Concorrentes, as marcas nas camisas de Fortaleza, Bahia e Ceará pagam os maiores valores.
Num período de apenas três meses, no início de 2023, foram firmados os três maiores patrocínios na história do futebol do Nordeste, todos com algum recorde vigente no cenário regional. Começou com o Bahia, em 10 janeiro. Embora o presidente do clube, Guilherme Bellintani, não tenha confirmado o valor, o contrato do Baêa foi noticiado na imprensa sendo de R$ 57 milhões por três temporadas. A “Esportes da Sorte” substituiu a “Casa de Aposta”, pagando seis vezes mais, e assegurou o recorde considerando o período completo.
Recorde absoluto ou recorde anual?
O clube de Salvador também chegou a quebrar o recorde por temporada, a partir da média de R$ 19 milhões, mas esta marca foi logo superada pelo Fortaleza, que anunciou a “Novibet” em 10 de março, com R$ 20 milhões anuais, segundo o jornal O Povo. Porém, por um período mais curto, de 2 anos. Além disso, a parceria com o laion ocupa três espaços diferentes no uniforme (máster, mangas e calção). O do Bahia tem uma exposição menor e, em tese, poderia valer mais considerando só o máster. Nesta publicação, contudo, contabilizei todo o aporte feito por uma mesma empresa no padrão oficial.
O recorde na Série B
Pouco depois, em 18 de abril, foi a vez do Ceará anunciar um patrocinador-máster. Ao contrário dos outros dois, o vozão oficializou o valor no site oficial. São R$ 30 milhões por três anos com a “EstrelaBet”. Ou seja, R$ 10 milhões anuais. Também recorde, considerando os nordestinos na Série B. O recorde anterior na 2ª divisão nacional pertencia a Vitória (2015, Caixa) e Sport (2023, Betnacional), com R$ 6 mi. O leão baiano é um bom exemplo do período com a Caixa Econômica Federal, cujos valores foram bem acima do mercado tradicional. Entre 2012 e 2018 foram 35 clubes patrocinados pelo banco estatal, sendo 12 do NE.
Após a saída do banco, com a pandemia da Covid-19 na sequência, o mercado ficou retraído. A retomada só ocorreu após a flexibilização via vacinas e a chegada das casas de apostas após a promulgação da lei federal 13.756/18. Por sinal, esses três casos citados, todos do mesmo segmento, foram os primeiros da região a chegar aos oito dígitos anuais com um mesmo patrocinador – abaixo, um levantamento do blog com os maiores contratos, com valores nominais. Estar na Série A, hoje, é meio caminho andado para os oito dígitos…
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Os 10 maiores patrocínios anuais do Nordeste
1º) R$ 20,0 milhões – Fortaleza/Novibet (2 anos; 2023-2024)
2º) R$ 19,0 milhões – Bahia/Esportes da Sorte (3 anos; 2023-2025)
3º) R$ 10,0 milhões – Ceará/EstrelaBet (3 anos; 2023-2025)
4º) R$ 6,3 milhões – Bahia/Caixa (1 ano; 2017)
5º) R$ 6,0 milhões – Vitória/Caixa (6 anos; 2013-2018)
5º) R$ 6,0 milhões – Sport/Caixa (4 anos; 2014-2017)
5º) R$ 6,0 milhões – Bahia/Caixa (1 ano; 2018)
5º) R$ 6,0 milhões – Sport/Betnacional (2 anos; 2023-2024)*
9º) R$ 4,0 milhões – Ceará/Caixa (1 ano; 2018)
10º) R$ 3,2 milhões – Fortaleza/Caixa (1 ano; 2018)
* Há cláusula de aumento, de 40%, em caso de acesso à Série A
Os maiores patrocínios absolutos do Nordeste
1º) R$ 57,0 milhões – Bahia/Esportes da Sorte (3 anos)
2º) R$ 40,0 milhões – Fortaleza/Novibet (2 anos)
3º) R$ 36,0 milhões – Vitória/Caixa (6 anos)*
4º) R$ 30,0 milhões – Ceará/EstrelaBet (3 anos)
5º) R$ 26,8 milhões – Sport/Caixa (5 anos)*
6º) R$ 14,3 milhões – Bahia/Caixa (3 anos)*
7º) R$ 12,0 milhões – Sport/Betnacional (2 anos)**
8º) R$ 9,0 milhões – Ceará/Zenir (5 anos)
8º) R$ 9,0 milhões – Fortaleza/Zenir (5 anos)
* Renovação automática a cada ano, com valores diferentes nas Séries A e B
** Há cláusula de aumento, de 40%, em caso de acesso à Série A