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A evolução dos orçamentos do Ceará. A receita superou a previsão em 2018 e 2019.

Na volta à 1ª divisão nacional, em 2018, o Ceará lançou um orçamento de R$ 55 milhões, o maior do clube na ocasião. A previsão foi ampliada em 2019, em 2020 e agora para 2021, com a nova receita estimada de R$ 151,9 milhões, num aumento de 51%. É o maior valor na história do futebol cearense – e um das maiores do NE, só abaixo da cifra prevista pelo Bahia em 2020 (R$ 179 mi), mas que não se confirmou devido à pandemia.

Entretanto, assim como o rival Fortaleza, que lançou o seu orçamento pouco antes, em 23 de dezembro, o vozão também depende de um fator inegociável para alcançar este dado: a permanência na Série A, devido ao peso da cota de TV.

Neste caso, já há um cenário mais concreto à realização. Ao contrário do leão do pici, o alvinegro está numa situação bem mais confortável na tabela. O orçamento do Ceará foi divulgado em 28 de dezembro, com o alvinegro figurando em 10º lugar na Série A após 27 rodadas (de um total de 38), tendo 8 pontos de vantagem sobre a zona de rebaixamento – no dia da apresentação, o Fortaleza tinha apenas 2 pontos à frente do Z4.

Portanto, os dados calculados pelo clube dependem da continuidade do bom trabalho de Guto Ferreira, cuja estabilidade aponta para a afirmação desta projeção. Dito isso, vamos à previsão do clube, cujo comunicado oficial foi pouco detalhado. Na prática, só as cifras absolutas. Sobre a receita, desconsiderando impostos, o clube projeta uma receita líquida de R$ 141,3 milhões, com despesa de R$ 140,9 mi. Ou seja, um superávit de R$ 400 mil. O clube registrou superávit (receita superior à despesa) nos últimos 5 anos e espera também em 2020 – cujo balanço ainda será fechado. Saindo como imaginado, seriam 7 anos seguidos com saldo positivo. Não lembro de nada parecido entre os principais clubes do Nordeste.

Receitas detalhadas
Em contato com a direção do Ceará, obtive os dados detalhados sobre a receita, com destaque para a cota de transmissão, em R$ 72,6 milhões, ou 47% do total, numa dependência grande desta fonte. O clube também colocou na proposta a verba com bilheteria, na casa de R$ 10 mi, apesar da indefinição em relação à presença de público nos estádios devido à pandemia – o Fortaleza fez o mesmo. Outro ponto nada conservador (mas não em descompasso com a realidade) é sobre a venda de atletas, com R$ 25 milhões – o recorde no NE, neste quesito, é do Bahia, com R$ 30 mi.

As principais fontes de receita em 2021 (% sobre o total)
1º) R$ 72,673 milhões (47,8%) – Direitos de TV
2º) R$ 25,690 milhões (16,9%) – Venda de direitos econômicos de atletas
3º) R$ 22,206 milhões (14,6%) – Patrocínios/Marketing
4º) R$ 10,545 milhões (6,9%) – Bilheteria
5º) R$ 9,075 milhões (5,9%) – Sócios
6º) R$ 8,600 milhões (5,6%) – Participações e premiações em competições

Voltando à rivalidade local, vale destacar a ultrapassagem financeira do Ceará, em termos de orçamento. Em 2020, Fortaleza 109 mi x 100 mi, com R$ 9 milhões a mais para o tricolor. Em 2021, Ceará 151 mi x 113 mi, com R$ 38 milhões a mais para o alvinegro. Execução a conferir.

Previsão de orçamento do Ceará (e o aumento sobre o ano anterior)
2018 (A) – R$ 55.000.000
2019 (A) – R$ 70.000.000 (+27,2%; +15,0 mi)
2020 (A) – R$ 100.424.786 (+43,4%; +30,4 mi)
2021 (A) – R$ 151.977.367 (+51,3%; +51,5 mi)
* O clube não apresentou dados em caso de rebaixamento à B

A receita total realizada pelo clube (e o aumento sobre o ano anterior)
2018 (A) – R$ 64.787.133 (+103,0%; +32,8 mi)
2019 (A) – R$ 98.077.486 (+51,3%; +33,2 mi)
2020 (A) – Em andamento (divulgação até 30/04/2021)

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