Os escudinhos presentes na tabela de classificação do próximo Brasileiro. Arte: CBF/Twitter.
A zona de rebaixamento da Série A de 2022 foi praticamente definida na penúltima rodada, pois só mudaria se o Atlético-GO vencesse fora, se o Cuiabá perdesse em casa e se ainda houvesse uma mudança de 6 gols no saldo. Com o Z4 confirmado sem surpresa em 13 de novembro, agora temos também a composição do Brasileirão de 2023. A próxima edição, a 21ª nos pontos corridos, terá a volta do “G12”, a datada denominação dos grandes de SP, RJ, MG e RS, após quatro anos. Neste caso, graças aos acessos de Cruzeiro, Grêmio e Vasco, sem novas quedas.
Portanto, a tendência é de um nível técnico mais elevado. Até porque, sendo talvez o ponto mais importante, a tendência é de que ocorra um salto no investimento das equipes – isso ainda antes da implantação da liga nacional. Afinal, será a competição com mais versões da “Sociedade Anônima do Futebol”, a SAF. Serão pelo menos seis, três delas oriundas da segunda divisão. Bahia (até 1 bi em 15 anos), Vasco (700 mi) e Cruzeiro (400 mi) se juntam a Botafogo (400 mi), Cuiabá e América – esses últimos pelo modelo de gestão, mas ainda sem investidores pesados. Sem contar outras possíveis SAFs até a 1ª rodada, caso do Galo.
Isso tudo para concorrer com os dois clubes de maior capacidade econômica do país, cuja cifra anual já está na escala bilionária, Flamengo e Palmeiras. São os campeões das últimas 4 Libertadores e de 4 das últimas 5 edições do Brasileirão, com vaga pra mais. No meio dessa disputa visivelmente acentuada, dois nordestinos presentes, com modelos diferentes na gestão, mas possivelmente com orçamentos semelhantes, próximos a R$ 200 milhões.
Semelhança nas cores, receita e objetivos
Os dois tricolores do NE almejam campanhas seguras e vagas internacionais. A novidade é mesmo o Bahia, que subiu passando 38 rodadas no G4 da Série B e deverá ser gerido pelo Grupo City, o mesmo do Manchester City da Inglaterra. Além dele, segue lá o Fortaleza, que vai para o 5º ano seguido na elite. O atual campeão da Copa do Nordeste igualou o recorde da região nos pontos corridos, que também pertence a Sport (2014-2018), Bahia (2017-2021) e Ceará (2018-2022). Apesar dos caminhos bem distintos, os três caíram na 5ª campanha.
Agora, então, o clube com os resultados mais expressivos no NE nos últimos anos vai em busca do recorde isolado em caso de permanência para o sexto ano em 2024. Após terminar em 4º lugar em 2021 e em 8º lugar em 2022, com duas classificações seguidas à Libertadores, e seguir mantendo a organização financeira e estrutural, o Fortaleza tem “a” chance de fazer história mais uma vez. Por sinal, a história da próxima edição será escrita em 38 rodadas entre 16 de abril e 3 de dezembro. Qual é a sua expectativa? Faltam 5 meses…
Os vinte participantes da Série A de 2023
1º na A – Palmeiras (SP)
2º na A – Internacional (RS)
3º na A – Fluminense (RJ)
4º na A – Corinthians (SP)
5º na A – Flamengo (RJ)
6º na A – Athetico (PR)
7º na A – Atlético (MG)
8º na A – Fortaleza (CE)
9º na A – São Paulo (SP)
10º na A – América (MG)*
11º na A – Botafogo (RJ)*
12º na A – Santos (SP)
13º na A – Goiás (GO)
14º na A – Bragantino (SP)
15º na A – Coritiba (PR)
16º na A – Cuiabá (MT)*
1º na B – Cruzeiro (MG)*
2º na B – Grêmio (RS)
3º na B – Vasco (RJ)*
4º na B – Bahia (BA)*
* Sociedade Anônima do Futebol
Participações do NE nos pontos corridos (2003-2023)
1º) 11 vezes – Sport (07, 08, 09, 12, 14, 15, 16, 17, 18, 20 e 21)
1º) 11 vezes – Bahia (03, 11, 12, 13, 14, 17, 18, 19, 20, 21 e 23)
3º) 10 vezes – Vitória (03, 04, 08, 09, 10, 13, 14, 16, 17 e 18)
4º) 8 vezes – Fortaleza (03, 05, 06, 19, 20, 21 e 22 e 23)
5º) 7 vezes – Ceará (10, 11, 18, 19, 20, 21 e 22)
6º) 5 vezes – Náutico (07, 08, 09, 12 e 13)
7º) 2 vezes – Santa Cruz (06 e 16)
8º) 1 vez – América-RN (07)
8º) 1 vez – CSA (19)
Financiamento coletivo
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