Em 2023, o tricolor jogará a Libertadores pela 2ª vez seguida. Imagem: Fortaleza/Twitter.
Com o objetivo de concentrar as ações no futebol, nas palavras do próprio presidente Marcelo Paz, o Fortaleza firmou um contrato de cinco anos com a Volt Sport para a produção e venda dos uniformes oficiais do clube. Ou seja, a nova parceria também irá administrar a rede de lojas da marca própria Leão 1918, que segue existindo, mas numa espécie de “co-branding”, como ocorre entre o Santa Cruz, com a Cobra Coral, e a própria Volt. No Nordeste, o Fortaleza havia sido o pioneiro em relação às marcas próprias, puxando uma fila que incluiu ainda nomes como Bahia (Esquadrão), Vitória (Negô) e o rival Ceará (Vozão).
O leão cearense lançou a sua marca em setembro de 2016, num momento em que estava na Série C, em baixa. A Leão 1918 foi a responsável por todas as linhas de uniformes do tricolor desde então. Terceirizando apenas a confecção, através da empresa Bomache, a marca própria ficou à frente do design, distribuição e vendas. No início daquela gestão, o Fortaleza tinha 1 loja e 4 quiosques. Hoje são 14 lojas e o faturamento anual subiu de R$ 1 milhão para cerca de R$ 30 milhões, que é o valor presente no orçamento de 2023.
Ou seja, após sete anos de trabalho, o Fortaleza “arrendou a marca”, também nas palavras do mandatário, num momento técnico e econômico oposto àquele início. Para isso, então, teria que ser algo bem vantajoso. A partir de abril de 2023, toda a operação passa a ser feita pela Volt Sport, incluindo a produção das peças na fábrica da empresa, em Santa Catarina. Pelo novo acordo, o clube também ganhará mais duas lojas, uma no aeroporto e uma “mega-loja”, com outros serviços. Em relação aos ganhos efetivos, eis os principais números:
R$ 6,25 milhões de luvas – O “bônus” pela assinatura será pago ao longo do contrato. Embora o dirigente tricolor não tenha destrinchado as parcelas, a média seria de R$ 1,25 milhão por ano.
R$ 4 milhões de receita garantida por ano – Pelo contrato, o Fortaleza receberá este valor mesmo que o faturamento da Volt com o clube não cubra isso. O leão tem direito a 15% de royalties sobre todas as vendas. Se o valor gerado pelo percentual exceder os R$ 4 mi, o clube ganhará mais. Se o faturamento anual passar de R$ 35 milhões, o percentual será de 18%.
20 mil peças no enxoval – O “enxoval” é a forma utilizada para contar todas as peças do uniforme utilizado pelo time, como meiões, calções e camisas. Pelo acordo, será ampliado. Antes, o clube comprava 12,5 mil peças junto à Bomache, a antiga fabricante. Agora, receberá 20 mil da nova parceira. Com isso, irá vestir todas as categorias na temporada, desde o Sub 13.
Projeção orçamentária do Fortaleza sobre a venda de produtos oficiais
2021 – R$ 9,28 milhões
2022 – R$ 13,92 milhões (+4,64 mi)
2023 – R$ 29,86 milhões (+15,94 mi)
O 4º clube do Nordeste com a Volt
Com 20 meses no mercado do futebol, a Volt Sport já conta com 9 clubes brasileiros, sendo 2 na Série A (América-MG e Fortaleza-CE), 3 na Série B (Criciúma-SC, Botafogo-SP e Vitória-BA), 3 na Série C (CSA-AL, Figueirense-SC e Remo-PA) e 1 na Série D (Santa Cruz-PE).
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Abaixo, veja o vídeo de apresentação da parceria entre Fortaleza e Volt. O que você achou?
Nos juntamos com a marca esportiva que mais cresce no país para também continuarmos crescendo. ⚡
Lado a lado numa missão: transformar a parceria em um dos projetos de maiores sucessos do esporte nacional.
Vamos juntos escrever essa história! 🤝#SomosVolt #FortalezaEC pic.twitter.com/AZPDogzDDG
— Fortaleza Esporte Clube 🦁 (@FortalezaEC) January 25, 2023