Brasília (2 B e 1 C)
11º) 3x – Maranhão (1 B, 1 C e 1 D)
12º) 3x – Ceará (1 B e 2 D)
13º) 2x – Bahia (2 A)
14º) 1x – Mato Grosso do Sul (1 B)
15º) 1x – Alagoas (1 C)
15º) 1x – Rio Grande do Norte (1 C)
17º) 1x – Paraíba (1 D)
Legenda*
A – Série A (1959-2019)
CB – Copa do Brasil (1989-2019)
CC – Copa dos Campeões (2000-2002)
S – Supercopa do Brasil (1990-2020)
B – Série B (1971-2020)
C – Série C (1981-2020)
D – Série D (2009-2019)
* Títulos até 30 de janeiro de 2021
Ordem da lista
1) Número de títulos, independentemente da divisão
2) Em caso de igualdade, o maior número de títulos seguindo a ordem da legenda acima