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CT do Sport em Paratibe

Eis o CT do Sport em 2024, com a área livre para uso na mesma rua. Imagem: Google Maps.

Em uma movimentação bem interessante, o Sport assinou um termo de compromisso para comprar o terreno em frente ao Centro de Treinamento José de Andrade Médicis, em Paratibe. Hoje, o empreendimento rubro-negro tem 9 hectares, um espaço inteiramente utilizado, com cinco campos oficiais, alojamentos com 44 dormitórios, centro administrativo, academia, centro médico e refeitório. A nova área tem 14 hectares e abre caminho para uma ampliação considerável, visando consolidar o trabalho na base como uma “fábrica de atletas”, uma expressão publicada no site do clube em 17 de julho. Há menos de um mês o Sport acertou a venda de Pedro Lima, que rendeu R$ 42 milhões ao clube. Faz diferença.

Investimento regular há 16 anos

O valor da negociação imobiliária não foi revelado, mas tende a ser mais um aporte milionário feito no equipamento ao longo 16 anos. Até hoje, estima-se que o Sport já tenha injetado cerca de R$ 30 milhões por lá. Até 2007, o Leão tinha apenas dois campos para treinar. O da própria Ilha do Retiro e o gramado anexo ao estádio. Foi quando adquiriu, em 2008, o CT do Intercontinental, um antigo clube-empresa do estado. Pagou R$ 2 milhões num terreno que contava apenas com alguns campos. Não havia estrutura alguma de apoio.

Na primeira década de operação, o rubro-negro investiu R$ 19 milhões em infraestrutura, com o CT chegando a ser selecionado pela Fifa como local de treinos na Copa do Mundo de 2014. Mais recentemente, somando 2023 e 2024, foram mais R$ 7 milhões, incluindo um campo sintético. Chegando a 23 hectares de área bruta, o CT do Sport será o 4º maior do Nordeste, abaixo do Náutico, que tem um terreno gigantesco na Guabiraba há décadas, e da dupla Ba-Vi. Considerando o número de campos construídos, com cinco nas dimensões 105m x 68m, só fica atrás do Vitória, que inaugurou mais dois neste ano e chegou a oito.

Patrimônio incorporado em 2024

Originalmente, a aquisição do CT foi feita através da “Associação Amigos do Sport”, um grupo criado em 2004 por doze sócios rubro-negros. Lá em 2008, o objetivo era evitar que algum bem do Sport pudesse entrar em ações judiciais. Por contrato, o centro de treinamento foi alugado ao clube por 90 anos (até 2098), com renovação automática por mais 90. Somente em abril de 2024, após 16 anos, o clube conseguiu incorporá-lo ao patrimônio. Isso ocorreu após acordos firmados com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e com o Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF, garantindo a proteção dos bens.

Maiores áreas dos CTs do G7 do Nordeste

1º) 54,0 hectares – Náutico (5 campos)
2º) 30,4 hectares – Bahia (4 campos)
3º) 30,0 hectares – Vitória (8 campos)*
4º) 23,0 hectares – Sport (5 campos)
5º) 10,5 hectares – Santa Cruz (2 campos)
6º) 9,6 hectares – Fortaleza (3 campos)
7º) 8,0 hectares – Ceará (5 campos)
* Área inclui o estádio Barradão

Maiores áreas dos CTs de Pernambuco

1º) 54,0 hectares – Náutico (5 campos)
2º) 23,0 hectares – Sport (5 campos)
3º) 20,0 hectares – Porto (4 campos)
4º) 15,0 hectares – Retrô (5 campos)
5º) 10,5 hectares – Santa Cruz (2 campos)

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Abaixo, veja o pronunciamento do presidente do Sport, Yuri Romão, sobre a aquisição.


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