O CSA passou 31 edições consecutivas fora da elite do Campeonato Brasileiro. A volta, após o terceiro acesso seguido, coloca o clube alagoano num patamar financeiro jamais visto. Basta dizer que o aumento no orçamento, de 2019 em relação a 2018, será de 150%. E olhe que no último ano o dado já havia sido o maior, pois disputou a segunda divisão após 18 anos.
Aprovado pelo conselho em 28 de dezembro de 2018, a previsão de R$ 40 milhões garante uma média mensal de R$ 3 mi – já com o 13º salário. Ao todo, 70% da receita virá da cota de transmissão junto à Globo, com projeção de R$ 28 mi – pela nova forma de distribuição, numa equação com cota fixa, audiência e classificação final, já larga com a garantia de R$ 22 mi. Além disso, o clube também estimou receitas com sócios, bilheteria, licenciados e cotas em outras competições. Com isso, o CSA deverá estabelecer a 6ª maior receita operacional da região, à parte do “trio de cotistas” formado por Bahia, Sport e Vitória, há duas décadas com valores diferenciados da tevê.
Curiosamente, os três “não cotistas” presentes na Série A, Ceará, Fortaleza e CSA, terão as suas maiores receitas nesta temporada. Vale lembrar que Náutico e Santa registraram os seus maiores números em 2013 e 2016, respectivamente, anos em que acabaram rebaixados. Nas duas situações, o dinheiro farto, num contexto interno, transformou-se em gasto além da conta no futebol. Portanto, responsabilidade desde já para o trio atual, sobretudo para o alviceleste, cuja mudança de patamar é, de longe, a maior – ou seja, também tem a maior perspectiva de regressão. Embora seja recorde no CSA, a receita será a menor do Brasileirão.
Obs. Assim como nas publicações sobre os outros times da região, o objetivo era apresentar cifras anteriores do CSA. Porém, o clube não vem publicando o balanço em seu site, como os demais.
Previsão de orçamento do CSA
2018 – R$ 16.000.000
2019 – R$ 40.000.000 (+150%)
Alguns dados de receita em 2018
R$ 4.411.699 em bilheteria (renda bruta em 29 jogos)
R$ 7.880.000 em cotas de participação/premiação/transmissão na tevê
Competições em 2019 (4)
Campeonato Alagoano, Nordestão, Copa do Brasil e Série A
Os 10 maiores orçamentos dos “não cotistas” do Nordeste
1º) R$ 70,0 milhões – Ceará (2019 – previsão)
2º) R$ 56,7 milhões – Fortaleza (2019 – previsão)
3º) R$ 50,0 milhões – Ceará (2018)
4º) R$ 48,1 milhões – Náutico (2013)
5º) R$ 41,0 milhões – Náutico (2012)
6º) R$ 40,0 milhões – CSA (2019 – previsão)
7º) R$ 36,8 milhões – Santa Cruz (2016)
8º) R$ 32,0 milhões – Fortaleza (2018*)
9º) R$ 31,9 milhões – Ceará (2017*)
10º) R$ 29,5 milhões – Ceará (2015*)
* Temporada na Série B; nas demais, os clubes estavam na A
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